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Do anacronismo


Sempre que eu vou para Passo Fundo e converso com minha vó, uma idéia volta para a minha cabeça: por que diabos as pessoas são tão nostálgicas?
Minha vó, inspiração máxima dessa idéia incessante, está sempre a comentar o quanto as coisas eram melhores no passado, o quanto as pessoas eram melhores, etc. "Porque hoje em dia, nossa, só tem vigarista nesse mundo. É um querendo passar o pé no outro, etc".
É claro que isso é uma grande bobagem, coisa de vó. Coisa de pessoas que o mundo foi deixando pra trás, não por se tornar pior, mas se tornar diferente.
Mas atrelada a essa idéia, sempre vem aquela aquela maldita comparação de gerações. E essa tem um agravante: não são só os velhos anacrônicos que a defendem, mas são os jovens, que sequer viveram o passado, mas sentem saudades daqueles tempos.
E aí vem torrar o meu saco dizendo que "nos anos 60 sim, era legal! os jovens queriam mudar o mundo!". Ah, pro inferno! Desde quando se entupir de maconha, usar penduricalhos feitos de taquara e tentar levantar o Pentágono com meditação pode ser levado a sério? A verdade é que eles eram inocentes (pra não dizer outra coisa).
E depois, não posso pensar e/ou agir como eles, simplesmente porque nasci VINTE ANOS DEPOIS e vivo em outro contexto histórico-social. Por exemplo: eu sei que o comunismo é lindo - no papel. Mas que não deu certo e NUNCA vai dar.

Enfim, houve um dia em que fez algum sentido ser hippie, punk ou seja lá o que mais. Hoje, só se pode ser jovem do ano 2000. E ponto.

Daqui a 20 anos, andarei pelas ruas dizendo o quanto era lindo ter um blog e participar do Orkut. E aposto que 1/3 da próxima geração vai se juntar a mim, chorando e aplaudindo.