Insanus
alexandre
bensimon
bituca
bruno
cardoso
carol
cisco
cove
daniel
firpo
gabriel
hermano
menezes
nova corja
parada
träsel
vanessa
Blogroll
3 vozes
alliatti
anna martha
antenor
bibs
bulcão
carine
conjunto comercial
dani
diego
g7+henrique
iuri
jousi
lima
lu
madureiras
marcia
mirella
nego
patrício
rodrigo
soares silva
solon
tams
O adjetivo que melhor define Passo Fundo é certamente azarada. Isso fica evidente quando eu paro pra analisar a tentativa da cidade de se destacar entre as mais de 500 semelhantes gaúchas (ou, pior ainda, entre as mais de 5.000 cidades brasileiras).
Por não possuir grandes dotes divinos, PF logo percebeu que o negócio do turismo teria que se dar por outros meios por ali. Assim, a Secretaria de Turismo destaca entre os pontos turísticos a serem conhecidos a Praça da Mãe Preta, onde tem uma estátua de uma mulher amamentando, a estátua do Teixeirinha feita de sucata, o Monumento aos Maçons e a horrenda caravela em homenagem aos 500 anos, na entrada da cidade.
Recentemente, o vice-prefeito descobriu em seus estudos que PF fez parte dos Sete Povos das Missões (???). Pois já está lá, na avenida principal, uma Cruz de Lorena, charmosamente inclinada em 45º.
Mas nem tudo é tão patético. A Jornada de Literatura, por exemplo, é um evento interessante e tem seus méritos. Ainda assim, precisou de vinte anos pra conseguir algum prestígio. E esse prestígio nunca rendeu o espaço que o tráfico de drogas rendeu à cidade na mídia nacional (basta lembrar aquela gorda que tinha um bar em frente a um colégio e resolveu tirar um papelote de cocaína do decote e oferecer pra uma câmera escondida, garantindo a PF uma semana no Jornal Nacional).
Antes que alguém diga que nada disso é azar, digo que é. É azar a cidade não ter sequer uma fonte de águas termais (ou de predras SEMI-preciosas, como Soledade), e é azar que suas boas iniciativas não sejam tão reconhecidas quanto seus problemas. Ah, é azar também se situar no ponto geográfico perfeito pra ser rota de crime organizado de qualquer espécie.
Mas tem mais: Felipão é passofundense. A mãe dele ainda mora lá, ele jogou vários anos no Gaúcho (time local) e tal. Pois ele esteve na mídia como poucos em 2002. Imagina: técnico da seleção no ano da Copa, depois penta, etc. Adivinhem onde o Globo Esporte levava ele pra fazer reportagens sobre "terra natal" e essas coisas? Pra Serra, claro. Porque gringo tem que aparecer esmagando uva com os pés (aliás, certa feita PF divulgou dados mostrando ser a cidade gaúcha com maior porcentagem de descendentes italianos - o que faz sentido, considerando-se o número de bochechas rosadas que tem lá - ninguém ouviu). Acho que Canoas soube explorar melhor o Felipão (nem que seja com aquelas horríveis frases nas passarelas).
Tudo isso pra chegar no Adriano da Silva, que, ao que tudo indica, é o cara que matou várias crianças na região norte do estado. Ah, mas calculem qual cidade ele escolheu, ao sair do Paraná, pra praticar boa parte dos seus crimes?
Essa nem com reza braba.