Insanus
alexandre
bensimon
bituca
bruno
cardoso
carol
cisco
cove
daniel
firpo
gabriel
hermano
menezes
nova corja
parada
träsel
vanessa
Blogroll
3 vozes
alliatti
anna martha
antenor
bibs
bulcão
carine
conjunto comercial
dani
diego
g7+henrique
iuri
jousi
lima
lu
madureiras
marcia
mirella
nego
patrício
rodrigo
soares silva
solon
tams
Triste é quando a gente se dá conta de que poderia ter aprendido várias coisas interessantes no colégio, mas não o fez porque achava que era bem melhor gastar a energia juvenil consumindo os produtos culturais da moda ou consumindo os produtos culturais contra a moda. É claro que sempre se pode culpar os professores e seus métodos, rançosos e desestimulantes, ou ir além e culpar todo o nosso modelo educacional (especialmente pra quem é oriundo das escolas públicas, como eu). Mas independente dos motivos, o fato é que havia muita coisa boa lá e a gente sequer descobriu.
Embora esteja escrevendo sobre isso hoje, me dei conta disso quando um professor de matemática do cursinho (ora, vejam, logo no cursinho, onde tudo parece ser ainda mais preso a objetivos imediatos e onde a gente se sente ainda mais pressionado a decorar a fórmula sem saber o porquê dela) disse que a fração 0/0, que aprendemos a decorar como igual a "não existe" (acho que é isso, aquele E virado e tal), na verdade tende a um. Isso é de uma beleza poética única. Algo da matemática, que concebemos tão exata, tender a alguma coisa. Além disso, é pressuposto pra muita discussão interessante.
Tá, claro que no primeiro grau a gente nem tem como se dar conta disso direito. Porém o exemplo é apenas simbólico de uma coisa muito maior: estão nos ensinando a parte errada das coisas. Ou talvez as coisas certas de um jeito errado.