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Não sei quem foi que disse (a julgar pelo conteúdo da crítica, parece coisa do Olavo de Carvalho) que Adeus, Lênin era um filme saudosista, que passava uma mensagem de que antes da queda do muro e do fim do socialismo as coisas eram melhores. Não é verdade. Em primeiro lugar porque o cara não esconde da mãe dele a queda do muro para que ela seja mais feliz (mesmo ela sendo comuna e tal), mas porque ela não podia passar por fortes emoções devido ao seu estado pós-infarte.
Em segundo lugar, porque em nenhum momento eles dizem algo como "antes era melhor" ou "ah, que saudades". Boa parte da graça do filme, aliás, está no fato de que os comparativos entre os lados do muro hoje ficam sem sentido, afinal, a gente sabe bem quem ganhou.
Em terceiro lugar porque o filme é muito bom e esses recalques Isabeloboscovianos não levam a nada.