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Péra que tá vindo


Só eu fui iluminado por densa sabedoria e preferi ver o Boa Noite Brasil ao filme do Van Damme segunda de noite?
Nada contra o filme, que parecia uma bela obra, a julgar pelos dois minutos de diálogo que presenciei, mas o programa do Leão estava divino, com o perdão do trocadilho.
No palco, entre estátuas brancas do rei das selvas, estavam alguns dos maiores gênios do humor, do deboche e da falta de sentido que já vi. Ah, também são conhecidos como médiuns.
Mas veja, não apenas méduins do tipo comum, que psicografa. Estavam lá pessoas que recebem espíritos de cantores e pintores.

Foi brilhante. Logo que coloquei no programa, um homem estava pintando, com os dedos, uma tela. Leão pergunta:

- Quem está aí?
- É o Claude Monet.
- Ah, tudo bem SEU CLAUDE?

Chorei de rir. Sério, como assim “Seu Claude”? Por acaso é cumpadre dele?

Mas não parou por aí. Depois do Seu Claude dar uma breve lição filosófica sobre vida e morte (“A morte não existe”, “Ah, perdão Seu Claude”), foi a vez do cantor mostrar seu DÃO.

Primeiro, ele fez todo um ritual de concentração. Sentado, de olhos fechados e com a cabeça levemente arqueada sobre o violão, dedilhou alguns acordes:

- Quem está aí?
- É o Agenor, mas pode me chamar de Cartola.
- Ô, tudo bem, Cartola?

Tem que ser gênio para ter tanto cinismo assim.

Cartola toca uma canção “composta especialmente para aquele momento”. Enquanto isso, o médium que PSICOPINTA já está recebendo outro artista, numa verdadeira orgia em óleo sobre tela.
Agora é um pintor chinês, desconhecido pra mim, que pinta um quadro e rapidamente o dedica para a modelo-atriz-apresentadora que estava lá, como convidada. Ah, esses chineses, hein, não perdem uma!

Volta para o psicocantor:

- É Cartola?
- Não, aqui é Vinícius de Moraes.

Em uma atitude humilde, fui dormir. Eu já tinha visto mais do que merecia.