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Problemas de coluna fazem parte da história da minha família. Minha avó paterna, por exemplo, diminuiu DOZE centímetros de altura nos últimos vinte anos, graças a uma descabida empenada de sua espinha para a direita - segundo ela, provocada por décadas bordando e costurando em má posição. Nunca esquecerei o dia em que fui com ela a um centro ortopédico de Passo Fundo. Ao ver a radiografia das costas dela, o médico chamou todos os que estavam vestidos de branco por ali para ver o fenômeno.
Pelo lado materno, as coisas não são diferentes. Minha mãe tem problemas de postura e sofre de fortes dores no pescoço e nas pernas.
É claro que comigo não seria diferente.
Problemas nas minhas costas foram notados pela família desde minha mais tenra idade. Minha vó, vergada pela coluna e pelas dores (suas costelas se esfolam no osso da bacia, provocando dores terríveis), percebeu que ali estava um caso potencial para problemas como o dela.
Assim, desde criança fui policiado a manter boa postura e evitar contorcionismos corporais que prejudicassem minha saúde. Mas, claro, nunca me disciplinei muito. Manter as costas arqueadas parecia confortável e o único jeito de deixá-las retas sem que eu tivesse que pensar nisso o tempo todo - usar um SUTIÃ ortopédico - foi rapidamente descartado pelo adolescente Saulo, por motivos óbvios.
Tolerante, aceitei fazer exercícios físicos regulares. Era uma oportunidade para eu perder os quilinhos que me afastavam das garotas.
Aos treze anos comecei a MALHAR. Com suavidade, claro, de maneira coordenada para alguém com o corpo ainda em formação. Mas fiquei mais durinho, com mais preparo físico, e passei a entender tudo de anilhas, supinos e agachamentos. Ok, essa última parte não foi tão valiosa.
Fiz alguns amigos no ambiente suado também, o que, por incrível que pareça e a revelia da minha antipatia natural, sempre acontece quando freqüento algum lugar com assiduidade.
Pratiquei musculação diariamente até os 18 anos, com alguns intervalos nesse período. E com seriedade, indo todos os dias. Cheguei a fazer 800 abdominais por dia uma época, além de correr uma hora na pista lá perto de casa.
Mais tarde, já morando em Porto Alegre, voltei a praticar o levantamento de pesos, mas agora visando o BOMBAMENTO da minha estrutura corpórea. Mais um ano e pouco de academia, mas sem muito resultado - foi aí que aceitei minha natural magreza, num processo bonito que me conduziu à felicidade.
Ah, mas eu falava mesmo era das minhas costas. Pois bem, há pouco mais de um ano, elas começaram a manifestar-se com mais vontade. Dores no pescoço, nas costas, no joelho esquerdo.
As costas melhoraram muito quando troquei de emprego e passei a usar cadeira e mesa decentes. O pescoço e o trapézio, especialmente do lado esquerdo, incomodam muito. O joelho ataca às vezes.
Sutilmente, comecei a adotar mudanças na minha rotina, começando, claro, pelas mais prazerosas. Troquei meu velho e ACANOADO colchão por um delicioso espécime de molas e passei a fazer sessões de massagem.
Melhorou bastante, admito. Mas o pescoço ainda causa dores de cabeça, especialmente quando potencializado por excesso de horas dormidas. Já o trapézio está "quase condenado", como diz minha massagista, que precisa usar um INFRA-VERMELHO para amolecer meu músculo antes de massagear.
A mudança de hábitos precisa ser bem mais profunda, eu sei, mas algumas coisas precisam esperar. Voltar a praticar exercícios regularmente, por exemplo, além de me provocar arrepios, é impossível agora. Simplesmente não há tempo - a não ser que eu malhe durante o almoço, o que considero totalmente antisaudável.
Ainda bem que eu não sei bordar.