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Eu estava agora ouvindo a versão que o Arcade Fire fez pra Aquarela do Brasil e constatando, mais uma vez, o quanto é coeso e bem definido o estilo dos jovens canadenses.
Deveria ser óbvio para qualquer banda possuir um estilo próprio, mas a verdade é que quase tudo que se ouve hoje em dia, ainda que seja bem pouco original, desrespeita o óbvio - e acaba sendo uma grande porcaria.
Arcade Fire interpretanto Aquarela do Brasil soa, deliciosamente, como Arcade Fire tocando Aquarela do Brasil, o que, mais uma vez, é óbvio, e ótimo.
Sábado assisti a reprise do VMA na MTV. Enquanto um desfile de Falcões d´O Rappa norte-americanos vomitava uma arrogância sem graça e enjoada em meio a "ãhn-ahans", um número sem fim de cantoras-loiras-gostosas-iguais aparecia por todos os lados, me deixando completamente confuso. Em meio a tanta gente estufando o peito para mostrar personalidade e estilo, a mesmice era, curiosamente, a tônica da noite.
Mais do que me espantar em como pode tanta gente gostar de músicas tão ruins, porém, me espanta a atração humana por artistas que não sabem se vestir. Para mim, é critério eliminatório básico. Usa corrente que pesa mais de 30g no pescoço? Não ouvirei.
Mau gosto é algo que contamina tudo. Pode reparar: uma cantora brega na hora de escolher uma roupa invariavelmente canta fazendo vibrato a cada 15 segundos - e nada é mais vulgar que vibrato sem critério.
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Certa vez, logo que os Beatles estouraram, perguntaram ao Ringo, numa entrevista, como se chamava o penteado que eles usavam. "Artur", respondeu o baterista.