Insanus
alexandre
bensimon
bituca
bruno
cardoso
carol
cisco
cove
daniel
firpo
gabriel
hermano
menezes
nova corja
parada
träsel
vanessa
Blogroll
3 vozes
alliatti
anna martha
antenor
bibs
bulcão
carine
conjunto comercial
dani
diego
g7+henrique
iuri
jousi
lima
lu
madureiras
marcia
mirella
nego
patrício
rodrigo
soares silva
solon
tams
Quando eu tinha uns onze anos, fui assaltado em Passo Fundo. Era sábado de tarde e eu tinha ido até a Doce Mania comprar umas guloseimas com a minha mesada. Na volta, fui surpreendido por um garoto, mais ou menos da minha idade, portando um TUBO DE PAPEL.
Explico: quase ao lado da Doce Mania, tinha uma loja de tecidos. Estes são enrolados em tubos feitos de papel bastante duros - ao menos assim eu imaginei que seriam se um deles atingisse a minha cabeça, como o jovem prometeu. Quando o tecido terminava, eles largavam os tubos ali na rua mesmo, os porcalhões. Alimentavam jovens meliantes e nem sabiam.
Foi um assalto bizarro, como muitos são. Caminhamos lado a lado por umas duas quadras. Batemos papo. Ele quis meu relógio, argumentei que não valia a pena, e no fim ele levou apenas meu chocolate Talento e algumas balas.
Experiência traumática, tenho que admitir. Durante algum tempo, passei a temer andar sozinho nas ruas, especialmente nos fins de semana.
Já em Porto Alegre, sofri um assalto, mas que até nem considero. Quem resolve atravessar o Parcão a pé e sozinho às 3 da manhã merece. Me roubaram tudo que eu tinha - três reais.
Moro na capital há quatro anos, o que me fez acumular uma boa experiência. No início, cheguei a cometer grandes ousadias, como essa acima citada e outras de mais sucesso e sorte.
Hoje, sou bastante precavido. Já quase fui assaltado algumas vezes, e pensei estar quase sendo assaltado muitas vezes (como, aliás, está fartamente documentado aqui - vide três ou quatro posts abaixo, por exemplo).
Não tenho teorias sobre a causa da violência, nem sobre como se deve combatê-la. Tenho apenas esperança de que um dia tudo isso acabe.