Insanus
alexandre
bensimon
bituca
bruno
cardoso
carol
cisco
cove
daniel
firpo
gabriel
hermano
menezes
nova corja
parada
träsel
vanessa
Blogroll
3 vozes
alliatti
anna martha
antenor
bibs
bulcão
carine
conjunto comercial
dani
diego
g7+henrique
iuri
jousi
lima
lu
madureiras
marcia
mirella
nego
patrício
rodrigo
soares silva
solon
tams
- Vai espantar a chuva, Saulo.
Eis o que meu tio me diz todas, rigorosamente todas, as vezes que saio de casa portando meu guarda-chuva. Ele é grande (o guarda-chuva, não meu tio, que apesar de bombeiro é um homem de porte médio), fato, mas nem por isso merece ser menos respeitado ou precisa ouvir a mesma piada sempre que seus serviços são requisitados.
A verdade é que, em se tratando de senso de humor, meu tio opta pela regularidade. É um homem tradicional, não gosta de arriscar, vai sempre nas confirmadas. É me ver em casa num sábado ou domingo que ele rapidamente saca um "o Saulo em casa", pronunciado com espanto (herança dos já longínquos tempos em que eu passava todos os finais de semana nos meus primos. O hábito se foi, a piada ficou).
Também tem a frase para o momento em que um jogador de futebol perde um gol feito: "barbaridade, só fazem isso da vida e ainda erram". Raciocínio interessante. Experimenta o engenheiro errar o cálculo e desabar a ponte pra ver no que dá. Isso até deve acontecer, na verdade. Ocorre que não existem engenheiros de fim de semana no mesmo número em que há peladeiros por aí para palpitar.
Outra: estou eu lá, comendo e lendo o jornal ao mesmo tempo, hábito antigo que cultivo, chega o tiozão e manda um "cuidado pra não comer o jornal e folhear a comida".
E ri. Sempre ri, depois de todas essas piadas. Eu rio junto. O segredo da vida é saber extrair diversão das coisas.