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Séculos e mais séculos de comportamento cavalheiro fizeram da mulher um ser um tanto quanto insensível a algumas normas da etiqueta e boa educação. De tanto ter sua cadeira puxada, a porta do seu carro aberta e pisar no sobretudo dos outros para não molhar seu pezinho na poça d´água, a mulher esqueceu que às vezes é de bom tom ceder.
E digo isso após constatação altamente científica (fonte: meus cerca de 3 Km diários de caminhada e observação do mundo). Reparem a postura de dois homens quando a porta do elevador se abre e cada um deles está de um lado dela. A possibilidade de ambos ficarem dizendo "por favor", "faço questão", "imagina, você primeiro" e outras gentilezas ad infinitum enquanto mexem seus bracinhos como quem estende um tapete vermelho é enorme. Agora imagine duas mulheres e a possibilidade de choque seguido de tilintar de bijuterias e sensação mútua de confusão e incompreensão com o que está acontecendo vêm na mesma proporção. Esta, aliás, é a parte mais interessante: elas sequer se dão conta do porquê da batida. "Como assim o caminho não estava livre para mim?".
Sob certo aspecto, a redução dos gestos cavalheiros por parte dos homens nas últimas décadas pode ser vista como uma nobre e gentil tentativa masculina de fazer as mulheres perceberem esta pequenina falha em seus comportamentos. Não em relação a eles, que devem ser sempre prestativos mesmo, mas em relação às outras mulheres, a quem os homens prezam e admiram na mesma medida.