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Por que sempre que quer retratar o recomeçar de uma pessoa que sofreu muito na vida (=drogas, prostituição ou aborto) o cinema coloca o cidadão para trabalhar como garçom num restaurante? Ali, de avental e às vezes chapeuzinho, ele carrega pilhas de pratos, oferece mais café e seca as costas das mãos na calça, enquanto reconstrói sua vida com aquela humildade, dignidade e esperança que, parece, só fritar hambúrgers dá.
Invariavelmente também a cena termina com o personagem derrubando uma bandeja cheia de copos de cerveja ou pratos sujos de molho e chili sobre os fregueses - o que, imagino, é a metáfora máxima da sétima arte para os percalços da vida.
Há ainda a variante mais melancólica, aquela em que cozinhar e servir fast food é o emprego de um total desajustado (=mulher de batom vermelho e cabelo tingido de loiro). Das duas uma: ou os roteiristas acham que ser garçom é a síntese da derrota, do descaso e do despreparo, ou nunca tentaram carregar três porções de talharim com uma só mão para ver como é.