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4º Lugar - Doce Mania
A imagem de uma casa de doces como lugar ideal faz parte do imaginário de todos nós desde que João e Maria foram seduzidos por uma e quase viraram ensopado (ou talvez até desde bem antes, se considerarmos que a idéia não deve ter ocorrido ao escritor do conto por acaso). Triste ver que um recanto de sonhos tenha se materializado como pesadelo arquitetônico. E olha que me dói o coração dizer isso, porque a Doce Mania, maior e mais completa loja de guloseimas de Passo Fundo, fez parte da minha infância. Localizada a poucas quadras da minha casa, ela era o fogo que consumia quase toda a minha mesada todos os meses.
O impacto visual de um cubo branco todo retalhado com uma TROLHA vermelha atravessada e coisinhas amarelas penduradas dispensaria explicações. Mas como esse é um concurso sério, sejamos didáticos em nossos argumentos e explanações.
Pra início de conversa, é preciso ter bem claro que encher um objeto supostamente simples de retalhos não faz dele necessariamente mais rico ou bonito. Ao contrário. A menos que estejamos falando de um Mário Botta, alguém que consegue pegar uma forma primária e retalhar com considerável sucesso, é melhor evitar. Podemos chamar isso de um pressuposto sábio na hora de fazer um projeto.
Agora, se a idéia de retalhar um cubo pra deixá-lo mais atraente, chamativo, original e bonito inclui quebrar gratuitamente a esquina, enfiar um falso pilar vermelho nessa quebra e atravessar a fachada com pinceladas de amarelo, por favor, não faça. Podemos chamar isso de raciocínio bípede.
Foi tanto foco e dedicação nesse detalhe central que simplesmente esqueceram do resto. Veja as janelas laterais do segundo andar (não, não as ridículas grudadinhas no pilar vermelho, as outras). Não existe nenhum padrão, lógica ou sentido na disposição delas. Cada uma tem um tamanho, uma proporção, ô lê lê, verdadeira festa.
Observe o cruzamento das vigas brancas, saindo pra fora da estrutura do prédio. Bonito, hein?
Doce Mania - 4º lugar
Piores subtrações, pior trolha e pior esquina
Fotos, consultoria e júri: Paula Otto