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Veja: não é que eu tenha abandonado o blog. É bem verdade que uma certa preguiça se somou ao meu vazio de conteúdo nas últimas semanas, mas preciso deixar registrado que parte da falta de atualização se deve exatamente à falta de atualização. Há alguns dias tenho consumido muito tempo pensando no quê escrever aqui. Cogitei retomar com mais profundidade o jogo de leilão obras de arte para crianças (“toda a emoção da compra e venda de obras-primas”), que ainda me parece uma piada dos Simpsons envolvendo o Martin Prince. Mas o Mojo disse que não só conhece o jogo como ele foi febre nos seus tempos de criança. Como, por princípio, eu jamais discordo ou duvido de alguém que tenha filhos e menos de quarenta anos simultaneamente, abandonei a idéia. Meu outro projeto, virar bicheiro para ter autorização de uso de camisas feias e correntes pesadas de ouro, também fracassou (protestei contra a presença de “vaca” e “touro” e ausência de casais nas outras espécies e sugeri a criação do VeganBicho, só com tipos de tofu, bife de glúten e derivados da soja. Acabei banido para sempre). Ainda assim, engana-se quem acha que nada virá por aí. Olha:

- Os 5 Piores Prédios de Porto Alegre: capital dos gaúchos, uma cidade muito politizada, com o maior número de salas de cinema per capita do Brasil, não é isso? Pois engana-se aquele que pensa que qualquer uma dessas características minimamente impediu Porto Alegre de produzir a catástrofe em série. Ao contrário: o mau gosto alastrado deve até ser culpa do OP.

- Chamem a Máfia: um longo e denso tratado sobre os tristes efeitos da ausência de máfias de família e etnia no Brasil. Bandidos despreparados, tosquice desmedida e pais de família mortos na frente dos filhos. O crime totalmente sem ética.

- Não vimos: alguns dos maiores erros da Veja reunidos. Previsões sem sentido, dicas equivocadas e avaliações míopes. Nada contra a revista mais lida do Brasil: a escolha se deve apenas pela presença de um grande acervo de edições de Veja dos anos 70-80 na casa da minha avó. E cá entre nós: é bastante engraçado debochar injustamente de quem era ingênuo e ainda não sabia.

Por enquanto, deixo uma dica de leitura, para que todos possam se distrair enquanto esperam. Trata-se do livro Entre Aspas – diálogos contemporâneos, do Fernando Eichenberg, brasileiro que mora há anos em Paris e entrevistou muita gente importante, como filósofos, cineastas, atores e escritores. Ele reuniu algumas dessas entrevistas no supracitado livro. Bastante bom, especialmente para leitores infiéis, como eu, que gostam de ler várias coisas ao mesmo tempo e ter um livro fixo, com quem se mantém relacionamento por um longo tempo. Vai-se lendo aos poquitos. Recomendo com veemência todas as entrevistas com filósofos, diversão infinita. Sempre ranzinzas e pessimistas, eles enxergam no elevador e na internet o fim da civilização e a demência do mundo. Mas, ao menos até onde li, não comentam nada do absurdo que é o abuso da carne animal no jogo do bicho.