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Todo mundo precisa de uma música de mulherzinha às vezes.
Ben Harper - She's Only Happy In The Sun
I know you may not want to see me
On your way down from the clouds
Would you hear me if I told you
That my heart is with you now
She's only happy in the sun
Did you find what you were after
The pain and the laghter brought
You to your knees
But if the sun sets you free
You'll be free indeed
She's only happy in the sun
Every time I hear you laughing
It makes me cry
Like the story of life
Is hello goodbye
Fazia tempo que eu não via um filme tão ruim como esse Os Esquecidos (pensando bem eu vi um de COMPETIÇÃO DE QUEIMADA, com o BEN STILLER há pouco, mas esse eu sabia que se tratava de um LIXO MAIÚSCULO antes mesmo de assistir).
Vou até contar o filme sem culpa, como desistímulo àqueles que ainda pensavam em perder tempo com ele.
Com 15 minutos de película eu suspeitei "ok, tem ETs na jogada". Mas aí pensei cá comigo, "não, eles devem estar me dando um ENGODO, deve ter outro motivo menos simplista que explique os fenômenos estranhos do filme". E não tinha. Eram ETs fazendo experiências. E deu.
Por favor, utilizar poderes alienígenas é o jeito mais imbecil e preguiçoso de arredondar um roteiro. Aliás, falando nele, o cara deve ter fumado toda a maconha do universo para escrever aquilo.
Mas tudo bem, tem belas tomadas panorâmicas, ao menos.
Mesmo ainda distante de concluir a faculdade, já começo a planejar atividades educativas para minhas noites livres de bacharel. Como a Academia não me apetece, tanto pela minha falta de talento quanto pela total impaciência que tenho com seus processos e metodologias (que não considero ruins ou inválidos, apenas INCONGRUENTES comigo), e como qualquer coisa como MBA em Marketing me revira o estômago só de pensar - se quero ouvir banalidades eu vou num ponto de táxi bater papo -, intento estudar ludicamente.
Isso significa realizar meu antigo sonho de aprender a tocar piano e, se possível, saxofone e violoncelo, indubitavelmente os três melhores instrumentos já feitos (ok, bateria e fagote são bacanas também).
Mas música não é tudo no meu projeto. Quero também aprender a desenhar e pintar. Não ria. Um dia, o PARREIRA, o CHICO ANYSIO e eu seremos reconhecidos como marcos da pintura brasileira.
Estou pouco mais de quatro quilos mais magro. Sim, minha dieta baseada em almoço-com-um-prato-de-salada-e-muitas-carnes deu certo. Já posso colocar cerejas em calda no meu umbigo sem me envergonhar.
Ah, e minha camiseta de judeu mal pode esperar.
Da série Coisas interessantes para se fazer em um domingo ensolarado:
Ainda escreverei uma tese sobre o mau uso das reticências. Impressionante, banalizaram os três pontinhos. Ninguém sabe mais usar virgula ou ponto final. Só pontuam com reticências.
Oi...faz tempo que a gente não se fala...legal te ver...
E acham que é isso. Aliás, este exemplo aí de cima traz um emprego das bolinhas em seqüência que me irrita muito: reticências como pausa e/ou silêncio. Se eu visitar 3 fotologs seguidos acho que tenho uma síncope nervosa.
Enfim...
Estarei lá e recomendo:
Jorge Drexler
dia 5 de dezembro, domingo, às 18h30, no Átrio do Santander Cultural.
Mudar de emprego sempre requer um certo período de adaptação. Mesmo quando se muda para exercer exatamente a mesma função no novo lugar, existem diferenças no processo diário de trabalho. Ainda assim, não há nada que eu tenha estranhado mais nessas minhas andanças do que o banheiro aqui do meu atual habitat profissional. Para mim, um lugar que não tem lixeira nas cabines, mas tem papel higiênico ao lado dos mictórios para que a gente possa limpar o TICO depois de urinar é deveras bisonho.
Aliás, fazendo uma análise sociológica, esse papel higiênico tira do homem uma de suas mais notáveis vantagens em relação ao sexo feminino: urinar sem precisar de papel.
Alguém tem que rapidamente alertar o mundo que não faz sentido ser vegetariano, a menos, como bem lembra o Bruno Galera, que a pessoa não goste MESMO de carne. E claro, isso não vale para bebês.
O grifo no texto é meu, e salienta o máximo do absurdo hippie-contemporâneo.
Seguindo minha campanha pessoal contra coisas que não fazem sentido, alerto: vetarismo de qualquer espécie, assim como homeopatia, não levam a nada.
Vegetarianos são punidos por deixar filho morrer
Um tribunal de Paderbon, no oeste da Alemanha, condenou hoje um casal de vegetarianos a dois anos e meio de prisão pela morte de seu quarto filho, um bebê de 1 ano e 3 meses. A criança era alimentada apenas com alimentos de origem vegetal, e morreu em março passado por desnutrição e pneumonia.
A Audiência Provincial da cidade considerou provado que o casal, da vizinha localidade de Bad Driburg, não recorreu ao médico a tempo e, com isso, seriam co-autores da morte da criança.
No processo, a mãe, enfermeira de profissão, explicou como alimentou o bebê desde seu nascimento, guiando-se por um livro especializado nesse tipo de regime vegetariano. O único leite que seu filho ingeriu foi de coco e de amêndoas.
A mulher, de 36 anos, disse não ter ido ao médico por desconfiança na medicina convencional, e que tentou curar o bebê com óleos naturais. Segundo seu depoimento, ela nunca pensou que seu filho pudesse morrer. Seu marido, de 44 anos, fez uso de seu direito a não declarar.
O escritório da juventude de sua cidade desistiu de tirar-lhes a guarda das três crianças depois que os pais se comprometeram a levá-los periodicamente ao médico e a dar-lhes ovos, peixe e leite.
Durante o processo ficou claro que ambos os acusados queriam o melhor para o menino, disse o juiz ao ditar a sentença, referindo-se a um tipo de vegetarianos que renuncia não só a comer carne e peixe, mas a qualquer tipo de alimento procedente de animais.
Apesar de eu não ter conseguido concluir meu mais novo projeto de vida (a saber: tornar-me um negro), foi um bom feriadão. Praia com chuva é sempre melhor, porque evita que as pessoas tenham idéias estúpidas como levantar bem cedo para pegar sol.
Ademais, o que pode ser melhor que fazer um churrasco rodeado de amigos ao som de Cake às 2 da matina?
Teatro do SESI, ontem, aproximadamente 22h:
- Are you ready for the rock?
Vários: Yeah! Uhú! Isssaaa! Rock´n´roll!
- No, no. The rock is over.
Chrissie Hynde, vegetariana, mas gêniA.
Não foram poucas as vezes em que fui chamado de antipático ou, em um belo eufemismo, "rapaz pouco sorridente". E não tiro a razão de qualquer uma das perspicazes pessoas que assim me alcunharam. Mas a verdade é que sou apenas um cara tímido. E o tímido, antes de mais nada, é um preguiçoso.
Tenho certeza que 87% das ocasiões em que as pessoas me acharam pouco amável poderiam ter sido facilmente revertidas com o bom e velho PREENCHIMENTO DE NADA COTIDIANO.
O Preenchimento de Nada Cotidiano nada mais é do que um conjunto de frases, idéias, piadinhas, sentenças e ditados que ninguém acredita de verdade, mas tudo mundo lança mão em situações sociais, para quebrar o gelo. Vejamos um clássico exemplo:
Você está no táxi em um dia de chuva. Taxista:
- Quando chove o trânsito fica um horror. Fica todo mundo nervoso. E alaga tudo!
Eu:
- É...
Usuário do Preenchimento de Nada Cotidiano:
- É, mais um pouco e vamos ter que andar de jet ski, hohoho.
Claro está que essa não é a única resposta possível. Até porque existem vários tipos de PNC. E eu até acredito que muita gente deve se divertir pensando nas várias possibilidades de resposta que pode usar sempre que um taxista comenta sobre a chuva e o trânsito. Aliás, muitos devem ter também uma tiradinha escolhida especialmente para o momento, usando a mesma sempre (Zorra Total está aí para provar o amor das pessoas pela piada repetida).
Não desmereço o valor social do PNC, mas tenho preguiça de usá-lo. Como disse no início, o tímido é antes de mais nada um preguiçoso (numa interpretação mais ácida, diria que é alguém sem saco para aturar o mar de aritoledice em que vivemos).
O mais engraçado é que as pessoas anseiam pelo PNC. Provocam ao máximo, usam de todos os artifícios possíveis para conseguir ouvir um. Comigo, pelo menos, elas insistem. Eu respondo apenas meu "é..." e elas seguem perguntando, cutucando, provocando.
No meu caso, aliás, existe um outro agravante. Se por um lado não pareço simpático, também não pareço "vigarista", como diria minha vó. Isso estimula os viciados em PNC a me alvejar de comentários banais.
Talvez uma boa alternativa seja usar a falta de sentido eminente a todas esses circunstâncias e fazer um comentário descabido, intimidando o interlocutor e fazendo com que ele desista:
- Ah, mas em dias de chuva passo graxa bovina no meu bigode, visto meu chambre cáqui e saio pela rua entoando trechos do meu cd "Cid Moreira narra letras de Jim Morrison".
Mas a verdade é que eu temo essa gente.
Esses dias eu revi aquele clip do Moby que tem uns mini-extraterrestres simpáticos (fico devendo o nome da música). Mas dessa vez consegui conter o choro. Não sei porque, mas os bichinhos ali tentando fazer contato, com plaquinhas de "hello" e depois saindo cabisbaixos com seu insucesso é muito triste. Não gosto nem de lembrar.
Pior mesmo só o clip de Fingi na Hora Rir, do Los Hermanos. Aquele VHS de uma festa infantil dos anos 80 é, sem dúvida, a coisa mais melancólica que já vi.
http://www.folhadebananeira.com.br
Declaro oficialmente o fim do mundo.
O Alliatti tem razão. A Feira do Livro pulsa mesmo é nos balaios de saldos. Poucos pilas e cousas boas. Mas claro, tem que catar bastante.
Aliás, manha importante: algumas editoras nem vale a pena olhar os saldos, o lance é ir nas CONFIRMADAS.
Momentos antes de sair de Passo Fundo, vô Moisés pergunta:
- Vai dirigindo até a Rodoviária, guri?
- Pode ser - respondo.
Abro a porta do carro. Em cima do banco do motorista, folhas de jornal dobradas ao meio. Quando vou retirá-las:
- Não, deixe isso aí - vô Moisés rapidamente intercede.
- Mas o que é isso? – respondo desdobrando as folhas.
- Deixa aí, deixa aí.
Insisto. Desdobro o jornal:
- Ah não, vô. Não vou dirigir sentado num revólver.
É sentado em sua cadeira de vime, escrevendo longos textos para defender-se das inúmeras acusações que recebe, que o Sr. Destino passa boa parte de seu dia. Cidadão mais processado de seu país, Sr. Destino alega inocência sempre. "Virou moda colocar a culpa em mim, mas o fato é que até agora ninguém conseguiu provar nada", argumenta. Vaidoso, não revela a idade - dizem as más linguas que anda por aí desde os tempos de Édipo Rei -, e sorri sempre que alguém elogia suas mãos bonitas e fortes. "Sempre que ponho minha mão em alguma coisa, deixo-a mais bonita", conclui.
Quando não está em seu escritório, Sr. Destino gosta de ficar no porão de sua casa. É lá que está seu brinquedo favorito. "Passo horas e horas seguidas lá", diz, com os olhos brilhando. Embora ninguém nunca entre lá além dele – exceto pela poeira que, segundo o próprio Sr. Destino, recobre charmosamente todo o lugar -, todos sabem do que se trata o brinquedo. São suas famosas rodas.
Feitas de pedra e enfeitadas com belos desenhos em baixo relevo, as rodas do Sr. Destino são mundialmente famosas. Perguntado sobre porque ninguém pode vê-las, exceto por fotografias, o Sr. Destino é rápido na resposta:
- Ah, ninguém me entende, não adianta explicar.
Realmente, a lógica de atuação do Sr. Destino já foi e ainda é muito questionada. Há quem acredite que seu único princípio de ação é prezar pela falta de sentido sempre. Ele não confirma nem nega. Garante apenas que o Destino sabe o que faz.
O poder absoluto que o Sr. Destino possui também é alvo constante de críticas. Mas ele garante: é possível escapar do controle de suas rodas:
- Imagine uma corrente elétrica. Para que ela exista, os elétrons precisam, necessariamente, ir de um ponto até o outro. Mas isso não é sacrifício para eles, é seu caminho natural. A vida é assim também. Somos todos elétrons seguindo nosso caminho natural. Meu trabalho é apenas garantir que esse fluxo se mantenha. Entretanto, ao contrário dos elétrons, algumas pessoas optam por fugir do fluxo e seguir outro caminho. Não as impeço. Claro está, então, que é possível escapar das minhas rodas. Eu poderia até dizer que todos poderiam fugir e seguir o fluxo que quisessem, destruindo a ordem natural das coisas, a ordem concebida e pela qual sou responsável. Precisariam apenas de algum esforço maior do que o necessário para seguir o caminho natural. E neste caso, eu estaria perdido e desempregado. A minha sorte é que a raça humana é preguiçosa.