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Bolo de noiva


O Oscar deste ano me pareceu bastante justo. Ao menos nos prêmios não técnicos (os outros não acompanhei com atenção), a distribuição muito me agradou. A melhor coisa que alguém já fez pelo Martin Scorcese foi não dar a ele o Oscar de melhor diretor por O Aviador. Seria um desrespeito fazer isso com alguém com um conjunto de obra como o dele.
Ademais, Menina de Ouro levou tudo, e com merecimento absoluto e incontestável.

E o melhor dos momentos: Jorge Drexler vencendo o Oscar de melhor canção. Não, nada de LATINISMO sem sentido. "Al Otro Lado Del Rio" era, disparada, a melhor das concorrentes, mesmo com a interpretação ofensiva do Antônio Banderas com o Santana. Mas sim, muito de rancor contra a organização do evento que vetou o Drexler como interprete de sua própria canção.

Ai ele ganhou, subiu no palco e cantou a música. Melhor vingança.

Da série Coisas que Só Acontecem Comigo


Início da tarde de sábado, na saída do Shopping Iguatemi:

Sem camisa, um homem, aparentando cerca de trinta anos, aproxima-se de mim e diz:

- Há, véi, teu cabelo consegue ser mais feio que o meu!

Assim, bem gratuito. Atônito, apenas sorri amarelo, em mais uma clara demonstração da minha incapacidade de dar boas respostas rápidas. Mas assim que ele virou as costas, visualisei minha réplica:

- Claro, bonito mesmo é ter uma folha de maconha tatuada nas costas.

Eu devia ter dito, devia mesmo.

Sim, sim, por que não tentar, não é mesmo?


Estava eu sem ter muito o que fazer hoje e resolvi pensar um pouco. Cheguei a me achar muito sábio por tomar essa decisão, mas depois percebi que é tão fácil parecer sábio que não havia nenhum mérito em realmente ser um.
Ainda assim, continuei a pensar, agora sobre os clichês da sabedoria. Basicamente, sabedoria é uma questão de ENTONAÇÃO, FIRMEZA e REPETIÇÃO. Sim, basta que uma frase tenha estes atributos e ela se torna sábia. Entonação é aquela coisa: tem que dizer com calma, saboreando cada palavra. Firmeza é estar, ou parecer estar, convicto do que diz (cuidado para não confundir com rispidez, que é sintoma dos tolos). E repetição nada mais é do que redizer um trecho da sentença recém declamada. Assim:

- O mundo, meu filho, é grande e redondo. Grande e redondo.

Um pronomezinho de tratamento bem colocado ali também ajuda, assim como dar uma espichada em algumas palavras da repetição ("graaande e redondo"). Finalmente, cuidar para pronunciar bem as palavras, articulando bastante o maxilar.

E, acima de tudo, perceba: nada disso leva a lugar nenhum.


Ah, pois é


O cineasta Walter Salles divulgou na manhã desta sexta-feira um manifesto contra a decisão da Academia em colocar o ator Antonio Banderas e o guitarrista Santana para interpretar a canção Al Otro Lado del Rio - indicada ao prêmio - ao invés do autor da música, o uruguaio Jorge Drexler.
(notícia completa aqui)

O grifo é meu, e pode ser traduzido como "nessa hora eu cuspi o café que bebia".

É por atitudes como essa aí que o Oscar é uma festa sem nenhuma credibilidade comigo. Claro, tenho absoluta certeza de que o meu aval muito pouco importa para eles, mas eu precisava dizer isso mesmo assim.

Pelo menos sempre tem umas gostosas.

Come home


Parece que o show do Placebo vai ser no Estádio Olímpico. Certamente não é uma opção motivada pela demanda de público que a banda possui por aqui. Placebo não lotaria nem o Gigantinho, eu arrisco dizer - especialmente considerando que serão OITO shows no Brasil, fato que diminui o número de excursões e talecoisa.
A opção deve ser alguma exigência de produção do espetáculo, ou mesmo uma exigência de ego, quem sabe.

Sob certo aspecto, a vinda deles para POA me entristece um pouco. Eu já estava planejando a viagem para Buenos Aires (show na sexta, primeiro de abril, e fim de semana regado a tango e portunhol). E, claro, ir até lá assistir a banda, tendo oportunidade de ver o show aqui, soa bastante descabido financeiramente.

Estarei lá. Ou melhor, aqui.

Big Brother Way Of Life


Eu queria muito que, de uma vez por todas, as pessoas parassem de achar que gente sincera "que diz sempre o que pensa" é legal. Eu odeio gente que diz que diz tudo o que pensa. Primeiro, por que costuma ser mentira. Gente que diz que diz tudo o que pensa, não o faz. Com sorte, pensa.
Segundo, por que não existe nenhum motivo de orgulho em se agir assim. Dizer tudo o que se pensa pode parecer prova de caráter, mas é pura demonstração de insensibilidade mesmo.

- Oi, te acho gorda. Tchau - diz orgulhoso o Sr. Diz o que Pensa, e sai estufando o peito.

Aliás, gente que diz o que pensa é tão ruim quanto gente que (diz que) não mente. Mas isso fica pra outro dia.

Plac, plac


Houve um tempo em que as pessoas cantavam parabéns repetindo duas vezes a letra toda, acelerando o andamento na segunda vez. Não sei exatamente por que, mas de uns anos pra cá a repetição foi sendo abolida. Hoje, a letra é cantada apenas uma vez, seguida de palmas entusiasmadas, que ajudam, inclusive, a espantar algum saudosista que queira repetir tudo de novo rapidinho.
Sinais dos tempos, não há dúvida.

De joelhos no milho


Quando eu era criança, uma professora contou para minha turma no colégio que, em alguma outra cidade do Estado, uma menina havia morrido por ter sido empurrada contra o quadro-negro da sala de aula. Segundo a MestrA relatou, a garota bateu com as costas na quina daquela madeira que apóia o apagador e as barras de giz, rompeu a artéria renal e morreu vítima de hemorragia interna.
E tudo isso, alertou a professora com o dedo em riste, por que os alunos tinham mania de sair correndo e se empurrando da sala quando o sinal batia. Que nos servisse de aviso, portanto.
Anos mais tarde, descobri que esta história era muito famosa, não só lá no Planalto Médio, mas em várias cidades gaúchas, embora ninguém soubesse detalhes sobre os envolvidos na tragédia, nem quando exatamente acontecera.
Hoje, motivado por paranóias mil e uma leve demência, creio piamente que trata-se de um boato combinado em comum acordo entre as professoras para evitar aquele alvoroço pós-sinal para o recreio. Acho até que tem dedo do CPERS no meio.
Agora, o bonito mesmo é imaginar o poder da classe docente: antes mesmo de existir e-mails (e toda a paranóia da leptospirose em latinhas que eles trouxeram) ela já fazia um baita estrago nas nossas cabeças.

Mocuchele


Menina de Ouro é o filme do ano.

Vixi


Eu li sobre os disparates e factóides do Seu Severino e achei tudo tão absurdo e surreal que pensei em postar sobre. Então me dei conta de que eu estava a fim de postar sobre política, e percebi que a situação é mesmo periclitante.

Metacarpianos, metacarguitarras, metacarviolinos


Recentemente descobri uma nova zona erógena no meu corpo: mais um osso pra eu estalar. Naturalmente, não sei como se chama, mas é o osso que liga o polegar ao pulso. É só forçar um pouco e a alegria é garantida. Recomendo.

Da série Respostas que Eu Devia Dar


Enquanto Menezes e eu seguimos nossa disputa para ver quem arranja um layout para o blog primeiro, sigo sendo olhado de REVESGUEIO por não ter assistido nenhum dos Senhor dos Anéis:

- Olha, o ator que fez o Légulas!
- O que é Légulas?
- Tu nunca viu Senhor dos Anéis?
- E daí, tu já ouviu o Álbum Branco, por acaso?
- O que é Álbum Branco?
- Há! Morra.

Lá vou eu


Assistindo o compacto do desfile das escolas de samba cariocas, fiquei imaginando como deve o ser o dia-a-dia do cara responsável pelos efeitos especiais cafonas que toda grande transmissão da Globo tem.
Consegui até visualizar a cena toda: um sujeito de barba, levemente ruivo, careca e com COLA DE CAVALO. Talvez cavanhaque no lugar de barba. Ele veste um daqueles coletes cinza de fotógrafo e fuma sem parar.
Sentado em frente aos monitores, orienta sua equipe:

Quero fogos de artifício saindo de cada uma destas colunas aqui. Puf! puf! puf! Muitos fogos, multicoloridos!

Ó, cada vez que tiver uma mulata, quero que surja um pandeiro rodopiando lépido e faceiro.

Já sei! Vamos estender um tapete pela avenida com as cores da escola que está começando a desfilar!

E sorri esbugalhando os olhos e esfregando as mãos suadas no ar, desprendendo a nicotina dos seus dedos por toda a sala.

Rosas e Vinho Tinto


Se o pessoal de OLIÚ se comprometer a fazer um filme como este por ano, prometo comer mais bife de fígado. Ou, oportunamente, beber mais vinho - cheirar a taça em busca de aromas está descartado.
Sideways me lembrou American Splendor, não pela história contada exatamente, mas pelo personagem principal. Ambos são confessadamente homens fracassados, ou pelo menos é assim que suas mentes deprimidas enxergam a si próprios. E aí está a maior riqueza dos dois filmes: a acidez e ironia com que os personagens conduzem suas vidas nos revela uma visão de mundo que realmente vale a pena ser vista.
(Ah, estou me coçando para estabelecer uma metáfora entre sabor de vinhos e amargura, mas vou poupá-los.)
Embora a piada mais engraçada do filme seja uma secretária eletrônica dizendo "digite sua senha e depois JOGO DA VELHA", há durante toda a narrativa um clima de ironia. Todas as cenas parecem um deboche constante e despretensioso da vida, do casamento, da amizade, ou de qualquer coisa que esteja focada pela lente.
E, sim, uma bela trilha. As canções, interpretadas por uma orquestra de jazz especialmente montada para o filme (posso estar colossalmente enganado, mas ouvi até um Bill Evans ali), contribuem para criar um clima de caos perpetrado por saxofones e pianos alucinados.
Já tenho meu preferido na corrida pelo Oscar. Não vai ganhar, claro, mas agora posso ir ver os outros concorrentes com a alma cheia de preconceitos: Sideways é o melhor.

Night and Day


Confesso que à primeira vista não me pareceu boa a estrutura narrativa do De-Lovely, que traveste o filme de musical dos anos 30. É um certo preconceito meu, mas musicais me parecem filmes para retardados. A música como elemento narrativo é didática demais, fica esmiuçando a situação, como se duvidasse da nossa capacidade de entender o que acontece.
Ah, e todos dançando passinhos coreografados, fazendo caretas e dizendo "love, love, love" enquanto pulam no colchão de molas da Tia Mimi é deveras patético.
Mas voltando: no caso específico de De-Lovely, a coisa toda me pareceu justa ao decorrer do filme. Afinal, se quase toda a obra do Cole Porter foi escrita para musicais, é natural que isso seja utilizado em um filme sobre a vida dele.
Acho que a progressiva redução de cenas musicais ao longo do filme também contribuiu para que a minha antipatia fosse amenizada (embora eu deva confessar que posso ter me habituado a elas, especialmente considerando-se que havia outros momentos constragedores no filme para chamar minha atenção - mas deixemos isso para o próximo parágrafo).
O que me irritou mais mesmo foi a presença de um Cole Porter velho que aparece assistindo a uma suposta montagem teatral sobre sua vida (que vem a ser, adivinhem, o próprio filme). É o mesmo recurso do A Festa Nunca Termina, só que mal utilizado.
Bom, agora que já falei mal o suficiente, vamos aos pontos positivos: a trilha, óbvia e indubitavelmente o melhor da película; Ashley Judd, que está LINDJA como nunca e, por que não, o despreendimento do roteiro ao mostrar a homossexualidade e o casamento de contrato de Porter com Linda.

Golo


Revivendo momentos da minha tenra infância, fui ao jogo do Passo Fundo sábado.
Curioso ver que o tempo passou e muitas coisas mudaram na terrinha, mas os jogos do tricolor* do Planalto Médio seguem iguais: torcedores pitorescos, eventos bizarros em campo, futebol varzeano e, claro, os picolés de nata do Super Gígio (uma famosa lenda da minha infância sustentava que os garotos que vendem esses picolés costumam tirar provinhas dos produtos, reembalando-os depois - verdade ou não, meu picolé estava mesmo com um fio de baba na ponta).
Aliás, outra coisa que não muda é o PLANTEL do Passo Fundo. Existe um círculo de atletas que está sempre circulando pelo Vermelhão da Serra. Acho que pelo menos 5 jogadores que estavam em campo são do tempo que eu ia ver os jogos, há uns seis anos.
Deve ser por isso que o time continua ruim. O XV poderia ter goleado com facilidade, não tivesse esbarrado no gleiro Tigre e em sua própria incompetência. Bom, ao menos isso mudou aqui no Planalto: a equipe agora tem um pouco de sorte, o que já é um grande feito para um time famoso por deixar escapar vitórias e classificações de maneira insólita - o Barrichello dos campos, digamos.
Nas arquibancadas, pouco mais de 500 palpiteiros prestigiaram o evento. Percebam: mais uns 300 torcedores dando pitacos ali e teríamos uma Fabico inteira empurrando os atletas locais.
Cansado de tanta opinião vinda de todos os lados, cheguei a imaginar um agente coerçor de palpites. Institucionalizado, seria patrocinado pelas federações de futebol e tudo mais. Assim, através de um sistema de auto-falantes, os torcedores teriam suas opiniões cobradas publicamente:

"Atenção senhor careca e usando camiseta do Bangu. Viu o que acontece se o lateral avança como o senhor estava pedindo? A equipe fica sem cobertura e leva gol"

Uma voz tétrica, sem emoção, com a frieza que a situação pede. E o torcedor pensaria muitas vezes antes de ficar palpitando sobre o que não sabe - ou pensa que sabe.


*o Passo Fundo não é mais tricolor. Abandonou o verde, que lembrava o Gaúcho, eterno rival, e agora é só branco e vermelho.

Valéria Valensa vem aí


Duas temporadas do Seinfield em DVD, CDs, Soulseek, internet banda larga, Tolstoi e família. Pronto, está esquematizado meu Carnaval 2005.
Divirtam-se, mas com cuidado: não quero perder nenhum dos meus 5 leitores.

Oh, my eyes


Mais um brasileiro em Londres, Bulcão promete nos contar tudo aqui.
O mais azarado dos meus amigos se virando sozinho na Zeuropa promete.

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Aliás, na despedida do jovem, além de TANTAS EMOÇÕES, teve um pastel doce de nozes, doce de leite e chocolate DOIRADO. Recomendo a todos que pelo Salgado Filho passarem provar a iguaria.

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Aproveito o ensejo e divulgo o blog da Mirella também.

Aproximador


Para entender todo o falatório em torno de Closer, é preciso, antes de tudo, ter duas coisas em mente.
A primeira delas é o freqüentador de cinema médio, digamos assim, ou, em termos mais diretos, a pessoa que vai ao cinema para "ver o último da Julia Roberts". Imaginando essa pessoa, os filmes que ela costuma assistir e o que espera do último da moça bocudinha, é fácil entender o espanto que a película provoca.
Closer não é um filme inovador na maneira como aborda relacionamentos e traições. Como bem lembrou o Alexandre, Woody Allen faz melhor em Anything Else (e em boa parte de sua filmografia, diga-se). Mas Closer é bem escrito, tem excelentes diálogos e, principalmente, é um filme de abordagem crua. Talvez o expectador médio (sem preconceitos aqui, eu me considero um) não consiga extrair tudo de um filme do Allen, quase sempre sutil. Mas Closer joga tudo na cara, com todas as letras - e consegue fazê-lo sem estragar a narrativa, como seria de se esperar de um filme assim.
É essa crueza que torna o filme verdadeiro, fato que pode espantar um desavisado. Em Closer, as pessoas não amam intensamente e sem restrições, não esquecem os ex, mesmo quando parecem felizes com os atuais. Em Closer, os relacionamentos se parecem mais com o seu, o meu e o do cara ali na poltrona do lado.
Como a própria personagem da Natalie Portman diz no filme, "as pessoas adoram uma grande mentira", assim como se assustam ao ver a verdade.
A segunda coisa é a LIÇÃO do filme. Closer, como muito já foi dito, é moralista. O cara-mal-que-trai sofre. A mulher também. Eles PAGAM pelos seus pecados. Quer dizer, o filme é cru ao mostrar um relacionamento ao mesmo tempo em que se prende nos valores mais tradicionais do Ocidente (oportunamente: o sucesso de público e crítica de Closer tem explicação justamente na sua alquimia perfeita entre o filme de amor óbvio e o filme reflexivo sobre relacionamento).
Vale o ingresso, com louvor. Mas não se iludam: a trilha não é nada demais, como cheguei a ouvir por aí.

Mas tem a Natalie Portman de cabelo curto e vermelho.

Não cheira bem


Eu já tinha ouvido e lido em vários lugares sobre medidas autoritárias do governo Lula. Mas, como tenho vários preconceitos (achei um jeito de transformar o post anterior em algo não totalmente inútil), ainda não tinha levado nada muito a sério - a Veja ou o Percival Puggina criticando só me fazem rir.
Porém, confesso: se o Elio Gaspari diz, passo a me preocupar.

Sem levar a lugar nenhum


Eu tenho dúzias de preconceitos. Dúzias, dúzias. Coloco a mão no bolso e saem preconceitos, sacudo a cabeça e caem preconceitos. Posso até dar alguns de presente, se alguém quiser.
Só não digo que torço o nariz para quase tudo por que tenho preconceito com gente que torce o nariz. Assim como tenho com gente que diz "sou bem eclético, gosto de tudo um pouco" ou "adoro música pra dançar".
Entenda: não é que eu não goste dessas pessoas. Mas tenho preconceito.
Preconceito não é desprezo, é medo. Pelo menos assim eu acredito, por pura conveniência mesmo. Me conforta pensar que sou medroso. Afinal, no ranking celestial, desprezo deve ser pior que medo.