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Nova modalidade no aqui já citado Programa Brasileiro de Assistencialismo: amparo de homossexuais.
Verba estimada para o projeto: 1 MILEÃO de reais.
Está na capa do Insanus e em vários de seus blogs: parece que a entrevista do Woody Allen que saiu na IstoÉ (e que linkei aqui, inclusive) é plágio de uma entrevista que ele deu para o SuicideGirls.
Por mais que, comparando as entrevistas, elas sejam IGOAIS em vários momentos, não vou dizer que é plágio. E pura e simplesmente porque isso não é divertido. Levantar o dedo em riste e gritar "plááágio! plááágio!" enquanto cospe saliva é chato.
Prefiro pensar em hipóteses que, apesar de pouco prováveis, são bastante verossímeis. Por exemplo:
Comparando as entrevistas e percebendo o quanto são semelhantes, chegamos rapidamente a conclusão de que jornalista realmente só sabe fazer as mesmas perguntas, e sempre do mesmo jeito.
Comparando as entrevistas e percebendo o quanto são semelhantes, chegamos rapidamente a conclusão de que Woody Allen é um homorista fraude, que repete as respostas em suas entrevistas, sem mudar uma palavra sequer. Parece até que todos os seus filmes foram escritos pela Mia Farrow, com quem, dizem, ele ainda mantém um affair.
Comparando as entrevistas e percebendo o quanto são semelhantes, chegamos rapidamente a conclusão de que Woody Allen estudou na Fabico, onde aprendeu a consagrada técnica da reutilização de trabalhos, aqui adaptada para o modelo entrevista.
Está mesmo na hora de terminar esta palhaçada de engrandecer o Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG) como se ele fosse um registro decente da história do Rio Grande do Sul. Elitista e com raízes urbanas, o movimento, que tem como ilustres criadores e seguidores Paixão Cortes e os Fagundes, nada mais fez do que MACULAR um passado conveniente para o gaúcho. Um passado onde Bento Gonçalves não é um contrabandista safado, onde escravidão não combina com o Pampa e, claro, onde não se pode usar brinco em CTG:
Na ZH de hoje (achei que valia a pena reproduzir aqui na íntegra):
"Gaúcho usava brinco para expressar masculinidade"
Entrevista: Tau Golin, historiador
por MOISÉS MENDES
Gaúcho de brinco não poderia ser rejeitado em Centros de Tradições Gaúchas, segundo o historiador Tau Golin, doutor em História, estudioso da ocupação do Rio Grande do Sul e professor da Universidade de Passo Fundo. Golin contesta os tradicionalistas que apoiaram a decisão do patrão do CTG Lalau Miranda, Ari Ferrão, de Passo Fundo, que expulsou do salão o professor Ademir de Mello de Camargo, no último dia 20. Camargo não pôde participar de um baile porque usava brincos.
O patrão teve o apoio do historiador e tradicionalista Nico Fagundes e do presidente do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG), Manoelito Savaris. Ambos asseguraram, em entrevista a Zero Hora, que o brinco não faz parte da indumentária do gaúcho. Nico Fagundes afirmou:
- Brinco não combina com pilcha. É uma coisa moderna, não tem a ver com o tradicional.
Savaris reforçou:
- O brinco pode estar na história dos piratas, mas não na do gaúcho. Sou historiador, e não encontrei referência ao uso de brincos.
Pois Tau Golin, 49 anos, diz que pesquisas de historiadores respeitados encontraram brincos em orelhas de homens cabeludos do final do século 18 e início do século 19. Nesta entrevista, o historiador dá sua versão para os motivos que levam os CTGs a rejeitar homens de brinco:
Zero Hora - O gaúcho do campo usava brincos?
Tau Golin - Está fartamente documentado que o gaúcho usava adereços como o brinco e a vincha na cabeça (bandana), entre a segunda metade do século 18 e a primeira metade do século 19. Geralmente, eram homens melenudos. Muitos usavam tranças e brincos de argola. O brinco era parte do embelezamento masculino e expressão de masculinidade. Mas agora, conforme o MTG, o brinco é um adereço feminino. Isso pode ser determinado por uma norma interna da entidade, mas não tem base histórica. É uma visão de mundo preconceituosa. Não sei se o CTG permite o uso da bandana. O movimento depurou o presente dos adereços inquietantes.
ZH - Este gaúcho que se enfeitava seria o espanhol, o tipo da fronteira?
Golin - É mais o gaúcho platino, do Pampa, da área que pega parte do Rio Grande do Sul. O gaúcho é um tipo com várias influências. Vestimentas e costumes dependiam da origem, dos europeus, da mistura do europeu com os grupos indígenas. O Pampa é uma construção de várias influências. A região de Passo Fundo é a região do caboclo, de um homem economicamente extrativista, da erva mate e da pequena lavoura. Se fossem fazer uma discussão do passado no presente, nesta região o homem a ser exaltado seria o caboclo.
ZH - Por que o gaúcho de brinco incomoda os CTGs?
Golin - O grupo social chamado gaúcho deveria ser extinto para que a ''civilização'' chegasse à Campanha e se implantasse a propriedade privada, a família. O gaúcho metia medo, vivia em grupos, praticava saques. A visão estatal, de criação desses módulos de produção, era atrapalhada pela ação desses grupos de predadores. Por isso os CTGs preferem o peão, que é uma figura enquadrada no sistema. O gaúcho representa uma força do não-trabalho regular dentro da estância. O tradicionalismo não é uma representação de totalidade do mundo antigo. É exatamente uma versão da parcela da elite oligárquica. O gaúcho teatino é uma contradição que incomoda.
ZH - O rejeitado seria o tipo social, e não só o brinco?
Golin - Quando alguém tenta usar algum adereço que era do gaúcho, e não do sujeito confinado dentro do sistema, ele é eliminado do sistema que reproduz o mundo oligárquico. Há uma série de depurações desse mundo simbólico. Eliminam-se o gaúcho histórico e o escravo. Os CTGs têm patrão, peão, capataz, sota-capataz, agregado, prenda. O ser gaúcho não existe na estrutura associativa do CTG. O gaúcho como grupo social marginal seria um não-exemplo devido ao seu modo de vida. A senzala também não existe no CTG. Como a estância é apresentada como o lugar da felicidade, onde colocar o cativo?
ZH - O senhor submeteria suas fontes de pesquisa a um confronto com as de outros historiadores?
Golin - Sim. Há inúmeros relatos de viajantes e pintores do final do século 18 que descrevem o gaúcho, e muitos pintores o retrataram. O uruguaio Fernando Assunção, o grande pesquisador do gaúcho, de seu modo de vida e das pilchas crioulas, nos mostra que o brinco era usado com outros adereços. O pesquisador sempre trabalhou com documentação. E Assunção poderia ser considerado um sujeito conservador.
A manchete de capa do Diário Gaúcho de hoje é a melhor coisa que o jornalismo já produziu:
GORDO E MAGRO ATACAM CINEMAS NO CENTRO.
"Aí me ocorreu: por que não alterar as duas vias e ver se eu consigo fazer um filme desse modo? Pensei que também poderia aprendar algo nesse processo. É claro que não aprendi coisa alguma, mas foi divertido fazer esse trabalho."
Entrevista do Woody Allen. Sempre vale.
E então começaram a revolucionar as relações profissionais. Vieram as pedagogas, juntamente com este pessoal todo que sai na Exame com a mão no queixo. As intenções pareciam boas, boas mesmo. Nada mais de chefe autoritário, que não escuta sua equipe. Agora o cara tinha que ser um GESTOR, um líder, tinha que trabalhar em equipe.
O problema foi que, ao colocar em prática o conceito de trabalhar em equipe, uma distorção aconteceu. "Trabalho em equipe" passou a ser confundido com "todo mundo pode dar pitaco".
A pessoa que teve a infeliz idéia de sugerir pela primeira vez que "é importante ouvir a opinião de todos" deve agora estar só esperando a morte chegar, corroído pelo arrependimento.
Afinal, agora o caos está instalado: todo mundo acha que pode dizer o que acha, mesmo em assuntos que totalmente desconhece. Principalmente em assunto que totalmente desconhece, eu diria até.
Ainda bem que tem internet banda larga.
"No entanto, a felicidade de Liêvin era tão grande, que aquele desgosto não a pode afetar e até lhe deu um novo matiz. Kitty perdoara-lhe, mas desde então considerava-se menos digno dela, ainda a reverenciava mais e apreciava como nunca a ventura imerecida que lhe era dada."
Ana Karênina está cada vez melhor.
Mesmo cercados de bugigangas com CRISTAL LÍQUIDO e CHIPS, mesmo vivendo em um mundo em que até geladeira que conecta na internet já se inventou, mesmo estando a face da terra coberta de seres fascinados por tecnologia, mesmo depois de os japoneses terem criado robôs-bichos-de-estimação, quando chove, ainda dependemos de um objeto tão arcaico, EFÊMERO e FUGAZ como o guarda-chuva.
O People And Arts parece mesmo estar se especializando em programas de TROCA. O mais recente, ao menos para mim, é um programa de troca de casais. Mas entenda, não no sentido SEXUAL, e sim no sentido CONVIVENCIAL.
Pelo que captei dos EXCERTOS que vi, o cara passa alguns dias com a esposa de outrem, enquanto o outrem fica com a mulher do tal cara, como, aliás, era de se supor.
O curioso é que um casal era de NEGROS, e o outro de GORDOS. "Hm...", pensei coçando o cavanhaque. Porém, não consegui ir além do "hm", infelizmente.
De toda forma, não deixou de me espantar o modo como a família de obesos era o esterótipo de uma família problemática de obesos: o pai sem autoridade, a mãe sem auto-estima, a filha mais velha revoltada e infantil, a filha mais nova madura e compreensiva.
E todo esse cenário fica ainda pior em uma casa inglesa, com aqueles papéis de parede descolados, os móveis antigos e tudo mais (sei que isso vai revoltar a comunidade indie, mas a típica casa inglesa que nos mostram na tevê é lamentável).
Mas enfim, a dublagem me faz rir bastante, ao menos.
Apesar do nome, é bem massa essa exposição do Miró que está rolando no Santander. Quer dizer, entendo NADA de pintura e artes plásticas, mas gostei do que vi.
Como o número de peças é bastante considerável, e todas proporcionam imenso deleite visual, é recomendável ir com bastante tempo disponível para circular lá dentro.
Particularmente, destaco os cartazes feitos para divulgar mostras do artista e o vídeo que mostra ele pintando, em pleno PROCESSO CRIATIVO.
Ademais, é bom cuidar as datas: a exposição vai até junho. Sim, eu sei que são três meses até lá, mas é aí mesmo que mora o perigo. Corre-se o risco de pensar "ih, tem um tempão ainda" e quando se vê, já foi.
Como qualquer outra coisa da vida e do mundo, os critérios celestiais deveriam ser baseados no todo, no conjunto da obra, e não em pequenas ações pontuais (talvez até sejam, mas vamos considerar que não para que o texto pareça mais interessante e menos óbvio).
Assim, uma pessoa que, em um determinado dia e por algum motivo qualquer, esmigalhou a cabeça de outrem com uma machadinha de bater bife deveria ter mais chance de subir aos céus do que outra que passou a vida toda recusando folhetos nas sinaleiras ou sentando nos lugares reservados aos deficientes.
Claro, existem muitos fatores para se considerar em ambos os casos, mas não sejamos chatos, vamos esquecer todos eles e crer do fundo de nossos corações que são exemplos perfeitos.
Porque se pensamos assim, tudo parece muito límpido: matar alguém, por mais que seja com requintes de crueldade, pode até ser um ato justo, ou mesmo nobre. Ou ainda um pequeno deslize em uma biografia reta como a fronteira norte do Mato Grosso.
Por outro lado, a maldade fria, cometida aos poucos, sem arrependimento e com uma convicção que lembra a dos piores facínoras, ah, esta sim, leva sem escalas lá pra baixo. Gente que não pega folhetos quando caminha na Rua da Praia, ou mesmo quando está de carro, merece arder para todo o sempre, por seu egoísmo e mesquinharia. E as que alegam não fazê-lo "para ver se acaba essa coisa de dar folhetos na rua" deveriam sofrer ouvindo todos os álbuns do Gênesis em seqüência, juntamente com as pessoas que furam fila, as que são grosseiras, as que jogam lixo no chão, e todas as outras que cometem pequenas barbaridades cotidianas.
A única diferença entre Hitler e essa gente é o bigodinho. E olha que ele até ficava bem com ele.
Está oficialmente lançado o Projeto Cobertura do Campeonato Brasileiro de Par ou Ímpar 2006, capitaneado pela Rede Globo.
Corre o boato de que o CERTAME será oportunamente patrocinado por uma loteria, e de que contará com Galvão Bueno, o mais flexível profissional do microfone do Brasil, como narrador.
As regras oficiais, ainda desconhecidas de boa parte do público brasileiro, serão devidamente explanadas pelo Régis Rösing em uma longa reportagem repleta de piadas ruins no Esporte Espetacular.
Com mais de duzentas páginas, o detalhado plano de marketing do evento conta com ações inovadoras, e mostra que todos os pontos foram bem pensados. A trilha do campeonato, por exemplo, será uma versão de "When You Sleep", canção do Cake que diz "when you sleep/where do your fingers go?", e será feita pelo Roupa Nova.
Os trocadilhos, aliás, dominarão o evento:
Dois dedinhos de prosa: conversa com Atílio Lourenço, ex-jogador e tricampeão de par ou ímpar.
Dedo no Olho: reprise de uma jogada humilhante e dolorosa realizada por algum dos competidores.
Dedo duro: câmera escondida revela o número de dedos que um determinado jogador irá colocar em sua próxima partida.
Eu cresci acreditando que o xingamento "mongolão" vinha de "mongol". Aí vim morar em POA e passei a conviver com gente que diz "mAngolão" o que, para mim, não faz sentido aparente algum.
O Menezes tem toda a razão, o Marcelo Birck é um gênio mesmo. Estou aqui ouvindo um álbum homônimo dele e, caramba, é excelente.
Incrível como baixo e bateria são desalinhados e ainda assim tudo soa harmonicamente lindo. A música não vem linear aos ouvidos, vem em ondas, sobe e desce, sobe e desce.
Que riqueza sonora. Recomendo.
Tenho que admitir que esse tal de Trillian é um bom programa. Ao menos no quesito praticidade, uma vez que junta MSN, ICQ e outros inúteis aí.
É feínho e tem algumas limitações e burocracias, mas vale a pena.
Por obséquio, chefe, por acaso tu já ouviu Keane? Um Travis-sem-guitarra bem massa. Aliás, gosto de bandas que calcam a harmonia de suas canções no piano.
Quatro das cinco razões para ver o Lenny Kravitz, segundo a Zero Hora:
- o cantor faz O PRIMEIRO GRANDE SHOW DO ANO AO AR LIVRE NA CAPITAL;
- No Chile ELE FOI OVACIONADO POR 50 MIL FÃS;
- A Lenny Kravitz não falta talento, SOBRA ATITUDE;
- O público masculino o admira pelo rock QUE ROLA e, evidentemente, pelas suas conquistas femininas.
Os trechos em caixa alta me fizeram cuspir café.
Após muitos anos ausente dessa dimensão do universo, ontem assisti ao primeiro capítulo de uma novela da Globo. Se eu tivesse internet rápida, teria feito uma transmissão REAL TIME por aqui. Mas, dadas as contingências, lanço agora minhas observações, contando que você, amigo leitor, seja legal e finja que está tudo acontecendo agora:
- Primeira FALHA na TRAMA: logo a Globo, com todo o seu cuidado de produção, coloca uma retroescavadeira toda modernosa em uma demolição que se passa há 15, 20 anos atrás. E poxa, fazem questão de mostrar o painel todo cheio de design da máquina. Ao menos o Paulo Goulart como operador da CASE convenceu (ao contrário do dramaninha idiota que leva seu personagem a se casar com a mãe da Déborah Secco - ele teve pena de demolir a casa delas);
- Déborah Secco não ficou bem em cor de tijolo;
- Christiane Torloni vive uma CLEPTOMANÍACA. Promete;
- Umberto Martins interpreta um homem RICO: será a primeira novela em que ele não vai aparecer o tempo todo sem camisa. O BÊLO dele também vale;
- Pior abertura de todos os tempos. Eu esperando um SHOW do Hans e ela nada mais é do que um MOSAICO de cenas da novela vistas sob uma lente CÔNCAVA.
Em breve, voltaremos.
Episódio de hoje: gente que confunde seriedade com carranca.
É um tipo de sujeito bem comum e deprimente este que confunde seriedade com mau humor. Afinal, se sorriso medisse seriedade de trabalho (ou de qualquer outra coisa que exija comprometimento e dedicação), o De León seria o melhor técnico de futebol de todos os tempos.
Ou, pegando um outro extremo, o Ary Toledo viveria na sarjeta.
No entanto, ele conhece centenas de piadas de cor, e tem milhares catalogadas e anotadas, em uma demonstração pura e irrefutável de que ele se empenha na cousa. E poxa, ele viveu o SONHO de contar anedotas no ouvido do Sílvio Santos.
Adendo: importante não confundir com outro grupo bastante conhecido, o das pessoas que acreditam que a melhor maneira de expressar raiva e indignação é metralhando palavrões.
Junte os dois tipos e terás o Falcão d´O Rappa.
Mas que coisa bonita isso que o Spike Jonze fez pra Adidas.
E reparem que a voz da canção da trilha pertence a moçoila do Yeah Yeah Yeahs.
Bem diz a minha avó, "não se deve ir ao Bourbon sem levar uma MANGA, por que lá o ar condicionado é um gelo". Extendendo o raciocínio da matriarca dos Barbosa, devemos ter sempre um agasalho à mão.
Tolo que sou, esqueci deste velho preceito da qualidade de vida, e passei sucessivos frios no trabalho, onde alguns setores mais parecem câmaras frias.
E o resultado é este: peguei uma GRIPA violenta, com tosse ESCORREDEIRA e tudo mais.
Felizmente, o MIADO DE GATO que me atacava na infância nunca mais voltou.
Isso me lembrou, aliás, os métodos que meu vô utilizava para curar minha bronquite. Ele fazia CATAPLASMAS, que nada mais eram do que panos recheados com uma plasta formada por farinha de milho e água. Este composto era aquecido até o limite do suportável pela pele humana e depois lançado sobre meu peito e costas.
Recomendo com veemência este álbum do Secret Machines. Vale só pelas batidas da BATERA. A resenha do link, aliás, fala muito apropriadamente sobre isso.
Eu tenho um blog porque este é o único jeito que achei para expressar a minha opinião dispensável sobre alguma coisa até o fim, sem que ninguém me mande calar a boca antes.
DINHEIRO - O mercado de luxo era coisa de mulheres. Hoje, há um avanço masculino. Por quê?
NYECK - Até os anos 1980, vivíamos na cultura dita moderna - hoje, entramos no que se chama de pós-modernidade. O moderno, inaugurado na Revolução Industrial, no século XVII, sustentava-se em três pilares. O primeiro: o valor trabalho era fundamental. O segundo: a regra era a separação nítida dos papéis entre o homem e a mulher. Ela seduzia e reproduzia, cuidava da casa, da beleza. Ele cuidava do dinheiro, da poupança. Terceiro ponto: a visão do cotidiano era destinada ao futuro, para a planificação. No pós-moderno, no tempo em que vivemos, depois de maio de 1968, de Woodstock, da queima de sutiãs, tudo mudou. O trabalho já não é a essência da vida - a emoção é que conta. A separação entre homens e mulheres perdeu sentido. Vivemos numa sociedade cada vez mais andrógina. Trocaram-se os papéis. E, atualmente, já não é mais o futuro que importa, e sim o presente, o "carpe diem". Isso explica por que os homens, agora com valores femininos, os chamados metrossexuais, são também sensíveis ao que antes cabia apenas às mulheres.
Revista IstoÉ Dinheiro - SP
Isso tudo até o dia em que as mulheres cansarem do homem que faz as unhas e passarem a desejar novamente o macho forte e suado.
Dois estouros, um clarão, e o ventilador se apaga.
- Carâmbolas, a luz se foi.
E, claro, com este este calor, o sono se foi junto.
Tentei, então, métodos alternativos de ventilação, como abrir a janela e a porta do quarto, a fim de possibilitar a circulação do ar. E até que tinha um vento bem interessante, mas ele não possuia a constância do ar morno do meu ventilador, muito menos fazia aquele barulho sedutor e chama-sono.
Os estouros e o clarão, por sua vez, indicavam que havia explosão no meio do problema, ou seja, a cousa era séria, e a luz demoraria a voltar.
Sem ter mais o que fazer, uma vez que qualquer atividade noturna depende de luz, consolei-me em ficar deitado imaginando como a circunstância poderia render um post pro Mujique.
E, como qualquer ser humano que vive uma situação limite, comecei a pensar na nossa fragilidade e no quanto estamos a MERCÊ da natureza, mesmo com tanta evolução e tecnologia nos cercando.
A gente se acomoda tanto com a água encanada, por exemplo, que quase somos capazes de acreditar que água vem da torneira, e que jorrará para sempre se assim quisermos.
No entanto, basta que a chuva se negue a cair para entramos em situação PERICLITANTE.
Somos mesmo vários punhados de cocô.
O único problema real dos rachas da madrugada é o barulho que aqueles motores desmedidos provoca nas mentes de quem está ali perto, deitado em seu quarto, apenas querendo dormir.
No mais, acho que o desejo suicida débil mental não deve ser coibido. Deixem eles enfiarem suas cabeças em postes e árvores em paz. Afinal, RACHEADORES pertencem ao grupo de pessoas que nos dão prazer de dizer "bem feito" ou "hmpf, era visto" de vez em quando.
Alguém poderia alertar para o perigo de atropelamentos, mas não faz muito sentido, aviso de antemão. Ao ouvir sobre uma criança atropelada por um carro em fúria às 3 da manhã, o questionamento certo a ser feito é "uma criança na rua às 3 da manhã?", e não "um carro em fúria na rua?"
Ah, existe o perigo de acidentes com carros inocentes que por ventura podem circular por imediações RACHÍFICAS. Bom, não esperem que eu tenha resposta para tudo também.
Em Caxias tem um estabelecimento vendedor de xis - vulgo lanchonete - cujo proprietário é maneta.
Não resisti em imaginar que a ausência do membro é fruto do ESPÍRITO EMPREENDEDOR do cara: sem dinheiro para realizar seu sonho de abrir sua própria empresa, e assim ser dono do seu nariz e talecosa, ele utilizou sua mão como CAPITAL INICIAL e MATÉRIA-PRIMA para a fabricação do primeiro sanduba.
Vendido o primeiro, reinvestiu o dinheiro no negócio, comprando os INSUMOS necessários para fazer mais XIZES, e assim sucessivamente, como no clássico episódio do Chaves em que ele planta pés de carambola para vender carambolas e ter dinheiro para plantar mais pés de carambola.
com moradores como este cara do xis, não me admira que Caxias seja uma cidade tão organizada, limpa, bonita e PRÓSPERA.
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Meu churrasco estava mesmo excelente. Pela primeira vez, assei carne de ovelha, e me saí bem, tenho que dizer. A família Andreis elogiou bastante, embora eu não esperasse outra coisa de pessoas tão gentis como eles.
A informação mais relevante da história da humanidade.
Este fim de semana vou assar um churrasco.
Hoje, pela primeira vez, vi uma mulher gerenciando uma garagem. Não sei se ela é a dona, e não sei também se existem muitas mulheres proprietárias de estacionamentos por aí, mas ver uma dama assumindo o papel de LEOA DE CHÁCARA deste tipo de estabelecimento é inédito para mim.
Arrisco a dizer que trata-se de uma das profissões mais masculinas do mercado de trabalho. Taxista, motorista de ônibus, até juiz de futebol FÊMEA eu já tinha encontrado por aí.
Só falta agora ver uma PEDREIRA. Sim, uma mulher empilhando tijolos e assoviando pros GATUXOS seria massa.
Após a morte da mãe, peão resolve deixar para trás a infância conturbada e a vida no campo para se aventurar na cidade. Lá enfrenta muitas dificuldades, mas sua fé e suas conversas com Jesus Cristo fazem com que ele supere todos os obstáculos.
Sinopse do filme Darlan, com grifo meu.
Vale dar uma boa conferida neste site de resenhas cinematográficas. Além do texto completo do filme citado acima, escrito pelo Cavinato, é possível descobrir muitas outras pérolas da sétima arte.
A plaquinha indicava grelhados. Perguntei* ao jovem que estava ali suprindo o BUFÊ e cuidando para que os alimentos não se esvaíssem por completo das compotas:
- Grelhados de quê?
- Este é de berinjela e este de abobrinha.
Com tanta coisa boa neste mundo, por que diabos grelhar abobrinha e berinjela?
*baseado em fatos reais. Não fui eu quem perguntou, mas achei que o relato em primeira pessoa colaboraria pra VEROSSIMILHANÇA.
Hoje tive um daqueles famosos dias em que tudo dá errado. Profissionalmente, quero dizer. Dentro das paredes da FIRMA, nada que eu fiz prestou, nada que eu disse estava certo, nada que eu pensei teve valor.
É parte da profissão, eu sei. Mas eu queria sentir que sou bom quando acerto na mesma medida que sinto que sou ruim quando erro.
Enfim.
Creio que meus cinco leitores já sabem, mas me sinto na obrigação de reforçar: o Nego está abrindo uma BOATE:
Aos muitos que ainda não sabem, estou agora no comando de uma casa de shows chamada DISSONANTE.
Ela fica na PLÍNIO BRASIL MILANO, número 75 - onde era a Croco. A proposta é ROCK. Shows de rock alternativo, em suas incontáveis RAMIFICAÇÕES. Não é o nicho mais RENTÁVEL que existe, mas tâmo nessas pelo AMOR. E o propósito desta mensagem é avisar sobre a INAUGURAÇÃO.
Será no SÁBADO QUE VEM, dia 5 de março, às 23h. Tocarão os amigos da FRESNO, mais as bandas ATRACK e ASTER. Comprando ingresso antecipado, é 8 reais; na hora é 10. BOMBARÁ. Apareçam.
Mas NÃO ACABOU! Pra vocês que são AMIGOS, e QUEREM conhecer o lugar, e QUEREM me dar um UPA pela INICIATIVA e tudo mais, PORÉM não desejam encarar o SUFOCO desta inauguração PEGADA, tenho na manga uma bela ALTERNATIVA.
No dia seguinte, DOMINGUEIRA 6 de março, vai rolar um lance bem mais INTIMISTA. Começando às 17h (cinco da tarde, acaba cedo, olha que beleza), vai ter um show com a MINHA banda, a FARVESTE, mais a THÖS-GROL, outra banda do mesmo gênero (pós-rock). Bem de leve, SACA? Pra entrar, o cara paga 4 reaizinhos - que são só pra cobrir custos - e pode ME PRESTIGIAR sem nenhum ATROLHO. Hehe.
Feito o registro, faço meu endosso: apareçam.
Ando bastante intrigado com uma questão: quanto tempo uma pessoa consegue sobreviver sem saber o que é um pergolado? Ou, invertendo a lógica: quanto tempo uma pessoa consegue sobreviver sem saber que aquelas ripas de madeira perfiladas de maneira a formar uma espécie de telhado têm um nome específico?
Eu, particularmente, atravessei ileso mais de vinte anos sem que o vocábulo me fosse necessário. E não foi após despencar de um e precisar explicar aos amigos de onde havia caído que o descobri. Foi no mais puro e absoluto acaso. Ele simplesmente caiu no meu colo sem que eu o chamasse, e eu o adotei a partir de então, dando-lhe moradia no meu asilo de palavras achadas ao vento.
Mas confesso que, quando eu penso nisso, meu coração dói, por que lembro de todas as palavras que não achei, e que seguem abandonadas por aí. Todas aquelas coisas que chamamos pela função ou forma - como "o anel retorcido e cheio de pontas que fica envolta do bocal" ou "aquela bolinha com um cano em um dos lados que a gente usa pra limpar tecidos" - têm um verdadeiro nome. E talvez a gente nunca descubra.
Não deixa de ser bastante divertido ver a imprensa paulista vergando a espinha para o futebol argentino. Não que eu ache os hermanos melhores ou acredite nessa balela de que o futebol gaúcho é castelhano (e mesmo que fosse, que tenho eu a ver com os gaúchos?), mas para quem sempre criticou a catimba argentina e empedestou Robinhos por aí, é uma grande ironia.
Maradona pode não ser melhor que Pelé, mas Tevez é a grande estrela do futebol brasileiro atual.
E agora chamaram o Passarella. Aliás, para substituir o gaúcho Tite, o que eleva a graça de tudo isso à enésima potência.
O Lula acha que ser Presidente da República é como ter um blog: pode-se falar o que quiser que não dá nada.