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Eis o que mais me fascina na vida: conforme as coisas vão me acontecendo, percebo que todos os clichês que a gente escuta por aí fazem sentido. E muito.
Ao menos em relação às coisas que me sucedem, posso afirmar peremptoriamente: tudo, tudo tem um lado bom, muitas vezes até bem maior que o ruim.
É só fazer um esforço para enxergar sob outra perspectiva.
Erga os calcanhares com força. Do outro lado do muro a luz do sol pode estar mais forte.
Hoje vai rolar uma festinha do CJC lá no Espiral. O evento, que é aberto a qualquer um disposto a pagar módicos R$7 de consumação e R$3 de ingresso, contará com a minha discotecagem.
O furdunço começa pontualmente às 20h30, com a exibição do último DVD de filmes da Archive.
Assim que o disco de prata terminar, começa a discotecagem (fortes boatos dão conta da presença do Firpo como DJ também).
Quarta-feira chuvosa e tudo mais, a previsão é terminar cedo. Antes das 2h estarei em casa nanando - ou tentando me recuperar psicologicamente das vaias e caretas provocadas pelo meu setlist, vai saber.
Acaba de chegar meu DVD do Chaves - volume 1.
A semana começa prometendo diversão.
Chamada para o Lance Final de ontem, sobre a vitória do Inter (citado de memória):
"Não ia adiantar se o Cruzeiro tivesse Fred, Barney, ou mesmo a Vilma."
Episódio de hoje: gente que é Victoria Beckham
"Nunca li um livro em minha vida. Não tenho tempo."
Victoria Beckham
Acabamos de falar, por telefone, com Daniel Cutler, da Arts And Crafts Productions. Ainda faltam alguns detalhes burocráticos, mas a notícia massa já está acertada: Broken Social Scene liberou uma de suas canções pra que a gente use num comercial que criamos aqui.
Das bacanices que minha profissão proporciona: colocar uma música que gosto numa coisa que criei.
Ah, e isso responde esse post aqui.
Os livros que encomendei para a monografia chegaram ontem, quase um mês antes do previsto. Maravilha total. Já estou com o primeiro na mochila, lendo aos poucos, sempre que possível.
Ainda que óbvia e piegas, não deixou de ser bonita a experiência que vivi ontem.
Saí do trabalho por volta das 20h, quando uma garoa pinicante caía sobre a cidade, e comecei a caminhar a distância de cerca de oito quadras que me separava do ponto de ônibus, sem guarda-chuva.
Na metade do percurso, a chuva se intensificou, e muito. Parecia que eu estava andando em meio a uma quantidade interminável de barbantes transparentes pendurados no céu.
De início, tentei me esgueirar sob marquises, árvores, qualquer espécie de teto, mas logo percebi que não daria muito certo.
Parei em um bar, disposto a esperar alguns minutos para ver se o volume d´água diminuía. O trecho restante até a parada era exatamente o mais desprotegido de todos. Com aquela chuva eu me ensoparia certamente.
De fato, em pouco tempo, a tempestade abrandou, ainda que continuasse a chover forte.
Impaciente que sou, parti assim mesmo, correndo.
Uns 100 metros adiante, finalmente percebi que era uma luta vã: eu já estava encharcado e ainda tinha um bom caminho por percorrer.
Não me revolvei, não esperneei, não bati pé. Apenas parei de correr e aceitei a chuva.
Desisti do ônibus e fui caminhando até em casa (para quem conhece Porto Alegre, o percurso: Borges, Duque de Caxias, Independência, 24 de Outubro, Doutor Timóteo, Pará, esquina com são Pedro. Quanto dá isso em quilômetros, alguém sabe?).
Foi prazeroso, mesmo. Só ficou um pouco complicado lá perto de casa, quando a camiseta ficou muito pesada de água e os braços ficaram duros de frio.
Aproveitei a longa caminhada para pensar. E perceber, na prática, que aceitar o inevitável é a melhor maneira de acabar com o sofrimento.
Olá.
Não pensem que não estou mais cuidando daqui, meus cinco queridos leitores.
Ao contrário: estou preparando o episódio IV de Histórias Constrangedoras da Minha Vida.
E, olha, promete esse: será sobre MULHER e AMOR, seguramente os dois temas mais constrangedores da minha vida, e INFÂNCIA, ainda por cima.
Aguardem.
Duas informações de alta relevância na capa do insanus neste momento:
- festa do insanus hoje, despedida do Gabriel, 5 pilas, na Dissonante, 23h.
- Herbalife em promoção aqui (via google ad).
Agora o Leandro tem uma boa desculpa pra não atualizar seu blog.
Vai orientar minha monografia.
Dentro do universo publicitário, os anúncios e comerciais feitos por alguns países do oriente, como o Japão, por exemplo, são famosos pelo seu caráter meio absurdo e sem sentido. Claro, isso sob o nosso ponto de vista. É fato conhecido – e óbvio - que os japoneses entendem tudo.
Porém, confesso que fiquei surpreso ao perceber que anúncios voltados ao público surf, em muitos casos, seguem a mesma lógica.
Na saída do show do Cake, estavam distribuindo exemplares da revista Fluir e Fluir Girl (ou algo assim), o que, diga-se de passagem, ainda me parece uma ação com público-alvo meio desfocado.
É bem verdade que eu fiz questão de levar uma pra casa, mas bem mais pelo meu fascínio por brindes de qualquer natureza do que por qualquer outra razão (pausa: dei sorte, a revista vinha com um chaveiro em forma de prancha – excelente brinde que nunca usarei).
Carol também garantiu a dela, e juntos, já em casa, ficamos a folhear as brochurinhas.
Editorialmente, já foi um esforço compreender do que se estava falando. Uma das reportagens mostrava um casal de surfistas e o modo como enfrentavam os problemas que tinham um com o outro – como o fato de ela ter RABEADO ele certa vez.
Rabeado? Será que isso quer dizer que ela traiu o cara (o que parece bem sugestivo)? Ou será que ela queimou o arroz? Esqueceu de pagar a conta de luz, de repente?
E a coisa piorou muito nos anúncios. Eu poderia jurar que estava olhando uma publicação da terra do sol nascente.
É bem verdade que a produção, e mesmo as idéias em si, não eram lá essas coisas, mas isso não desculpa totalmente.
Um dos anúncios, por exemplo, trazia a seguinte configuração:
Uma foto de uma mulher pegando onda, ocupando quase toda a página. Por cima dessa foto, uma outra, presumivelmente da mesma mulher, recortada no contorno de seu corpo. Porém, nesta, ela úculos, boina e segura uma câmera, daquelas com cabo, tipo as antigas câmeras de super-8.
Procuro um texto para entender. Há apenas o nome dela, escrito umas dez vezes, umas por cima das outras, sabe?, aquele efeitinho e tal, e o logo, que também não diz nada, nem ao menos o que está sendo vendido.
Se me dissessem que era de uma marca de quimonos eu acreditaria.
You Can´t Fool Old Friends With Limousines
Se o nome das canções é um critério possível para se avaliar uma banda (e, cá entre nós, certamente é), então o The Thrills já larga em vantagem. É deles o belo título acima.
Inteligentes não apenas na hora de nomear as músicas, os garotos acertam nas letras também, com versos de puro cinismo como I don´t mind if I hurt you.
Mas o grande ponto positivo da banda é o fato de, apesar de pertencer à nova safra, não ter aquele apelo anos 80 tão em voga atualmente.
Ou, para evitar de cair em erro eventual, não ter o mesmo apelo anos 80 que se percebe muito por aí, em grupos como The Killers, The Bravery e Bloc Party, apenas para citar alguns.
Eu diria até, forçando um pouco, que existe uma refinação de harmonia nas músicas, não pelos acordes em si, mas pelo modo como estão dispostos.
Em suma, vale muito a pena ouvir o som deles.
Ah: recomendo, em especial, o primeiro dos dois álbuns deles, Let´s Bottle Bohemia. Porém, é no segundo, So Much For The City, que está a que eu acredito que seja a mais famosa música deles, Big Sur, integrante da trilha do seriado The O.C.
A minha tendência obsessiva em acreditar que as pessoas são boas não me deixa crer que o governo Lula errou de ma fé.
Parece, acima de tudo, que o PT comprou tanto a idéia de que era uma salvação para o Brasil que achou que poderia passar por cima de tudo para diminuir a pobreza e as desigualdades sociais do país.
É como se o Lula tivesse vestido uma armadura formada pelo seu montante recorde de votos e se sentisse legitimado para fazer tudo que fosse necessário.
Lembro que uma vez, há muitos anos, li uma entrevista do Reginaldo Rossi, aquele cantor brega, onde ele dizia que muitas vezes torcia para que viesse um "bom ditador" para nos salvar. Alguém que, alçado ao poder pelo povo, pudesse fazer sozinho todas as mudanças e reformas necessárias, atropelando sem dó as estruturas burocráticas e corruptas que travam nosso desenvolvimento.
Assim fez o governo petista. Acreditou que os fins justificavam os meios, e acabou destruindo não apenas toda a história de um partido como qualquer resquício de esquerda inteligente no país (a saber: que não tem como única plataforma de governo romper com a Alca e o FMI).
Mas isso tudo, claro, porque eu acredito que, no fundo no fundo, boa parte do governo tinhas boas intenções.
Certo mesmo é que, com elas ou não, todos vão mesmo é reto pro inferno.
Conforme a capa anuncia, quinta tem festa do insanus.
A desculpa da vez é a despedida do Gabriel, que está indo ser hippie no Canadá.
Apareçam, vai estar massa, certamente.
Aliás, discotecarei, se o Gabriel não utilizar meu CD como bumerangue novamente.
===
O grande momento da festa promete ser a invasão de adolescentes no ápice de suas atividades hormonais, vestidos de cossacos e portando bandeiras vermelhas, que clamarão pelo tão prometido novo layout de Mujique, há muito esquecido nos porões do iMac do nosso chefe.
Acompanhe com exclusividade o momento em que me coroei rei.
Para ver o vídeo, clique aqui.
(senha: E1F6DAA7)
Atentem para o momento em que saúdo meu povo.
Cinegrafista amadora: Dani Ferreira.
Episódio de hoje: o dia em que assisti Jamaica Abaixo de Zero no cinema pensando se tratar de O Rei Leão.
Uma das coisas mais bonitas da infância é a confiança, ou, olhando por outro ângulo, a inocência das crianças. Em geral, acreditamos em todo mundo, especialmente nas pessoas altas, levemente gordas e de voz grave.
Bom, eu, ao menos, era assim. Por isso não titubeei nem por um minuto quando meu colega de colégio Marcelo me avisou que O Rei Leão estava no cinema - mesmo o apelido dele sendo Tonho da Lua (lembram disso? Era o Jatobá, só que em vez de passar a novela toda clamando pelo sinal de trânsito sonoro, ele ficava gritando com as mãos no rosto e fazendo esculturas na areia). E olha que ele não era gordo nem tinha voz grave, ainda que fosse alto perto de mim.
O Rei Leão era a grande sensação da garotada marota. Até álbum de figurinhas do chiclete Ping Pong temático do filme tinha. E quem viveu a infância na mesma época que eu sabe muito bem o valor que os álbuns do Ping Pong tinham pros garotos. Comprar caixas e caixas de chiclete e depois inchar as mandíbulas mascando vários de uma vez enquanto se batia ou trocava as figurinhas era nossa vida.
Morando em Passo Fundo, a expectativa pela película era ainda maior, uma vez que as cópias dos filmes sempre levam mais tempo para chegar às salas de projeção de lá. Quer dizer, primeiro a estréia nos EUA, depois no Brasil, depois em POA (não estou bem certo se as duas últimas etapas foram separadas), a gente já não agüentava mais – mesmo que já conhecessemos toda a história do filme, graças, claro, aos nossos completos álbuns do Ping Pong.
Mas o fato é que o Marcelo me avisou, e eu nem lembro exatamente como, porque tenho certeza que a gente não tinha telefone nessa época. E eu acreditei, e avisei meu irmão.
Rapidamente nos vestimos e fomos até a casa do Da Lua, que era como a gente chamava ele, distante apenas umas duas quadras da minha. O plano era simples: uma das muitas irmãs mais velhas dele ia nos levar até o cinema, onde veríamos em movimento e sem cheiro de tutti-frutti todas as cenas que já conhecíamos de cor.
Assim que chegamos ao edifício de tijolos à vista onde ele morava, porém, percebemos que não seria tão simples. E o fator complicador era, claro, a irmã dele. Primeiro, ela levou horas para se arrumar – para os padrões infantis, levar mais de três minutos para se vestir é demorar. Mais de cinco se é você mesmo que escolhe sua roupa.
Depois, ela nos levou. De carro. E, Cristo, como ela dirigia mal aquela Brasília. E olha que Brasília não era um carro tão velho naquela época. Mas a menina teimava em apagar em todas as esquinas, e parecia nítida e constrangedoramente nervosa.
Não lembro se tudo isso chegou a nos atrasar ou a comprometer nossa programação. Todavia, gosto de acreditar que sim. É uma boa desculpa para eu ter entrado no cinema sem maiores verificações. O fato de ele ter apenas uma sala (eu não precisava pedir ingresso para nenhum filme específico) e de já ter cartazes d´O Rei Leão espalhados por ali também são fatores importantes.
A verdade, amigos, é que nada percebemos. Compramos nossos ingressos, entramos, sentamos em bons lugares. O cinema quase vazio, ao invés de se tornar motivo de desconfiança, tornou-se motivo de orgulho. O Rei Leão estava ali e só a gente tinha se dado conta.
A projeção começou, levando nossa excitação ao máximo. Por ironia, o primeiro trailer é exatamente o d´O Rei Leão. Era quase um making of, na verdade (acho ele que foi um dos primeiros desenhos animados a usar processos digitais de produção, os caras tinham muito orgulho de mostrar isso – se duvidar até no Fantástico teve reportagem a respeito). E nós três de nada, absolutamente de nada, desconfiamos:
- Ó, ó, tá começando!
Mais um ou dois trailers e começa a passar Jamaica Abaixo de Zero. Pra gente, apenas mais um trailer, claro.
Cinco minutos de projeção. Começamos a desconfiar. Dez minutos. Muito estranho. Quinze minutos, Marcelo não resiste:
- Mas é O Rei Leão ou O Rei Negão? – grita a plenos pulmões na sala.
Acho que quase ninguém ouviu. Era uma sala com capacidade para mais de mil pessoas e, como eu disse, estava quase vazia.
Agora sim, finalmente desconfiados, saímos da sala e fomos falar com o lanterninha. Ele nos confirma a catástrofe e avisa:
- Os bilhetes de vocês já foram rasgados. Vocês podem voltar lá e assistir o filme, ou ir embora.
Decidimos ir embora, tomados pelo desânimo que estávamos. Pedimos para ir ao hotel ao lado do cinema ligar para os pais do Marcelo.
Não lembro exatamente o que aconteceu, se eles nos convenceram a ficar, se não podiam nos buscar ou se simplesmente ninguém atendeu. Só sei que acabamos voltando para a sala e assistindo o resto do filme.
No final das contas, entramos no clima e nos divertimos muito. Outra grande característica das crianças, aliás, essa capacidade de adaptação, que vamos perdendo conforme ganhamos vincos no rosto.
Algumas semanas depois, assisti ao verdadeiro O Rei Leão. E, olha, até me rendeu um motivo de orgulho: eu não chorei quando o pai do Simba morreu.
Para ler sobre o dia em que levei um soco na cara de um mendigo clique aqui.
Para ler sobre o dia em que subi na calçada e atropelei uma menina a 12Km/h clique aqui.
Acaba de sair o resultado da matrícula via internet.
Projeto Experimental em Propaganda I (Monografia) é o nome de uma das cadeiras que farei.
Alguém aí quer ser meu orientador?
Alguém pode ao menos colocar o trabalho nas regras da ABNT pra mim?
Eu estava por escrever um post sobre o show do Cake, mas o Antenor já disse tudo aqui.
É bem verdade que eu estava febril e convalescente, mas vi nitidamente o sol de transformar na CARECA DO MARCOS VALÉRIO durante um comercial do PDT que veiculou sábado à noite.
Cheguei a cogitar que fosse um quadro do Zorra Total.
Vitimado por uma coriza nunca d´antes vista e pela ausência de ar condicionado, estou num estado de convalescência ímpar.
A sensação é a de que meu nariz está derretendo por dentro e escorrendo pelas narinas. Espero, ao menos, que ele não acabe por adquirir um formato de vela derretida. Já me basta o pobre ser assim como é.
Leia esta notícia.
Agora leia este post que escrevi algum tempo atrás.
Eu entendo de TENDÊNCIAS, hein?
Com a volta do Gaúcho à primeira divisão, fica a promessa de um Passo Fundo x Gaúcho para o campeonato do ano que vem.
Maior clássico do planalto médio.
Assim que divulgarem a tabela da competição, marcarei no meu calendário a data do jogo e, com certeza, lá estarei.
Tem uns links bem bacanas ali do lado direito da página do insanus. São completamente aleatórios, sim, mas tem coisa boa. Agora há pouco visitei uma loja de escorregadores e outros brinquedos para crianças.
Cliquem lá, cliquem lá.
O episódio de hoje é oferecimento e colaboração de Hilton Lima.
1. Pessoas que se dirigem às outras de forma agressiva e sarcástica usando a palavra CRIATURA;
2. Pessoas que usam a palavra AMIGO de forma intimidante;
3. Pessoas que espirram horrivelmente alto, sempre;
4. Pessoas que assoviam e/ou cantarolam o mesmo trecho de uma música repetidamente durante muito tempo (3 meses ou mais);
5. Pessoas que repetem a mesma tirada de sacanagem várias vezes. Ex: um projetista atolado de trabalho e prazos a cumprir que, sempre que pede emprestada a régua para o colega, ouve: "Epa! Quer que eu te passe a régua, é? Sai fora, viadão! Ha ha ha!"
6. Pessoas que insistem em conversar APENAS assuntos incomentáveis, do tipo "To morrendo de fome", "Hoje acordei com uma dor de cabeça horrivel, parecia que minha cabeça ia explodir" e "Bah, vocês viram que ontem assaltaram a FACCAT de Taquara? Levaram uma TV e um retroprojetor."
Breve resumo do meu dia:
- Hoje eu revisei todos os materiais que saíram da agência. Todos.
- O ar condicionado estragou. Minha mesa fica ao lado da parede de vidro que pega sol a tarde toda. Passei muito calor. Muito.
- Esmaguei meu dedo entre a mesa e a cadeira.
- Estou com torcicolo desde a manhã.
- Penei muito pra me matricular, o site da UFRGS tava todo errado.
- Sigo procurando orientador. Já levei um não. (Ah, sim: escreverei minha monografia neste semestre.)
É, acho que foi isso, basicamente.
Ontem eu escovei meu cabelo enquanto secava-o com o secador.
Não sei se vocês conseguem imaginar exatamente o que isso significa mas, sim, é como se eu tivesse feito escova no cabelo.
Mas, calma, vai piorar.
Tudo começou quando fui ACONSELHADO PELO MEU CABELEIREIRO a secar o cabelo após lavá-lo sempre que possível, para facilitar o pentear e amansar as mechas rebeldes.
É uma técnica muito difundida entre as mulheres. Elas, inclusive, possuem todos aqueles equipamentos especiais para isso, que incluem uma escova circular que facilita muito o processo (elas ficam girando a escova como quem acelera uma moto, já viram? Ah, todo mundo já viu isso, ok, ok).
Naturalmente não tenho essa escova. Aliás, malemal tenho uma escova, visto que há muito tempo utilizo as mãos para ajeitar as madeixas.
Porém, minha tia tem um daqueles secadores profissionais, com várias velocidades e temperaturas diferentes, o que, de certa forma, compensou o amadorismo da minha técnica e dos meus outros equipamentos.
Sequei o cabelo penteando-o para baixo em movimentos sincopados e, thcaran!, ficou uma belezura. Realmente, faz toda a diferença.
Mas, claro, me assustei. Eu fiz escova no cabelo, in some respects, e poxa, GOSTEI DO RESULTADO.
Preocupei-me. Muito. Tanto que tomei uma resolução: estou criando metas para meu metrossexualismo. Sim, isso mesmo, vou estabelecer datas para fazer cada ato metrossexual, de forma a garantir que minha evolução não seja acelerada demais em relação aos meus semelhantes de gênero. É uma forma de eu ter certeza de que estou um passo à frente da média masculina em relação aos cuidados estéticos, mas não três nem quatro passos. Apenas um. Assim:
Fazer clareamento nos dentes: somente em 2007.
Fazer as unhas: somente em 2008.
Usar cosméticos: somente em 2011.
E assino e boto fé que seguirei gostando única e exclusivamente de mulher. De uma em especial, pra ser mais exato.
Sempre fui um crítico contumaz dessa programação sem clipes da MTV. Porém, confesso, verguei minha espinha pro Top Top que assisti no último sábado.
A bem da verdade, o programa em si sempre me foi simpático. É bem escrito, apresentado por dois dos mais digeríveis VJs do canal e, principalmente, consegue ser sarcástico e popular ao mesmo tempo – algo muito admirável, diga-se de passagem.
Mas voltando: o tema desse que assisti era “os fãs mais insuportáveis do mundo pop/rock”. Belo tema, não? E esplendorosamente bem desenvolvido. Estavam lá quase todos aqueles grupos e cantores que possuem adoradores sacais – The Doors, Guns´n´Roses, Raul Seixas, Legião Urbana, Bob Marley, e por aí vai.
A melhor parte, todavia, nem era ver os escolhidos, mas sim as justificativas que eles davam para colocar cada um na lista, como a explicação das presenças do The Doors e do Raul Seixas, respectivamente (citações de memória):
“Para seus fãs, Jim Morrison não era apenas um vocalista, mas um poeta, um visionário, um gênio”
“Raul Seixas colocou versos como ‘eu sou a luz das estrelas’ em suas músicas, e com isso atraiu toda a sorte de fãs esotéricos. Qualquer pessoa que é fã de uma banda ou cantor gosta de ouvir as músicas do seu ídolo, mas um fã de Raul não se contenta com isso. Ele tem um violãozinho para tocar todas as músicas do Raul em volta de uma fogueira”
E, por Deus, a melhor de todas, justificando a bem lembrada presença do Belle and Sebastian na lista:
“Os fãs de Belle And Sebastian são tão descolados que assistiriam ao show da banda SENTADOS EM UM PUFE”
Chorei.
Ah, o vencedor da lista foi o Iron Maiden. Apenas para constar.
Por uma combinação de fatores e alinhamento de planetas bem improvável, estarei, hoje e amanhã, cumprindo funções profissionais que antes eram desempenhadas por quatro - sim, quatro - pessoas. Ou seja, vou estar escrevendo muito por aqui.
Sim, isso mesmo, vou postar mais.
Sabe como é, inércia, essas coisas.
Preparem-se.