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Recesso #3


Para ler "Sim, sim, por que não tentar, não é mesmo?", o post escolhido pelo Menezes, clique aqui.

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Por motivos de monografia, este blog está em recesso. Se você também quer indicar um post, utilize o e-mail à esquerda. Até breve.

Recesso #2


Para ler "Destino", o post escolhido pelo Guto, clique aqui.

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Por motivos de monografia, este blog está em recesso. Se você também quer indicar um post, utilize o e-mail à esquerda. Até breve.

Recesso #1


Para ler "Com Atraso, Com Afeto", o post escolhido pela Bibs, clique aqui.

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Por motivos de monografia, este blog está em recesso. Se você também quer indicar um post, utilize o e-mail à esquerda. Até breve.

Por um pouco de foco na vida


Devido a questões de ordem monográfica, decidi colocar o blog em recesso por alguns dias. Para que ele não fique completamente abandonado, criei um projeto de recesso, totalmente baseado no SISTEMA JÔ SOARES.

Estou pedindo a algumas pessoas para indicarem um post que gostaram, ou que acham interessante por algum motivo qualquer. Os posts indicados serão colocados no ar, um por dia, ou um a cada dois dias, por aí, sempre com o nome de quem o indicou junto.

Se você não recebeu o convite oficial mas quer colaborar com o sucesso desse recesso e com a minha auto-estima, pode indicar seu post também, através do e-mail que consta ali à esquerda.

Para facilitar sua vida, pode dizer o nome do post ou uma breve descrição de seu assunto, como preferir.

Cosalinda


Ilustrações trimassa aqui.

Não esqueci, vou contar da viagem assim que possível


foto1.jpg
Como não poderia deixar de ser, visitamos a filial de Mujique em Buenos Aires.

Cai a máscara


Parece que a gravadora da Maria Rita andou distribuindo ipods pros jornalistas, numa tentativa nada sutil de comprar resenhas favoráveis ao CD que, dizem, é bem fraco.
Dizem, pois não ouvi, e não ouvirei, visto que há mais de um ano afirmei aqui neste espaço que a Maria Rita é uma fraude musical imensa.
Cedo ou tarde as pessoas se dão conta.

Estou sendo chamado a todo momento


Reparem como a palavra "alô" soa parecida com "Saulo" e imaginem o inferno que é a minha vida.

Diário de bordo


Sou fã dessa nova campanha da Kaiser. Acho excelente, um lado do beber cerveja que, embora muito presente na vida de todos, ainda não tinha sido explorado. Ao menos não que eu lembre.
Até pensei em usá-la na minha monografia, mas desisti.

Falando em monografia, aliás:

Assim que eu concluir os posts sobre Buenos Aires e um projeto sensacional que estou desenvolvendo com o Menezes, darei férias ao blog. Fácil perceber que o TCC está dificultando as atualizações por aqui.

De toda forma, não pensem que os abandonarei. Já preparei um projeto de férias para não deixar o blog parado.

O que é ABNT?


Aos poucos começo a entender melhor esse negócio de monografia. O cerne da coisa consiste em ficar citando outras pessoas, o que torna o tamanho mínimo do trabalho bem menos assustador.
A primeira parte da tarefa, ler sobre o Disruption e entender do que se trata, cumpri com facilidade. Li, sublinhei, transcrevi tudo que achava interessante e útil para um arquivo de Word chamado "citações" e depois subdividi as citações tematicamente (planejamento, criação, briefing, disruption, etc.).
Somente depois de concluída a leitura do primeiro TOMO é que decidi exatamente o que eu queria: comparar o Disruption com a metodologia tradicional, mais especificamente com a metodologia presente aqui no mercado gaúcho.
Naturalmente, aí está o grande caroço do trabalho. Definir um modelo tradicional não é fácil, especialmente dentro dos padrões acadêmicos, onde tudo que se diz tem que ser justificado e embasado por alguém.
De toda forma, tenho que admitir que está sendo mais divertido do que imaginei que seria. Escolher um tema pelo qual eu tivesse interesse, mesmo sem conhecê-lo bem, parece ter sido mesmo uma bela tacada.
Além disso, conto com a valorosa e dedicada ajuda de Leandro Wilhelms, meu orientador e amigo, sempre paciente com minhas perguntas estúpidas.
Em breve, devo começar a escrever o trabalho de fato. Me desejem boa sorte.

Caso alguma alma se interesse pelo assunto: assim que estiver pronto o trabalho, posso enviá-lo em .pdf por e-mail.

Transcendental


E então surge o boato de que a Christiane Torloni, que faz uma cleptomaníaca na novela América, teria sido roubada por uma atriz que também faz parte do elenco do folhetim.
Bonito quando a vida imita a arte.

Vou de SIM


Update: farsa completa, votarei nulo, branco, ou ficarei em casa dormindo.

No ônibus, voltando do almoço, sentei-me na frente de dois boçais. Na hora eu não sabia que eram boçais, claro, ou teria ficado em pé, mesmo que fosse em pé perto do senhor que não parava de tossir, balançando litros de catarro no peito.
Durante os cerca de oito minutos que meus ouvidos ficaram expostos ao papo deles, recebi os melhores argumentos para votar SIM ao desarmamento.
Os boçais passaram o tempo todo falando sobre brigas de rua, surras, rivalidade e espancamento. E sempre histórias envolvendo amigos ou conhecidos deles - ou até eles mesmos.
Pensei: se o novo Estatuto impedir esses dois boçais, e somente esses dois entre todos os boçais do Brasil, de possuírem uma arma, então já terá valido a pena.

O que a Regina Duarte pensa sobre?


Cansado de ficar confuso tentando entender o que realmente significa dizer "sim" ou "não" no referendo que se aproxima, desenvolvi um critério paralelo para decidir meu voto.
Baseado na preguiça, consiste basicamente em pegar uma folha de papel e traçar nela um risco vertical, formando duas colunas. Em uma delas, coloca-se o nome das pessoas, entidades e afins que são pelo sim, e na outra as que são pelo não.
Depois os nomes são pesados e escolhe-se o lado que tem mais gente legal (pode parecer bobagem, mas ao menos em outras áreas da vida, é um bom critério. Meça o número de gente legal que vai no Dado e compreenderás).
Também é possível separar os votos positivos e os negativos dentro de cada coluna. O Chico Buarque é pelo sim, mas a Globo e o Luciano Huck também.
Já do lado do não estão a Veja e toda a sorte de herdeiros do DEUSPATRIAFAMILISMO.

É bem verdade que a esmagadora maioria dos seres humanos desprezíveis está do lado do não, mas como a esmagadora maioria dos seres humanos pensantes também está, fica complicado.

Tá, não ajuda muito esse método. Mas é divertido.

Queria saber a posição do Nelson Piquet. Essa sim decidiria meu voto.

A propósito


Deu de festa com o trash dos anos 80, né?

Buenos Aires


Segunda parte: el guelpe de la cuempra

- Isso não vai me causar problemas?
- No, no, no.

A essa altura, o esbaforido castelhano acabara de me explicar que era funcionário do aeroporto e, por isso, não podia desfrutar dos descontos do free shop. Ele queria que eu comprasse para ele no meu nome, usando meu documento, ou seja, formalizasse como minha a compra dele.
Não era de todo espantosa a luta do hermano para achar alguém que topasse fazer a mutreta. No final do desafio, ele estaria levando um home theater completo, com aparelho de DVD e todas aquelas caixinhas, por míseros 150 dólares.
Parecia até um quadro de um programa do Sílvio Santos:

- Você tem que ir lá e convencer alguém a comprar um produto do free shop pra você. A pessoa vai usar o documento dela. E você não pode falar o número três nem os múltiplos de três. Tem que dizer pi, entendeu? Um, dois, pi; três, quatro, pi.

- Me voy a tentar, Sílbio.

- E qual o prêmio se ele conseguir, Lombardi?

- Este fantástico home theater completo, com aparelho de DVD, DVDokê, 5 caixas de som, etc, etc.

(loira de cabelos cacheados vestindo miniroupa entra no palco, empurrando um carrinho com o home theater em cima).

Por outro lado, era difícil a minha situação. Eu estava em um país estrangeiro, longe, bem longe, de dominar o idioma local, e ainda por cima num aeroporto, um lugar estranho onde cada um pega a mala que quer na esteira.
Com os fatores dados eu era capaz de imaginar centenas de probabilidades de golpes, erros e problemas que ajudar o argentino poderia me causar. E se eles registrassem a compra do aparelho e na volta me cobrassem a ausência dele na minha bagagem? E se a compra acabasse com minha cota no free shop e eu não pudesse levar mais nada dali? E se os dólares estivessem contaminados com uma tinta que, em contato com minha pele, me faria adormecer profundamente, só acordando dois dias depois, mergulhado em uma banheira de gelo e sem os dois rins?
Ainda assim, domado por um espírito McGyver, topei o desafio, e fiz a compra em meu nome. (Até agora nada aconteceu, mas estou cheirando os alimentos antes de comê-los, por precaução).

Terminadas as burocracias, eu ainda tinha mais um tempo de calvário no aeroporto, uma vez que o vôo da Carol ainda ia levar mais de uma hora para aterrissar. Aproveitei para passear pelo recentemente reformado Aeroporto de Ezeiza. Cerca de vinte minutos de olhares depois, a primeira das minhas contundentes observações sobre o país do Maradona vem à tona: argentinos, em média, se vestem melhor.


Na terceira parte: finalmente, a cidade. E com fotos.

Buenos Aires


Primeira parte: o vôo

Promover o avião como um meio de deslocamento rápido é mais uma dessas falácias do pessoal do marketing. Eles se aproveitam do fascínio que todo ser humano tem por voar (ou por viajar a 750km/h) e camuflam a parte ruim do processo. Cada minuto economizado no deslocamento aéreo é minuciosamente desperdiçado nos trâmites e burocracias do aeroporto. No fim, ir de ônibus dá quase na mesma.
Sob certo aspecto, há uma questão psicológica nessa demora em aeroportos. Culpado por criar uma máquina tão rápida e eficiente como o avião, o homem criou o aeroporto, para evitar que o prazer da viagem fosse pleno.
Quando a viagem é internacional – meu caso - a coisa piora, com a presença da alfândega e todos aqueles formulários amedrontadores. E isso que para entrar na Argentina não precisa nem de passaporte, basta carteira de identidade. Fiquei imaginando como deve ser entrar nos Estados Unidos ou em Praga.
Ainda assim, não se pode dizer que o processo é desorganizado. É chato, mas muito organizado. O que faz sentido, tenho que admitir. Nos momentos que antecedem meu lançamento a 12 quilômetros de altura, gosto de sentir que todo o sistema relacionado ao vôo foi criado e é mantido por pessoas extremamente chatas, que o mantém funcionando com perfeição em todas as etapas, do chek-in às turbinas.
Quanto ao avião em si, uma decepção. Até nas séries de TV com mais restrições de custo eles parecem mais bonitos, mais mágicos. Não passa de um grande tubo com ar condicionado e poltronas estofadas. Um T9 que voa, em resumo.
As poltronas, aliás, têm uma reclinação pífia, tão minúscula quanto a distância entre elas, seja para frente ou para os lados.
(nota: sei que estou julgando com uma amostra pequena, mas é assim que a humanidade faz sempre, com tudo. E gosto de lembrar que sou parte da humanidade quando me convém.)
Mas tudo isso se torna detalhe quando o imenso pedaço de lata arranca para a decolagem. E qualquer tipo de desconforto desaparecer por completo quando o avião levanta vôo e tudo começa a ficar pequenininho lá embaixo. Sorte que não tem vento no rosto, ou eu não me conteria em escrever algumas frases bem piegas sobre a sensação de liberdade.
Assim que o avião mergulhou nas nuvens e a vista na janela foi tomada por aquele branco fofo, decidi que era hora de dormir. Pena as aeromoças não estarem de acordo. Primeiro, todos aqueles alertas, em vários idiomas (o avião termina a decolagem, tudo parece bem e elas vêm nos lembrar de todas as tragédias que podem ocorrer), depois tinha que preencher um formulário, então veio o lanche de bordo (bem melhor do que dizem por aí), e aí já estava quase na hora de pousar.
Tanta rapidez me surpreendeu, diga-se. De dentro do avião é difícil mensurar a que velocidade estamos. Meu cérebro, acostumado ao transporte terrestre, não processou muito bem a situação. Quando o comissário avisou que estávamos a quatro minutos do território argentino, espantei-me, e perguntei a mim mesmo:

- Ué, mas quando passamos por Canoas que eu não vi?

Pouco tempo depois, já era possível ver um imenso volume de água, e colada nele, Buenos Aires. Grande, muito grande. E plana. Parecia passada a ferro.
Um pouso tranqüilo, algumas burocracias legais e chega a hora mais esperada: pegar a bagagem na esteira.
Desde criança nutro um grande fascínio por esteiras de aeroporto. Na televisão, ou mesmo à distância, sempre parece que as pessoas vão lá, pegam a mala e saem, sem nenhum controle.

- Ah, só gente rica anda de avião, ninguém ia roubar uma mala – eu pensava.

Porém, no fundo, claro, eu acreditava que algum controle tinha que ter.

Mas não tem. É um genial sistema baseado não na confiança, mas na desconfiança. Ninguém vai tentar roubar uma bagagem sabendo que o dono dela pode ser o senhor de bigode ali do outro lado, ou a gorda bonachona de vestido florido.

Catei minha companheira com alças e resolvi dar uma passada no free shop antes de sair. Estava dando aquela olhada descompromissada quando um senhor se aproximou de mim e perguntou, em espanhol, se eu ia comprar algo ali. Antes que eu pudesse responder, ele pediu um favor e mostrou um envelope com dólares.

Caramba, dez minutos em solo estrangeiro e já estou sendo vítima de um golpe? Já descobriram a ingenuidade que se esconde atrás da minha espessa barba?

Isso, e muito mais, eu conto na segunda parte da história.