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Nas noites em que durmo seis horas, passo o dia bem disposto. Nas que durmo dez, passo o dia babando no teclado. Acho que o segredo é dormir oito.
Após mais de um ano de abandono, reativei meu SoulSeek na tarde de hoje. Para começar, fui direto baixar duas bandas que estava há muito ansioso para ouvir, depois de tanto ouvir falar: Arctic Monkeys e Cansei de Ser Sexy.
Dos jovens garotos-mais-nova-sensação-do-rock, puxei I Bet You Look Good On The Dancefloor, que prometia já pelo título. Legal, mas nada demais, eu diria, se pudesse emitir um julgamento decente apenas ouvindo uma canção (ainda quero escutar mais coisas pra me certificar, mas sei, no fundo, que se fosse mesmo algo uau, que espetáculo, eu já teria sentido nos primeiros acordes).
Já Cansei de Ser Sexy me surpreendeu positivamente. O nome engraçadinho e as resenhas dizendo que eles faziam "uma grande mistura de muitos elementos" tinham criado em mim um imenso receio do que poderia ser o som da banda. Felizmente, eu estava errado - ainda que, de fato, seja uma mistura de elementos e o adjetivo engraçadinho se estenda bem além do nome.
Para finalizar, mandei trazer uma cesta cheia com as bonitas, simples, pegajosas e bacanas canções do Teenage Fanclub.
Que coisa sensacional esses filmes novos da Kaiser, não?
Tá cada vez melhor essa campanha.
A presença de Daniel Saulo (ou a variante disso recomendada pela numerologia, com alguma consoante aleatória dobrada) no Big Brother fez com que, por uns 30, talvez 36 segundos, eu imaginasse como seria estar lá com os amigos do Bial.
Uma imensa tortura, constatei rápido (confesso que forcei um pouco essa conclusão quase instantânea, porque bem na hora em que eu pensava no assunto terminou o intervalo comercial de Gilmore Girls, melhor programa da televisão atual, e o reaparecimento do Jess, ex-namoradinho da Rory, é muito mais interessante que a minha vida, mesmo que seja minha vida num plano hipotético, onde tudo é possível). E não digo isso por acreditar que o convívio confinado com um grupo de modeletes que malham quatro horas por dia seria complicado. Não, o problema é anterior: é ter que conviver, morar, sentar à mesa e dividir o xampu com muitas pessoas que nunca vi na vida. Pavor absoluto.
É quase como morar com as pessoas que tu encontra na fila do banco, aquelas com quem se comenta sobre o tempo ou a demora no atendimento e olhe lá. Aquelas de quem eu não aceitaria uma bala se me oferecessem.
Teste de fogo para minha apatia social crônica. E eu certamente seria reprovado. As animadas e bregas festas lá fora, e eu lá dentro, solitário, dormindo profundamente. A modelo e apresentadora expondo seu interessante e peculiar ponto de vista sobre a vida (qualquer coisa incluindo “eu vivo o agora” e “aproveito cada segundo, sabe?”) e eu brincando de desdobrar um clip de papel, no canto oposto.
Já com o Pedro Bial eu seria paciente, simpático até, talvez. Sabe como é, ele declama poesias no Arpoador, tenho muito medo dessa gente, melhor prevenir.
Agora, confesso que ia me divertir se eu acabasse virando capa da Tititi ou simillar. Mas não deu tempo de imaginar isso direito. O atual da Rory surgiu de surpresa e a coisa ficou quente.
Nota de rodapé: não tenho nenhum ranço com o Big Brother. Não acho o programa fútil, idiota ou para gente de neurônios virgens, como muitos dizem. Só acho que é chato, tremendamente chato. Nada acontece, só tem frases desconexas aqui e ali. Parece até filme do Glauber Rocha.
São poucos, mas ainda me restam alguns traços evidentes de masculinidade. Além, claro, do fato de eu gostar única e exclusivamente de garotas, característica altamente poderosa, capaz de me manter, por si só, do lado de cá da linha, possuo traços que comprovam o domínio da testosterona em minhas veias.
Recentemente, por exemplo, descobri que sou extremamente limitado para reconhecer cores. Identifico umas doze no máximo (as 7 do arco-íris, mais branco, preto, cinza e bege – deixei propositalmente uma sobrando, para o caso de alguém mencionar, sei lá, GELO). Posso até ter uma roupa rosa, mas fúcsia, por favor, jamais. Desconheço o que é isso.
Não sei exatamente como o cérebro processa o reconhecimento de cores, só sei que agrupo todos os milhares de tons existentes no universo nas categorias acima mencionadas. Não vejo diferença entre verde e petróleo - parece uma FOLHA? Então é verde e ponto final.
Massa é que existe um fator cultural forte na questão COROLÍFERA, que torna tudo muito mais complexo e divertido. Na Rússia, ouvi dizer, azul claro e marinho são duas cores distintas, e não apenas tons de azul. E pra todos, não só pras garotas.
A few months removed from playing to 600,000 at the Isle of Wight, Davis had the nerve to hole up at The Cellar Door in Washington D.C., a small club holding no more than a couple hundred people. And he killed them. He and his band launched bomb after bomb for four nights; he slew every last person at the show, and listening to this noise now, it makes me want to kick the nonbelievers in the teeth.
Bela resenha da Pitchfork para o The Cellar Door Sessions 1970, do Miles Davis. Fiquei com muita vontade de ouvir os discos, ainda que meu sonho continue sendo ter esses aqui.
Ontem vi a Uma Thurman no programa da Oprah. Só essa frase já bastaria pra expressar meu desapontamento com a moça, que sempre achei sensacional. Mas pra piorar, ela ainda ficou comentando obviedades matrimoniais com a apresentadora, incluindo aí longas digressões sobre divórcio. Estupefato, fiquei assistindo apenas pra esperar pelo momento em que uma delas diria "well, that's the life".
Mas foi pior. Seguiu-se uma conversa constrangedora entre Miss Kill Bill e Meryl Streep.
Trabalhar em um ambiente majoritariamente feminino (incluindo a para mim inédita experiência de ter garotas como duplas) traz diferenças significativas para a rotina de trabalho. Primeiro tive que me acostumar com a idéia de que "bem querido" era um elogio significativo a um trabalho. Aos poucos fui também ampliando significativamente meus conhecimentos em astrologia, alinhamento de planetas, signos, novelas e, principalmente, dietas. Hoje eu sei quantas calorias tem uma fatia de mamão, por exemplo. Talvez isso não me faça uma pessoa melhor, mas certamente é um conhecimento útil para momentos de silêncio constrangedor:
- Sabia que uma fatia de mamão tem 54 calorias?
- Ah, é?
- Mamão formosa, né? Papaya tem 88.
- Hm.
- O problema é o açúcar. Mamão sem açúcar tem gosto de cotovelo. O lance é usar açúcar mascavo.
E segue uma explicação sobre os poderes do açúcar mascavo, o quanto faz bem pra saúde, etc. Suficiente pra subir uns trinta andares de elevador sem precisar falar do tempo.
"O judicioso e sábio rei Jaques I mandava ferver ainda vivas as mulheres dessa espécie, provava o caldo e pelo gosto, dizia: Era feiticeira, ou: não era feiticeira.
É para lamentar que os reis de hoje não tenham daqueles talentos, que faziam compreender a utilidade da instituição."
Victor Hugo, Os Trabalhadores do Mar, pág. 22
Onde eu estava todo esse tempo que não li essa coisa sensacional antes? Belo livro, e ainda estou na página 50.
Em determinado momento de Sabrina, Linus, vivido pelo rei do universo Humphrey Bogart, tentando convencer seu pai de que o fato que acabara de acontecer era sinal dos tempos, vira para ele e diz:
- Ora, é o século vinte, pai.
- Século vinte? – responde o velhaco – Eu poderia escolher qualquer um ao acaso e seria melhor!
São momentos como esse os responsáveis pela minha devoção ao cinema americano dos anos 50 e 60, em especial por qualquer filme com a coisamaisquerida Audrey Hepburn (par romântico de Bogart em Sabrina. A própria Sabrina, inclusive). Certamente os melhores roteiros já escritos pela espécie humana. Nada de narigudos sentados em sarjetas fumando e citando Schopenhauer, ou arbitrariamente filosofando sobre o amor ou o sentido da vida. Apenas pequenos momentos de brilhantismo sarcástico escondido no meio de histórias bobinhas de amor proibido ou impossível – este caso de Sabrina, aliás.
Ontem, passeando pelas estações de tevê enquanto degustava uma melancia gelada, achei um desses filmes. Peguei na metade, não sei o nome, desconhecia todos os atores também.
Era sobre um crime ocorrido em uma mansão: todos os seus habitantes e visitantes se transformam em suspeitos, aquela coisa. Espetacular. Recomendo.
Desde que assisti Amarelo Manga me traumatizei com filmes brasileiros muito elogiados pela crítica. Pastores de cabra lendo livros de filosofia e um homem lambendo cadáveres abalam qualquer um.
Mas Cinema, Aspirinas e Urubus é massa mesmo. Tem aquele saboroso jeito despretensioso que os bons filmes possuem, e com uma direção criativa e interessante sem ser afetada.
A sensação de que nada que passa na tela é uma tentativa de te enfiar goela abaixo uma mensagem qualquer é muito reconfortante.
Falta muito pra chegar o inverno ainda?
Sou o mais novo colaborador do Garfada, o blog alimentício do insanus. E pra começar, uma resenha sobre doces que não comi.
E eu insisto em tentar tirar aqueles fiozinhos de cabelo dali.
Vários são os jazzistas que se tornaram famosos não apenas pela sua música, mas também pelo seu temperamento instável, difícil e explosivo. Não é exclusividade do jazz, claro, possuir entre seus membros mais notáveis pessoas com essas características. Outros estilos musicais e artísticos também estão bem representados. Porém, por ser tão associado ao caos e à desarmonia, o jazz parece sempre ser um veículo mais fiel para que os músicos de temperamento turbulento se expressem.
Imagine, então, o que acontece quando um desses músicos problemáticos decide fazer terapia. E o melhor: resolve escrever uma autobiografia em terceira pessoa, disposta na forma de um diálogo entre ele e seu terapeuta. Foi exatamente o que Charles Mingus fez em Saindo da Sarjeta.
Li umas 15 páginas do livro hoje, durante uma longa visita à Siciliano. É caótico, complexo, misturando idéias e elementos, ao mesmo tempo em que é totalmente sedutor e fascinante. É jazz, afinal.
Acabo de ser informado de que a Globo decidiu transformar minha vida num inferno:
"O participante do Big Brother Brasil 6 Daniel Saullo, modelo de 25 anos, já participou de uma campanha publicitária totalmente nu ao lado da apresentadora da MTV Daniella Cicarelli, 28. Os dois posaram juntos para a campanha verão 2002-03 da grife Spezzato, em 2003.
Saullo nasceu em Passa Quatro, Minas Gerais, e já apareceu na mídia em uma reportagem da revista Corpo, sobre lingerie sexy, e também já fez a campanha da marca de lingerie DeMillus."
Hã, já comentei aqui que meu nome de batismo é Saulo Daniel? Sim, pode rir à vontade.
De acordo com o site da UFRGS, ainda preciso fazer 13,11% do curso de Publicidade e Propaganda para receber o título de bacharel. 14 créditos obrigatórios e 12 eletivos, pra ser mais exato.
Não é exatamente uma tarefa fácil para ser cumprida em um semestre, especialmente levando-se em conta que boa parte das poucas eletivas que a universidade oferece são do tipo às 15h30 no Campus do Vale.
Mas são as dificuldades no caminho que valorizam a conquista, não?
Que jeito melhor pra começar um ano que tomando um belo e completo banho de chuva?