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A seleção sub-20 do Brasil está perdendo para os EUA neste momento. Se isso não bastasse, o autor do gol norte-americano se chama ALTIDORE.
Percebam a grande ironia: o país do futebol está perdendo um jogo para os Estados Unidos graças a um gol de um jogador cujo nome é uma palavra em inglês aportuguesada: outdoor.
É como se o Brasil vencesse os EUA no basquete com uma cesta do PEE TWO KOW.
Uma coisa que sempre me apavorou na vida foi a possibilidade de um dia ver um retrato falado de um bandido na televisão e reconhecer a pessoa. Perceba: não é ver o desenho, passar pelo indivíduo na rua e reconhecer do retrato - o que já seria deveras assustador, sentar ao lado de um assassino no ônibus, por exemplo. É conhecer previamente, tendo estabelecido relações, apertado a mão, etc., alguém que picou o vizinho com uma faca de peixe.
A questão toda nesse caso é que além de tomar contato repentinamente com um lado tenebroso de um conhecido, a descoberta se dá de um jeito bem traumático e chocante, com a pessoa ali, feita de lápis 2B e com o nariz mais batatudo do que é realmente.
E o que fazer se o retratado estiver ali, do teu lado, vendo tevê e comendo Pastelina? Já pensei muito sobre isso, e concluí que o melhor é usar a diplomacia:
- Saiu bonito, hein? E olha que a televisão costuma engordar as pessoas.
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Outra coisa que me aterroriza é um dia ter que descrever um bandido para o retratista da polícia. Como é que se descreve alguém em detalhes, por Deus?
- Era moreno, cabelo curto, rosto assim, normal, sabe?
- Ok, agora só sobraram uns 2/3 da cidade.
Simplesmente não sei ir além disso, e não acredito que o trauma da situação torne o rosto tão nítido pra mim a ponto de eu lembrar se o sujeito tinha cílios grandes ou não. Até porque, podiam ser postiços, né?
Apesar de ser a seqüência de um filme catastrófico e do cabelo de pobre da Jessica Alba, O Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado não é ruim. Ao contrário, segue com eficiência razoável a receita ação + romance + humor + fim do mundo iminente. Analisando só o roteiro, dá pra dizer até que é melhor que o do Homem-Aranha 3, por exemplo, que além de ser totalmente desfocado com seus muitos vilões ainda traz a cena mais constrangedora da história do cinema, com um Peter Parker emo dançando e seduzindo garotas com piscadelas e estalos de dedos.
O problema é que saindo do papel algumas coisas não funcionam muito bem: o casal de heróis não tem nenhuma química, as atuações são medianas e algumas piadas simplesmente não funcionam. Para compensar, só o Surfista Prateado que, mesmo tendo umas três falas, rouba a cena e o filme sempre que aparece.
O que sobra? Um filme de ação passatempo - o que não deixa de ser a proposta, afinal.
Como está difícil atualizar as coisas por aqui, nada mais sensato do que achar mais uma atividade bloguística para cumprir: agora também sou colaborador do www.bloggerscut.com, um projeto bem massa sobre cinema capitaneado pelo Träsel.
O que isso significa na prática? Escreverei mais irrelevâncias cinematográficas por aqui.
Aguarde.