Fim de tudo

"Meu assessor estranhou um cachorro com o mesmo nome dele"

Entrevista: Pastor Reinaldo (PTB), deputado federal

SUZETE BRAUN

O deputado gaúcho Pastor Reinaldo (PTB) virou notícia nacional ao apresentar projeto que "proíbe o uso de nomes próprios, prenomes ou sobrenomes, comuns à pessoa humana em animais domésticos, silvestres ou exóticos". Por telefone, o deputado conversou ontem com Zero Hora:

Zero Hora - De onde o senhor tirou a idéia do projeto?

Pastor Reinaldo - Tomei conhecimento, por meio de psicólogos, de que algumas crianças têm problemas psicológicos ao encontrar animais com o mesmo nome delas. Meu assessor de imprensa tem o nome Chafic e estranhou quando encontrou um cachorro com o nome dele. Teve um pai que escolheu o nome de Apolo para o filho, e o que seria um orgulho acabou em frustração quando o menino conheceu um cachorro com o mesmo nome.

ZH - O senhor tem cachorro em casa?

Reinaldo - Já tive quando meus filhos eram menores. Hoje meu filho está com 32 anos e minha filha 28, mas eu tinha cachorro até pouco tempo atrás.

ZH - Qual era o nome dele?

Reinaldo - Se chamava Billy, mas já tive uma Susi. Minha neta de dois anos tem uma cachorra. Ela escolheu o nome de Belinha.

ZH - Diminutivo de Isabel?

Reinaldo - Não, vem de bela.

ZH - O senhor já encontrou um cachorro chamado Reinaldo?

Reinaldo - Não. Acho que não seria nome bonito para cachorro.

ZH - Quem já tem animais com nome de gente teria de mudar os nomes deles?

Reinaldo - O projeto está tramitando. Se for aprovado e virar lei, as pessoas que não cumprirem terão multas e práticas de serviços comunitários. [Zero Hora, Política, 30/10/04]

Democracia coisa nenhuma. Pessoas com qualquer - QUALQUER - espécie de crença religiosa deveriam ser banidas da política.

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