Guia genial dos povos
"Como a mulher barba da do circo, Hugo Chávez é engraçado e grotesco. Ontem esteve numa espécie de circo-zoológico dos sem-terra do Rio Grande do Sul, modelo de assentamento aberto ao turismo ideológico, onde um terço das famílias busca o sustento em outro lugar que não a agricultura 'solidária'. No circo armado pelo Fórum Social Mundial, Chávez deu mais um basta à 'mão peluda, ossuda e fedorenta do imperialismo norte-americano'". (Resto do artigo aí em baixo)
Melhor texto escrito sobre a participação do SALVADOR DOS POBRES E OPRIMIDOS neste FSM.
Assisti só um trecho do discurso, transmitido pela TVCom. Fiquei chocado. O troço é de um populismo tal que qualquer adolescente com o mínimo de neurônios vê que aquilo é uma empulhação das mais grotescas.
Depois de ver esse cara falando, estou praticamente convencido de que se tem alguém responsável por grande parte das desgraças do mundo, certamente é esse pessoalzinho de esquerda, que antes elogiava o Lula, mas agora não gosta mais dele e procura no Hugo Chávez a panacéia para todos os males.
Por isso que não faz o menor sentido ficar discutindo se o problema do Fórum é ele produzir ou deixar de produzir coisas práticas. Não vai fazer a menor diferença, porque TODOS que participaram de alguma coisa nesse Fórum, ou que levam minimamente a sério um evento como esse, são uns medíocres, uns iludidos. Aliás, é até bom que não se transforme em nada mesmo.
O único resultado palpável desse Fórum foi a desgraça no Acampamento da Juventude - que, estranhamente, não recebeu praticamente nenhuma cobertuda da imprensa: um monte de assaltos, gente apanhando, ladrões sendo linchados, barracas cortadas, arrastões, e, pelo o que me disseram, vários casos de estupro.
Só isso, nada mais.
Folha de São Paulo
São Paulo, segunda-feira, 31 de janeiro de 2005
VINICIUS TORRES FREIRE
O novo guia genial dos povos
SÃO PAULO - Como a mulher barba da do circo, Hugo Chávez é engraçado e grotesco. Ontem esteve numa espécie de circo-zoológico dos sem-terra do Rio Grande do Sul, modelo de assentamento aberto ao turismo ideológico, onde um terço das famílias busca o sustento em outro lugar que não a agricultura "solidária". No circo armado pelo Fórum Social Mundial, Chávez deu mais um basta à "mão peluda, ossuda e fedorenta do imperialismo norte-americano".
Chávez tornou-se o novo guia genial dos povos, para o ridículo supremo da esquerda, que não se cansa de se avacalhar. Mas parece um revolucionário tipo "Bananas", de Woody Allen, engraçado só no circo. É um caudilho nacionalista típico da América Latina, subproduto de um dos vários desmanches nacionais da região (como Colômbia, Bolívia, Equador, logo o Peru).
Na Venezuela, 50% dos impostos e 80% das exportações vêm do óleo. De 1958 a 1998, quando Chávez foi eleito, o país foi o condomínio de uma elite espantosamente corrupta até para um brasileiro, que nadava em petróleo e distribuía subsídios-esmola ao povo. Não se industrializou ou se educou. Caracas é 60% favela.
O governo corrupto e doidivanas de Andrés Péres tentou "neoliberalizar" este pacto miserável em 1989-90, o que deu em crise cambial, fiscal, inflação e mais corrupção. Aumentou a pobreza e a desigualdade. Provocou levantes populares e golpes que acabaram dando em Chávez.
O país dividiu-se em metades que se odeiam. A elite empresarial e os donos da mídia são safados e golpistas. Os partidos são o de Chávez e o da elite odienta. Democratas? Neca.
Desde que Chávez assumiu, o preço do petróleo multiplicou-se por quatro. Mas a pobreza, a desigualdade e o desemprego aumentaram. A renda real caiu 20%. Chávez concentra poderes e faz reformas de garganta, num esquema de fuga para a frente de promessas e de benesses cada vez mais populistas. Este é o novo líder espiritual da esquerda brasileira?
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