Tortura já

"O artigo por certo inobserva a inviolabilidade do direito à vida, porque o embrião humano é vida humana, e faz ruir o fundamento maior do estado democrático de direito, que se radica na preservação da dignidade da pessoa humana."

Claudio Fonteles, procurador-geral da República, autor da ação de inconstitucionalidade contra o artigo da Lei de Biossegurança que autoriza o uso de células-tronco extraídas de embriões para pesquisas médicas (Veja, Veja essa, 08/06/05).

Primeiro: bem linguagem de advogadozinho imbecil ("por certo", "inobserva", "radica").

Segundo: como já se falou muito esta semana, Fonteles faz uma interpretação demente do Código Civil Brasileiro, que, no Art. 2o, diz exatamente o seguinte: "A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro." Como a Folha esclareceu na quinta-feira: "É claro que o mesmo Código Civil também protege os direitos dos nascituros "desde a concepção". Mas esses direitos não são os mesmos concedidos a um ser vivo com personalidade jurídica, ou a lei jamais poderia autorizar o chamado aborto necessário (art. 128 do Código Penal), que é aquele exercido por médico para salvar a vida da mãe." (Folha de São Paulo, Editorial, 02/06/05)

Terceiro: cristão não pode dar opinião sobre ABSOLUTAMENTE NADA.

Quarto: TODO MUNDO que diz "PESSOA HUMANA" deveria sofrer os piores tipos de torturas pra aprender a não falar mais isso. Coisa mais imbecil do mundo.

"Não chuta o cachorro, respeita a dignidade do cachorro canino."

"Nesse aí pode bater, ele é PESSOA, mas não é PESSOA HUMANA."

Nenhum sentido.

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