Especialista em finanças públicas, futuro presidente do Brasil

E não deu outra: o Botox, pelo TERCEIRO ANO CONSECUTIVO, vai financiar o décimo terceiro salário pelo Banrisul

Como se não bastasse, a canalhice também correu solta:

"O Executivo conseguiu 30 votos contra 12 no plenário da Assembléia em favor da medida. Diferentemente dos outros anos, desta vez o governo tentou aprovar um mecanismo pelo qual poderia recorrer às operações no futuro sem a necessidade de autorização dos deputados. Aprovada por unanimidade, uma emenda de Jair Soares (PP) frustrou os planos do Piratini. - Não podemos fazer da exceção a regra e institucionalizar uma medida que agrava a crise do Estado. Os gastos com juros poderiam ser usados na segurança, na saúde e na educação - argumentou Jair."

Quando se é obrigado a aplaudir uma medida de um político que sugeriu "colocar um policial militar em cada esquina da cidade", é que se tem a perfeita noção de que algo está MUITO errado.

O PT fez o seu papel e votou contra, mas, novamente, Raul Pont só abriu a boca para falar merda:

"- Pagar salários com empréstimos é a pior coisa. O governo não vai gastar em três anos de Consulta Popular o que está gastando em juros [R$ 62 milhões em juros só no ano passado] - afirmou o deputado Raul Pont (PT)."

Zero Hora

Funcionalismo

Aprovado 13º via Banrisul

Pelo terceiro ano consecutivo, o Piratini obtém autorização da Assembléia para financiar o pagamento do benefício por meio do banco estadual

LEANDRO FONTOURA

Pelo terceiro ano consecutivo, uma parcela significativa dos servidores do Executivo gaúcho terá de procurar uma agência do Banrisul com uma caneta na mão para garantir o tão esperado 13º salário.

O benefício de final de ano mais uma vez será liberado por meio de empréstimo, solução encontrada pelo Palácio do Piratini para honrar pontualmente o compromisso.

Sem dinheiro em caixa, Germano Rigotto pediu e ganhou ontem a autorização da Assembléia Legislativa para efetuar as transações. Até o início da próxima semana, o governo vai anunciar a faixa salarial a partir da qual os servidores poderão contrair o financiamento e a lista de detalhes burocráticos a serem seguidos antes de colocar a mão no dinheiro. No ano passado, quem recebia acima de R$ 550 líquidos - 58% das matrículas - poderia ingressar no programa ou esperar para receber o benefício a conta-gotas - seis parcelas mensais em 2005.

Piratini tentou aprovar dispensa de autorização

A solução não agrada aos servidores do Executivo. Entre o funcionalismo estadual, os integrantes do poder são os únicos a ter de entrar em fila de banco para colocar o 13º no bolso. Para os funcionários do Legislativo, do Judiciário e do Ministério Público, o benefício é depositado normalmente, sem atrasos ou contratempos.

- Isso mostra que o governo não faz previsão para quitar seus compromissos e se acha no direito de obrigar os servidores a fazer um empréstimo em nome próprio. Na iniciativa privada, o trabalhador procura a Justiça caso não receba o 13º até o dia 20 - comentou a presidente do Cpers, Simone Goldschmidt.

Mesmo assim, o Executivo conseguiu 30 votos contra 12 no plenário da Assembléia em favor da medida. Diferentemente dos outros anos, desta vez o governo tentou aprovar um mecanismo pelo qual poderia recorrer às operações no futuro sem a necessidade de autorização dos deputados. Aprovada por unanimidade, uma emenda de Jair Soares (PP) frustrou os planos do Piratini.

- Não podemos fazer da exceção a regra e institucionalizar uma medida que agrava a crise do Estado. Os gastos com juros poderiam ser usados na segurança, na saúde e na educação - argumentou Jair.

PT usou gasto excessivo como justificativa para votar contra

Segundo a assessoria da bancada do PT, os empréstimos do 13º do ano passado resultaram no pagamento de R$ 62 milhões em juros. Ontem, os petistas votaram contra o projeto.

- Pagar salários com empréstimos é a pior coisa. O governo não vai gastar em três anos de Consulta Popular o que está gastando em juros - afirmou o deputado Raul Pont (PT).

O líder do governo, Fernando Záchia (PMDB), explicou que o governo vem reduzindo o percentual de funcionários envolvidos na transação:

- O governo trabalha para diminuir o déficit estrutural. O importante é reduzir a abrangência dos empréstimos.

( leandro.fontoura@zerohora.com.br )

--

Fernando Záchia, deputado estadual (PMDB) e líder do governo, sobre o projeto aprovado ontem pela Assembléia

"O governo trabalha para diminuir o déficit estrutural. O importante é reduzir a abrangência dos empréstimos."

Creative Commons License