Petismo Editorial
O PT decepcionou milhões de brasileiros, mas não foi uma decepção para mim. Nunca acreditei em gente como Lula, Zé Dirceu, Genoino e sua trupe. Pela forma eloquente e irresponsável que faziam oposição, era óbvio que, no governo, a roubalheira iria ser muito maior e fariam de tudo para permanecer no poder. Deu no que deu. Para mim então não houve decepção. Até demos sorte do mundo inteiro estar em crescimento e o mercado externo em nosso benefício. Demos muita sorte.
A maior decepção dessa crise para mim veio do mercado editorial, mais especificamente da Carta Capital. A revista tinha de tudo para ser uma Economist brasileira. Com análises profundas sobre política, econônica e cultura, era uma publicação que primava pelo equilíbrio e bom senso. Tinha um estilo de escrita muito superior e agradável que todas as outras semanais. Dava gosto de ler. Até a crise do PT.
Desde então, é cada vez mais chocante o desespero da revista em incluir o PSDB no lamaçal criado pelo PT que é o Valerioduto. Capa após capa, meses após meses, a revista vem tentando isso de maneira absurda, ao ponto de colocar na capa uma foto do Marcos Valério com um tucano no ombro. Ou como a capa dessa semana, com um retrato de Eduardo Azeredo na capa inteiro - traz um documento que comprova gastos de R$ 100 milhões com a campanha do tucano em 1998. Azeredo já está comprometido até o pescoço. O relatório parcial da CPI dos Correios já tem tudo sobre Azeredo, o tucano não tem como escapar, mas a revista insiste em bater nessa tecla, na tentativa de desmoralizar a qualquer custo o PSDB.
Todas as semanais tem seus interesses. É até de bom tom deixar esses interesses às claras. Não há nada errado nisso. Mas o bom senso tem sempre que prevalecer. Mino Carta parece mais um petista desesperado tentando fazer de tudo para salvar a imagem do PT, mais sua luta é inútil. É como a luta dos petistas que ainda negam a existência do mensalão, que teimam em dizer em golpe das elites e absurdos que só prejudicam ainda mais sua própria imagem. Carta Capital se tornou um espelho do presidente Lula, que em cada discurso inconsistente e sem sentido, desgasta e enfraquece sua imagem ainda mais. Está triste de ler. O que era pra ser a Economist brasileira está se tornando cada vez mais apenas uma Caros Amigos.
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