Líderes fecham acordo para votar gastos eleitorais

Os líderes partidários concordaram em votar hoje o Projeto de Lei 5855/05, do Senado, que reduz os custos de campanhas eleitorais. Na prática, isso não siginifica nada. O que ficou estabelecido é que o Congresso Nacional terá até o dia 10 de junho para definir os critérios e tetos regionais para cada cargo em disputa. Caso o projeto não seja aprovado, a definição ficará a cargo da Justiça Eleitoral. Mais conveniente, impossível. Não é à toa que caiu a verticalização.

Sobre a prestação de contas pela internet, ela começará no dia 6 de julho, data do início oficial da campanha. Essa informação teria que ser atualizada a cada 30 dias, mas, no início, só vai especificar o volume de recursos. A origem dos repasses só será divulgada na última prestação de contas. Essa iniciativa visa a preservar as empresas que fazem doações.

Chega a ser hilário. Ninguém vai aprovar o substitutivo mantém a proibição de distribuição de brindes, de realização de showmícios, de anúncios de jornais, de outdoors e de ações de telemarketing. Vai cair na surdina e os próximos escândalos virão das empresas "preservadas" pela barbada das últimas prestações de contas. Para completar, o tesoureiro do partido será co-responsável pelos gastos de campanha, juntamente com o candidato. Quando surgirem as acusações, será o de sempre: perseguição política.

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