Nosso problema é a demência moral mesmo

A Folha publica na seção Ilustrada de hoje uma entrevista e outro texto com o historiador João Fragoso, professor da UFRJ, na qual ele confirma a MINHA tese: o problema do Brasil não é que somos explorados; trata-se simplesmente de demência moral.

Para Fragoso, a idéia marxista burra de que somos um país marcado pela exploração das grandes potências desde nosso descobrimento só tem adeptos no Brasil (leia-se: esquerdistas da USP e seus cegos seguidores) e na Venezuela de Hugo Chávez.

De uma maneira bovina, a tendência dominante, ainda hoje, faz com que todas nossas desgraças sejam atribuídas a fatores externos. Sempre somos pobres coitados explorados; resistimos bravamente, mas não temos força para lutar contra a exploração superior que nos oprime. Na verdade, faz todo o sentido: é muito mais fácil ficar chorando do que se mexer para fazer alguma coisa. Quando não é o FMI, é o capital especulativo internacional, as multinacionais, a classe média americana que troca de carro todo o ano. Todo o universo é culpado por nossa brasilidade suada.

Já estava mais do que na hora de mais gente no MONDO acadêmico começar a achar que essa visão não faz o menor sentido.

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