E agora para algo completamente diferente

O ministro italiano Roberto Calderoli confeccionou e vestiu a camiseta com as charges de Maomé, como prometido. Ontem o consulado italiano na Líbia foi atacado violentamente - houve 11 mortes. Hoje, Calderoli renunciou a pedido do premiê Silvio Berlusconi.

O que a matéria da Folha mostra, ao citar declarações de Calderoli, é o absurdo de políticos que não percebem que são um reflexo exato daquilo que criticam e consideram execrável. O ex-ministro italiano defende uma cruzada cristã contra o islã, pois estes cultivam um "ódio louco".

Mas tudo continua tragicamente divertido. Guerra por charges e demissão por camiseta. Cada vez mais o mundo parece um episódio do Monty Phyton. Periga a bomba atômica ser deixada de lado para programas humorísticos de mau gosto serem as novas armas ideológicas na geopolítica mundial.

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