Teoria política do bunda-molismo

Depois de "Lulinha Paz e Amor", vem por aí mais demência moral com Geraldo Alckmin:

"O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, anunciou ontem três frases que pretende usar em uma eventual campanha presidencial, todas em referência a um apelido que recebeu do colunista da Folha José Simão, que o chama de "picolé de chuchu": "Meu mote vai ser: "o Brasil vai crescer pra chuchu", "Nós vamos ter emprego para chuchu" e "Vai ser um governo que é um chuchuzinho'"." [Folha de São Paulo, na íntegra abaixo]

Nem Serra nem Alckmin têm simpatia alguma - principalmente se comparados ao analfabetismo funcional-popular de Lula. Alckmin é um pouco mais carismático e, por esse e outros motivos, seria a escolha mais racional do PSDB para concorrer à Presidência. Serra deveria ter saído do caminho há um bom tempo para evitar que seu partido acabasse por se igualar ao PT: disputas internas, briga de egos, indefinição e, conseqüentemente, derrota.

Mas, no final, o resultado está sendo positivo e minha teoria sempre se confirma: só há avanço político com confusão. Sem a disputa Serra x Alckmin, perderíamos a chance de ver Alckmin em total desespero, se expondo sem nenhum sentido, indo a programas de tv chinelos e mostrando, com tudo isso, que o PSDB é tão desorientado e sem projeto quanto o PT ou qualquer outro partido.

Folha de São Paulo

São Paulo, segunda-feira, 20 de fevereiro de 2006

"Brasil vai crescer pra chuchu" será mote de Alckmin

MAURÍCIO SIMIONATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM JUNDIAÍ

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, anunciou ontem três frases que pretende usar em uma eventual campanha presidencial, todas em referência a um apelido que recebeu do colunista da Folha José Simão, que o chama de "picolé de chuchu": "Meu mote vai ser: "o Brasil vai crescer pra chuchu", "Nós vamos ter emprego para chuchu" e "Vai ser um governo que é um chuchuzinho'". Ele disse estar "convicto" de que será o escolhido do PSDB para disputar a Presidência e declarou que "talvez não haja necessidade de prévia" entre os tucanos. "Eu estou confiante de que devo ser o escolhido. Estou convicto disso. Médico tem olho clínico", disse Alckmin, que é médico. Ele disputa com o prefeito de São Paulo, José Serra, a indicação de candidato do PSDB. Ele negou que tenha um "plano B", caso perca a disputa interna. Esse plano seria a disputa pelo Senado ou por uma vaga na Câmara. "Só tenho o plano A", afirmou. Em seguida, voltou a criticar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva: "Eu confio na mudança. Quatro anos para o PT e para o presidente Lula já foi demais". O governador afirmou não temer ser enquadrado pela cúpula tucana para desistir da candidatura: "Estou superzen. Nunca estive tão bem, tão tranqüilo. Estou tranqüilo para qualquer decisão e convicto de que a decisão do partido vai ser o Geraldo Alckmin".
Campanha
Em clima de campanha, Alckmin inaugurou obras rodoviárias em Cabreúva (SP) e veículos para o programa de bacias hidrográficas em Jundiaí (SP).
O governador recebeu o título de cidadão de Jundiaí e ouviu do prefeito da cidade, Ary Fossen (PSDB), em cima de um palanque em evento que reuniu cerca de 350 pessoas, que o povo "o fará presidente". Após receber o título, Alckmin disse que "o povo é mais sábio do que as elites".

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