Brown e as desculpas
O pedido de desculpas de Carlinhos Brown a Gilberto Gil é emblemático e resume a miséria da nossa cultura de forma única. É proibido criticar no carnaval, evento símbolo da alma do brasileiro. Alma que se recusa a dizer não, que se recusa ao conflito que, se ocorre por algum acidente, logo em seguida é redimido com um pedido de desculpas. Covarde e vergonhosamente, Brown engoliu a crítica – mais do que legítima – que havia feito minutos antes.
Pela primeira vez, o bizarro compositor baiano conseguiu arrancar meus aplausos, ao bradar contra as abomináveis cordas que fazem do carnaval baiano um apartheid absurdo. O carnaval de rua, a festa do povo, só é permitida para quem tem algumas dezenas de reais para comprar um abadá e passar para o lado de dentro da corda. O povo mesmo, fica do lado de fora.
Mas não durou muito. Pouco depois, em lágrimas, Brown pediu desculpas miseravelmente por ousar criticar a corda e o governo que não faz nada para bani-la. Não se sabe se Gil perdoou tamanha heresia.
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