Rigotto para vice-presidente

Que pesadelo. Três dias depois de tentar acessar o site do PMDB nacional para saber a opinão deles a respeito da greve de fome de Anthony Garotinho (PMDB-RJ), a página finalmente abre com esta manchete:

Rigotto defende mobilização de governadores contra ameaça a investimentos brasileiros na Bolívia

Pura coincidência. O PMDB perde a espinha dorsal ao respaldar Garotinho e cai por terra qualquer esperança de cacifar o partido para o segundo turno das eleições. O governador gaúcho está doido para arranjar uma desculpa e escapar da reeleição. Não por acaso, o ministro Tarso Genro ofereceu mais uma vez o cargo de vice na chapa de Lula para os peemedebistas. Com a cara na chão, deveriam aceitar e agradecer. Garotinho acabou com qualquer respaldo que o PMDB ainda tinha.

Se Lula quiser mesmo garantir a reeleição no primeiro turno, não precisa perder tempo no Nordeste. Não será Geraldo Alckmin (PSDB-SP) quem lhe tirará votos naquela região. O presidente sabe – e já foi bem divulgado – que precisa melhorar na preferência do eixo Sul-Sudeste.

Para ficar em dois exemplos, o PT está completamente desacreditado no Rio Grande do Sul, Estado onde o presidente derrotou Collor, Fernando Henrique e José Serra. Hoje, isso acabou. Os petistas gaúchos lançaram Olívio Dutra ao governo do Estado porque sua imagem se descola do partido – como é o caso de Lula –, o que deve garantir sua sobrevivência. Em Santa Catarina, o governador Luiz Henrique (PMDB-SC) tem níveis insanos de aprovação e declara que é candidato à reeleição desde novembro de 2005.

Mesmo exposto ao constrangimento nacional quando perdeu as prévias para Garotinho, Germano Rigotto sonha alto, e a vaga de vice de Lula seria aceita de bom grado. O único obstáculo seria a regra da Verticalização. No RS, não há chance alguma de aliança entre PT e PMDB. Mesmo assim, a tentativa dos peemedebistas em alçar Rigotto mais uma vez pode ser a melhor saída para os dois partidos. À francesa, como eles gostam.

Rigotto defende mobilização de governadores contra ameaça a investimentos brasileiros na Bolívia

O governador Germano Rigotto definiu, hoje (2) pela manhã, a decisão do governo boliviano de nacionalizar as reservas de petróleo e de gás natural como "atitude absurda e desrespeitosa", numa época em que está se buscando o fortalecimento das relações entre os países da América do Sul. Disse também que espera do governo federal a adoção de medidas firmes e rápidas para garantir o fornecimento ao Brasil e preservar os investimentos feitos pelo país na Bolíva, que teve o seu desenvolvimento beneficiado com isso. Rigotto defende também uma mobilização conjunta de todos os governadores, respaldando a defesa dos interesses nacionais pelo governo federal.

decisão do governo da Bolívia de nacionalizar a exploração de petróleo e gás "é uma atitude totalmente absurda dentro do mundo em que vivemos de fortalecimento das relações entre os países da América", disse nesta terça-feira (2) o governador Germano Rigotto. "Tem que haver respeito entre os países", acrescentou ele. Em entrevista antes do começo da reunião de trabalho, na secretaria da Administração e dos Recursos Humanos, no Centro Administrativo Fernando Ferrari, Rigotto afirmou que a medida do governo boliviano "preocupa muito e afeta o Rio Grande do Sul, que depende do gás boliviano".

De acordo com o governador, o RS investiu na expansão de rede de distribuição de gás natural tanto para o uso industrial quanto o veicular. "Grande parte deste gás vem da Bolívia e no momento em que há uma indefinição do que vai ocorrer dentro do processo de nacionalização, dentro dessa interferência, com investimentos que foram feitos pela Petrobras e depois pela Sulgás confiando na estabilidade das relações, é claro que isto nos deixa preocupados. A Sulgás realizou investimentos pesados contando com o gás boliviano".

Rigotto espera que o RS não tenha nenhum tipo de prejuízo no fornecimento do gás. "Nós precisamos deste combustível para que ele chegue nas indústrias e nos postos de abastecimento de gás veicular, mas principalmente nas fábricas". Conforme Rigotto, o consumo do gás natural veicular (GNV) pode ser compensado. "Os veículos são bicombustíveis, até tricombustives. Podem usar a gasolina, mas no caso da indústria isto não é possível. A indústria se adaptou para receber o gás e movimentar as suas máquinas com o gás", assinalou o governador.

Expectativa

Sobre as suas expectativas quanto ao futuro da questão, Rigotto espera que o governo do Brasil adote "todas as medidas que tem que tomar para garantir, primeiro, o fornecimento do gás boliviano para que não tenhamos nenhum prejuízo. Em segundo, que o governo defenda os interesses do Brasil, de empresas como a Petrobras. Tem que haver uma preservação destes investimentos, preservação do que foi levado para a Bolívia para ajudar no desenvolvimento daquele país. Por isso, a decisão do governo boliviano é estapafúrdia, absurda".

Para o governador do RS, o problema deverá provocar uma manifestação de todos os governadores em respaldo ao governo federal "para a adoção de todas as medidas que preservem os interesses do Brasil, envolvendo o Itamaraty, o ministério das Relações Exteriores e o próprio presidente da República". Nesse momento, segundo Rigotto, "a direção da Petrobras tem que trabalhar muito forte para que tenhamos a volta à normalidade, sem prejuízos ao fornecimento do gás boliviano, temos contratos que precisam ser cumpridos, e a preservação do patrimônio investido pela Petrobras na Bolívia".

Para o Rio Grande do Sul, a determinação boliviana é particularmente preocupante, segundo o governador, porque o Estado expandiu, através da Sulgás, as redes de distribuição tanto de gás industrial como de gás veicular, e a maior parte do produto vem da Bolívia. "Com a indefinição do que vai ocorrer dentro desse processo de nacionalização e de interferência em investimentos pesados, que foram feitos em confiança na estabilidade das relações, certamente estamos apreensivos", afirmou. Rigotto disse esperar que a situação tome um rumo que não traga prejuízos no fornecimento de gás ao Estado. Para o governador, a possibilidade de desabastecimento é mais preocupante no caso da indústria, já que os veículos movidos a gás têm a opção de uso de outros combustíveis.

A decisão do governo da Bolívia de nacionalizar a exploração de petróleo e gás "é uma atitude totalmente absurda dentro do mundo em que vivemos de fortalecimento das relações entre os países da América", disse nesta terça-feira (2) o governador Germano Rigotto. "Tem que haver respeito entre os países", acrescentou ele. Em entrevista antes do começo da reunião de trabalho, na secretaria da Administração e dos Recursos Humanos, no Centro Administrativo Fernando Ferrari, Rigotto afirmou que a medida do governo boliviano "preocupa muito e afeta o Rio Grande do Sul, que depende do gás boliviano".

De acordo com o governador, o RS investiu na expansão de rede de distribuição de gás natural tanto para o uso industrial quanto o veicular. "Grande parte deste gás vem da Bolívia e no momento em que há uma indefinição do que vai ocorrer dentro do processo de nacionalização, dentro dessa interferência, com investimentos que foram feitos pela Petrobras e depois pela Sulgás confiando na estabilidade das relações, é claro que isto nos deixa preocupados. A Sulgás realizou investimentos pesados contando com o gás boliviano".

Rigotto espera que o RS não tenha nenhum tipo de prejuízo no fornecimento do gás. "Nós precisamos deste combustível para que ele chegue nas indústrias e nos postos de abastecimento de gás veicular, mas principalmente nas fábricas". Conforme Rigotto, o consumo do gás natural veicular (GNV) pode ser compensado. "Os veículos são bicombustíveis, até tricombustives. Podem usar a gasolina, mas no caso da indústria isto não é possível. A indústria se adaptou para receber o gás e movimentar as suas máquinas com o gás", assinalou o governador.

Expectativa

Sobre as suas expectativas quanto ao futuro da questão, Rigotto espera que o governo do Brasil adote "todas as medidas que tem que tomar para garantir, primeiro, o fornecimento do gás boliviano para que não tenhamos nenhum prejuízo. Em segundo, que o governo defenda os interesses do Brasil, de empresas como a Petrobras. Tem que haver uma preservação destes investimentos, preservação do que foi levado para a Bolívia para ajudar no desenvolvimento daquele país. Por isso, a decisão do governo boliviano é estapafúrdia, absurda".

Para o governador do RS, o problema deverá provocar uma manifestação de todos os governadores em respaldo ao governo federal "para a adoção de todas as medidas que preservem os interesses do Brasil, envolvendo o Itamaraty, o ministério das Relações Exteriores e o próprio presidente da República". Nesse momento, segundo Rigotto, "a direção da Petrobras tem que trabalhar muito forte para que tenhamos a volta à normalidade, sem prejuízos ao fornecimento do gás boliviano, temos contratos que precisam ser cumpridos, e a preservação do patrimônio investido pela Petrobras na Bolívia".

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