Melhor coisa sobre a Bolívia até agora
MORALES SEM ÉTICA
Juremir Machado da Silva (no Correio do Povo)
De fato, cada país tem o imperialismo que merece. O da Bolívia é o brasileiro. Até aí tudo bem, mesmo que se trate de um império de segunda divisão. Mas não se pode admitir que um presidente cumpra o que prometeu na campanha eleitoral. É falta de ética e de ótica. E de coleguismo. Deixa a categoria em má situação. Não está previsto na cartilha eleitoral e pode trazer sérios prejuízos para uma nação. Basta perguntar a um marqueteiro que se respeite e se terá a resposta na hora: cumprir promessas feitas à ralé é ingenuidade. Mais do que isso, é irresponsabilidade. Embora não esteja escrito, faz parte dos costumes que, eleito, o candidato, por responsabilidade cívica, descumprirá todas as promessas feitas ao populacho em busca de votos. Políticos que cumprem as suas promessas dificilmente são reeleitos. Além de que revelam o quanto são populistas, demagógicos, irrealistas e reacionários.
A América Latina atravessa um mau momento. Vários presidentes dão péssimos exemplos. Néstor Kirchner enfrentou o FMI e até agora não se deu mal. Hugo Chávez insiste em dizer certas verdades e, ditador ou não, já se posiciona como o principal líder da região. Agora, vem esse Evo Morales e, com a maior desfaçatez, nacionaliza as riquezas energéticas do seu país, exatamente como havia prometido. Será que ele não vê o quanto isso poderá ser fatal para a Bolívia, com seus parcos 70% de habitantes em situação miserável? Será que não vê o quanto poderá ficar pior? Com a fuga do capital internacional, o que será dos outros 30% da população? Há sério risco de pobreza.
Pode-se aceitar que um presidente não saiba o que ocorre a sua volta, pode-se admitir que o seu partido chafurde na corrupção, pode-se até mesmo entender que ele compre o apoio de parlamentares para os seus projetos, mas não se pode, em hipótese alguma, aceitar que um presidente eleito cumpra as suas promessas de campanha. Se tem algo que afasta os investidores internacionais e debilita uma nação é o cumprimento de promessas populares de campanha. Lulla precisa explicar ao amigo Evo que isso é apenas uma forma de angariar votos, uma estratégia publicitária, uma maneira de falar. É só olhar os índices de Lulla nas pesquisas para se ter certeza de que não cumprir promessas é o melhor caminho para continuar no poder. Morales tem muito que aprender. Cumprir promessas pega mal.
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