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Ética já, Seu Mello.

Finalmente alguém resolveu bater de verdade no Marco Aurélio de Mello, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Ricardo Setti critica o jeito falastrão do ministro, principalmente depois da palhaçada que o TSE praticou na semana passada, primeiro decidindo que partidos sem candidato à Presidência só poderiam fazer coligações estaduais com legendas também sem candidato federal, e, dois dias depois, voltando atrás na decisão.

A justificativa para o desastre não convenceu ninguém, mesmo porque é de uma demência indescritível - nível advogado da Suzane von Richthofen.

Setti evita comparar Mello a Nelson Jobim e a Edson Vidigal, ambos ex-membros da Justiça com estreitas relações com a politicagem, mesmo porque Mello AINDA não deu sinal de que irá para a política. Mas eu colocaria Marco Aurélio de Mello no mesmo saco desses outros dois ministros - e com um agravante: depois do discurso de posse como presidente do TSE, em que esbravejava em nome da ética e de outros ideais sublimes, não deu mais para levar Mello a sério.

Tem que ser MUITO BANDIDO para falar em nome da ética neste país, ainda mais sendo membro do Judiciário - o mesmo judiciário que levou TRINTA ANOS para decidir se Maluf tinha que devolver a grana dos Fuscas que deu para a seleção brasileira de 70 com dinheiro público.

Alías, seria bom que Marco Aurélio de Mello calasse mesmo a boca e só abrisse novamente para explicar qual será a punição do PT, depois da fraude e roubalheira praticadas há anos pelo partido. Nem suspensão do repasse partidário rola?

Ética já, Seu Mello.

Por Walter Valdevino em 15.06.06 às 20:23 - comentários (1)

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