A Nova Corja

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De fato não adiantou nada toda a avalanche de denúncias contra o governo e o PT. Simplesmente não conseguem aprender nada, mesmo porque a demência moral impera.

Dizendo-se quebrado, o PT registrará amanhã no TSE o planejamento dos gastos com a campanha deste ano. Na campanha de 2002, o teto declarado foi de R$ 56 milhões (com o gasto declarado de um pouco mais de R$ 39 milhões). Eis que, para este ano, os petistas irão declarar um teto de OITENTA MILHÕES, com a estimativa de gastos entre R$ 50 milhões e R$ 60 milhões.

Como se não bastasse o valor demente, o tesoureiro da campanha, José de Filippi Júnior, ex-prefeito de Diadema, o responsável por lidar com os 50 ou 60 milhões, recebeu parecer desfavorável em três julgamentos do Tribunal de Contas de São Paulo (2001, 2002 e 2003), relativos à época em que era prefeito. Nos dois primeiros anos, Filippi Júnior foi acusado de aplicar menos do que determina a lei na educação. Mas não pára por aí. Filippi Júnior também é acusado de ter feito uma contratação irregular, sem licitação, de um centro universitário para a implantação de projeto de gestão administrativa, de ter colocado outdoors sem informar os custos e os prazos da publicidade (cedendo espaço para propaganda da CUT) e de ter contratado uma empresa de transporte com favorecimento (dessa acusação Filippi Júnior foi inocentado).

Eis que, agora, o Ministério Público de São Paulo abre inquérito para saber de onde diabos vieram os R$ 183 mil que Filippi Júnior usou para pagar a multa pela condenação na questão dos outdoors, já que o valor foi pago na lata, apesar do ex-prefeito só ter R$ 25 mil em sua conta.

Como bom petista, Filippi Júnior se cala: "O prefeito Filippi entende que em respeito e consideração à Instituição, essa questão deverá ser primeiro respondida ao Ministério Público de Diadema".

Por Walter Valdevino em 04.07.06 às 16:55

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