Contra Paim
Eu não gosto do senador Paulo Paim (PT-RS). Seus discursos têm um toque de malemolência extremamente irritante. Já falei mal de Paim e volto a falar.
Neste domingo, o Caderno Mais! da Folha de São Paulo trouxe como matéria principal a questão das cotas nas universidades brasileiras. A discussão é antiga, mas ganhou mais destaque com o projeto de autoria de Paim, estabelecendo a Lei de Cotas e o Estatuto da Igualdade Racial, e com o manifesto, assinado na semana passada, contra a adoção do sistema de cotas nas universidades.
Paim quer adotar a classificação racial no Brasil. Uma das demências deste país é que, por causa da idiotia de certos políticos e intelectuais, sempre temos que perder tempo voltando a debates que estão encerrados há muito tempo.
Alguém precisa avisar Paim que não há fundamento científico algum na classificação de seres humanos por raça e que as conseqüências históricas quando esse tipo de classificação foi adotado foram as piores possíveis.
Na verdade, já avisaram. Pressionado por Tarso Genro, Paim já admite alterar Estatuto da Igualdade Racial e incluir cota social.
Mesmo assim – sempre atrasados - em resposta ao manifesto metendo pau no projeto do senador gaúcho, surgiu um contra-manifesto, apoiando as cotas. Entre os signatários, estão Emir Sader e Fábio Konder Comparato. Sader é articulista da Agência Carta Maior e Comparato vive dando entrevistas falando mal desse tal de “neoliberalismo”. Por aí já dá para ter uma idéia.
Mas o pior de tudo é foi a entrevista com historiador Luiz Felipe de Alencastro, favorável à classificação racial, para o Mais!. A demência vai da completa ignorância até a total falta de sentido. Alencastro afirma: “Sobre o argumento de que isso [adoção do sistema de cotas] é imitar coisas americanas, não há só defeitos nos EUA. Que eu saiba, o habeas corpus e o federalismo não são heranças nem do direito português nem dos costumes tupiniquins. Foram copiados diretamente do sistema americano e funcionam muito bem no Brasil.”
Alencastro acha que o federalismo funciona muito bem no Brasil. Alencastro acha que o habeas corpus funciona muito bem no Brasil.
Em outro trecho, a falta de sentido é completa:
“FOLHA - O fato de as pessoas precisarem declarar sua raça e sua cor não é um retrocesso? Isso está ocorrendo inclusive nas escolas, com as crianças.
ALENCASTRO - Desde o censo de 1980 isso existe. Bem, acho que as crianças terão a opção de dizer "não sei".
Demência moral sem limites.
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