Agora é tarde

Discutir a pior crise econômica pela qual o Rio Grande do Sul passa é algo que a maioria dos candidatos evita. A dívida ativa do Estado está em R$ 13 bilhões - e sem sinais de que será liquidada tão cedo. Precisou chegar ao fim do mandato para o governador e candidato Germano Rigotto (PMDB/RS) nos lembrar que sempre dá tempo para mais uma tungada. Desta vez é para tentar amenizar a fome das dívidas com um projeto de lei de criação de um Fundo Estadual de Precatórios (FEP/RS).

O projeto, que deve ser enviado nesta semana à Assembléia Legislativa, propõe fórmula para solucionar o problema das dívidas com precatórios criando uma fonte adicional de recursos. Pena que não fez isso no primeiro ano de governo. Se não der mais, azar. Lavemos as mãos. A Comunicação Social do Piratini manda um release:

"Os recursos serão compostos por 10% da receita bruta da cobrança judicial da dívida ativa do Estado, que está em cerca R$ 13 bilhões, 30% de receitas patrimoniais com vendas de imóveis, rendimentos de aplicações do fundo e uma dotação orçamentária de R$ 5 milhões ainda em 2006. Em relação aos 30% provenientes das vendas de imóveis não é possível precisar de quanto será o valor destinado ao FEP, mas, de acordo com o governador, apenas um imóvel do Estado que deve ser vendido em Porto Alegre foi avaliado em cerca de R$ 15 milhões".

"Governo do Estado cria fundo para pagamento de precatórios

O governador Germano Rigotto apresentou, nesta terça-feira (11), projeto de lei de criação de um Fundo Estadual de Precatórios (FEP/RS). O projeto, que deve ser enviado nesta semana à Assembléia Legislativa, propõe fórmula para solucionar o problema das dívidas com precatórios criando uma fonte adicional de recursos. Os recursos serão compostos por 10% da receita bruta da cobrança judicial da dívida ativa do Estado, que está em cerca R$ 13 bilhões, 30% de receitas patrimoniais com vendas de imóveis, rendimentos de aplicações do fundo e uma dotação
orçamentária de R$ 5 milhões ainda em 2006. Em relação aos 30% provenientes das vendas de imóveis não é possível precisar de quanto será o valor destinado ao FEP, mas, de acordo com o governador, apenas um imóvel do Estado que deve ser vendido em Porto Alegre foi avaliado em cerca de R$ 15 milhões. "A criação deste
Fundo é um movimento do Governo do Estado para começar a diminuir o saldo alto de precatórios", definiu Rigotto.

Os recursos serão mantidos em conta vinculada, e os eventuais saldos serão aplicados em Títulos Públicos Federais. O pagamento dos precatórios seguirá ordem cronológica, conforme determinado pelo Artigo 100 da Constituição Federal. O FEP será administrado por um comitê técnico formado por representantes da Secretaria da Fazenda e da Procuradoria Geral do Estado.

Reforma

De acordo com o chefe da Casa Civil, Paulo Michelucci, a partir de julho de 2004, com a reforma do Instituto de Previdência do Estado (IPE), o Governo do Estado não acumula mais precatórios com as pensionistas, já que as pendências deixaram de existir. Os chamados precatórios alimentares são cerca de 90% do total devido pelo Estado, a maioria relativa à integralidade determinada pela Emenda Constitucional de 1988. "A partir da reforma previdenciária no Estado, estamos pagando integralmente as pensionistas. Conseqüentemente, não estamos
criando novos precatórios", afirmou Michelucci.

O Rio Grande do Sul é o sexto Estado da federação em valores de dívidas de precatórios, com R$ 2,3 bilhões. São Paulo, com R$ 13,6 bilhões; Espírito Santo, com R$ 6,6 bilhões; e Minas Gerais, com R$ 5,3 bilhões são os três
primeiros. A dívida total com precatórios no país, de estados e municípios, de acordo com dados da Secretaria Nacional do Tesouro, chega a R$ 63,3 bilhões. "Há várias alternativas sendo discutidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e pelo Congresso Nacional sobre como se pode enfrentar no país a questão do pagamento de precatórios. Elas vão balizar as soluções. Enquanto isso não acontece, estamos criando o Fundo que permite o início do processo de enfrentamento do problema que atinge setores que estão há muito tempo sem receber do Estado", disse Rigotto. Participou também do anúncio o vice-governador Antonio Hohlfeldt."

Contato

novacorja@gmail.com

Arquivos

março 2008
fevereiro 2008
janeiro 2008
dezembro 2007
novembro 2007
outubro 2007
setembro 2007
agosto 2007
julho 2007
junho 2007
maio 2007
abril 2007
março 2007
fevereiro 2007
janeiro 2007
dezembro 2006
novembro 2006
outubro 2006
setembro 2006
agosto 2006
julho 2006
junho 2006
maio 2006
abril 2006
março 2006
fevereiro 2006
janeiro 2006
dezembro 2005
novembro 2005
outubro 2005
setembro 2005
agosto 2005
julho 2005
junho 2005
maio 2005
abril 2005
março 2005
fevereiro 2005
janeiro 2005
dezembro 2004
novembro 2004
outubro 2004
setembro 2004

Categorias

Cara de pau (167)
Copa do Mundo (17)
Crise Política (139)
Demência (2)
Demência moral (536)
Demência seletiva (107)
Deputado Cloclô (31)
Desgovernada Yeda (54)
Dose diária de demência (158)
Dose Diária de Transparência (9)
Eleições 2004 (31)
Eleições 2006 (387)
Eleições 2008 (26)
Eleições francesas (30)
Esquadrão da Morte Moral (19)
Filó$ofa Chiuaua (22)
Gaúcho é melhor em tudo (20)
Gente inútil (443)
Guerra nuclear sudamericana (4)
Havaianas da Adidas (33)
LatinoDisney (29)
Mangaba Unger (46)
Mensalão: ele existe (52)
Mídia má (18)
Mondo estudo (25)
Mondo Fristão (58)
Pandemência (4)
Petistas (116)
Porto-alegrenses (54)
Povo Bovino (119)
Pulíticu$ du Braziu (23)
Só no Biriri (71)
TÊ VÊ PÊ TÊ (4)
The Mensalão Chronicles (6)

Notícias

Agência Estado
Folha Online
O Globo
Zero Hora
BBC Brasil
No Mínimo
Veja
Istoé
Época
Carta Capital
Blog do Noblat
Josias de Souza
Merval Pereira
Jorge Moreno
Fernando Rodrigues

Partidos

PT
PSDB
PMDB
PFL
PDT
PSOL
PSTU
PH
PMR
PCO
PPS
PL

Creative Commons License