Pelo fim do voto obrigatório
O voto obrigatório no Brasil é um atraso para a população. Qualquer esboço de reforma política decente deveria incluir a cessão dessa obrigatoriedade. Mas talvez seja muito democrático assistir a cada eleição o Zé das Couves remar oito horas para ir e oito para voltar do local de votação à sua tapera em Quibrocó da Amazônia. O próprio Geraldo Alckmin se espantou quando estava por aqueles lados e um guri o reconheceu da propaganda na TV. O aparelho funcionava duas horas por dia graças a um motor de carro instalado ali. A casa não tinha eletricidade. Deve ser a tal virada no horário eleitoral que o tucano adora profetizar.
Falar em alienação do eleitor chega a ser grotesco. Em um país que comemora a queda de 2,69% no índice de votantes analfabetos para a eleição deste ano – segundo dados do TSE –, chega a ser uma piada de mau gosto. Se por um lado muita gente vai deixar de votar por completa ignorância, outros fariam isso por excesso de consciência política. É legal que José Dirceu, José Genoino digam que são perseguidos porque lutaram pela democracia, me sinto honrado. Mas a democracia deles não é algo pela qual eu me levantaria da cadeira. Nem que mandassem o Delúbio me pagar.
Aí alguém vai falar que nos Estados Unidos o voto não é obrigatório e a população é alienada porque elegeu George Bush. Isso é uma meia verdade. É engraçado os brasileiros olharem para os americanos e bradar “eles são ignorantes”. Olha, a taxa de cretinice é a mesma, se não for mais baixa. Nos últimos anos, houve um aumento grotesco de registro de votantes nos EUA através de campanhas de educação maciças. Noves fora a questão dos referendos, que estimulam a participação popular ao se votar novas leis estaduais e as audiências para votar orçamentos municipais – uma prática de séculos que não foi criada pelo PT de Porto Alegre, sadly. O raciocínio da escolha se impõe sobre a obrigação do voto. Mas isso nenhum político brasileiro quer para o país.
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