Foga$$a privatza

O mote da campanha de Fogaça (PPS) à prefeitura de Porto Alegre foi "mudar o que precisa ser mudado e melhorar o que é bom". É claro que isso depende muito dos conceitos de bom e ruim do sujeito. No caso da prefeitura, parece que o Orçamento Participativo não é importante. Os conselheiros do OP andam dizendo por aí que o governo municipal está desprezando o resultado dos debates e também tomando decisões sem submetê-las à avaliação do povo. Na Lei de Diretrizes Orçamentárias apareceram, segundo eles, diversas renúncias fiscais não debatidas.

Imposto nunca é bom, mas renúncias fiscais irresponsáveis são piores ainda. O PT realizou investimentos no município durante os 16 anos de governo, entre outras coisas, porque se prestou ao desgaste de aumentar impostos. Fogaça, ao que parece, decidiu agradar aos empresários e a camadas populares com renúncias. Por exemplo, "redução da alíquota do ISSQN para o transporte coletivo, diminuindo de 2,5% para 2% o imposto cobrado das empresas de ônibus". Interessante a predileção do prefeito pelas empresas de ônibus. Os clientes da linha 510 Auxiliadora ficaram chocados há alguns meses, quando os confortáveis ônibus da Carris deram lugar a velharias da Conorte e STS. Motivo? As empresas privadas não tiveram lucro suficiente, então a linha mais rentável de Porto Alegre foi cedida a elas até o final do ano.

É a velha história do empresariado brasileiro. Os transportadores chiaram quando Olívio — bestamente, aliás — encampou as empresas de ônibus, que eram uma merda, na primeira gestão petista em Porto Alegre. Agora, correm para a prefeitura quando tomam prejuízo, como pode acontecer com qualquer empreendimento privado. Por que, então, não devolvem as concessões das linhas fracas para a Carris, que aliás é a melhor empresa de transportes da capital? Duvido que o povo reclamasse. Irônico que os supostos socialistas respeitem mais as leis de mercado do que os peemedebistas, supostamente favoráveis ao capitalismo.

Em todo caso, seria legal se os repórteres do tivessem ouvido a prefeitura sobre a questão do OP.

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