Dose Diária de Demência Eleitoral Extraordinária

goulartmumia.jpg
Marcelo Fleury/ZH

Eu até teria agüentado ficar só com a dose normal de demência de hoje. Vi a foto acima na seção "Voz das Ruas" da Zero Hora, com o texto abaixo, e não me perturbei, resisti bravamente, não ia postar:

"Não bastassem os sustos habituais que o ato de parar o carro numa sinaleira provocam, agora essa. Sete jovens claudicantes, enfaixados e com respingos de sangue (tinta, na verdade) surgem desde ontem diante dos motoristas porto-alegrenses, em diferentes pontos, com um cartaz no qual se lê: - Cadê a minha vaga no SUS?
São as "múmias do Dr. Goulart", como eles mesmos dizem, em referência ao candidato para o qual fazem propaganda. Enquanto desfilam, outro cabo eleitoral vai de carro em carro dizendo que, como político, o Dr. Goulart já criou não sei quantas leis, implantou não sei quantos postos de saúde, ajudou a melhorar o atendimento em tais locais. O que leva a pensar: se fez tanto, qual então o motivo do protesto?
"

Foi então que cometi o erro de visitar o site do vereador e candidato a deputado estadual Dr. Goulart pelo PDT-RS, n. 12220.

Humberto Ciulla Goulart, além de médico, é compositor letrista do Carnaval de Porto Alegre, membro da Associação dos Jurados do Carnaval e Conselheiro da Escola de Samba Estado Maior da Restinga. Goulart é um poeta. As poesias dedicadas a seu filho, Saul Goulart, são comoventes, como a que homenageia o jovem quando completou 15 anos (clique no link e vá baixando a tela):

Ah, filho meu!
Amado, bandido,
inquieto,
pateta,
teu pai vai ousar
mais uma vez
ser poeta.
Quinze anos, meu filho!

Para registro da posteridade, coloco aí embaixo TODAS as poesias disponíveis no site do candidato:

Um cantar para quem faz 15 anos

Ah, filho meu!
Amado, bandido,
inquieto,
pateta,
teu pai vai ousar
mais uma vez
ser poeta.
Quinze anos, meu filho!
Quinze anos que
te eras meu
(e que te quero meu),
mas entendo
que tu também és teu.
Estes teus anos são
um pedaço da
vida,
um pedaço da tua
e (sempre)
da minha vida.
Meu menido de
silêncio profundo,
não canta,
não ri,
me conta:
como é este teu mundo?
Meu menino de encanto,
se a vida
te quiser um pouco de mim,
eu é que te quero mais
e não canto.
Meu moço em alvoroço,
tua inquietude,
tua vida
na busca constante
do movimento,
me pensa
Rimbaud
em teu desvario
Ainda há pouco
te abracei
e teu retrato
cravou na minha pele
tua barba
de homem
Meu menino-homem
esquecido do tempo,
e o tempo
é somente a vida vivida
e o espaço
é somente o sonho sonhado...
Vem, filho maior,
sentir a vida
que começa a não se conter
neste teu peito forte.
Vem com teu pai
que é velho e
que não é velho,
fica atento, vem
bem perto
de mim
que vou te mostrar
uns caminhos
onde chorei demais
onde vivi demais
onde cantei demais
onde amei demais.
Vem filho
certeza do amor
esperança de mim.
Por ti, meu filho
não amarrei
as cordas de Ulisses
mas espantei a sereia.
Por ti, meu filho
esqueci a poesia
que um dia me
tentou
roubar de ti.
Por ti, meu filho
estou aqui
abandonado meu cantar cigano
afundando meu navio corsário,
isso tudo porque eu te amo,
isto tudo porque é o teu aniversário.

Para Saul, meu filho, nos seus 15 anos.
06.09.1989

**

Vinícius, meu filho

Vieste, filho amado,
como um canto de esperança
no deitar do sol,
mais do que desejado,
(alminha de candura),
chegaste para ser amado
e o teu sorriso de encanto
comprova
um novo tempo de formosura.
Fruto do ventre do amor,
mostraste que o caminho
para os teus pequenos braços,
é uma pausa bendita
para o movimento atordoante
dos inquietos.
Vem, filhinho querido,
para o beijo que toca
a pele inocente da tua face
enquanto enche de carinho
os lábios
que antes se esvaziaram,
no silêncio antigo
dos que tiveram que ficar calados.
Vem, menino com nome-poeta,
vem ao meu encontro
com estes olhinhos
que estudam com cuidado a natureza,
e diz, como profeta,
que o sonho dormido
de ontem,
há de ser o sonho vivido
no tempo
que ainda temos.
Vem para mim
filhinho de fruta madura,
espalhar teu perfume
pelo meu caminho
e eu andarei por aí
com a fronte alta
a dizer para as gentes
(exibido)
que eu tenho um menininho
que enfeita a minha vida
e que cuida de mim.
Vem, filho da lua linda e
dos ventos que vêm do sol,
vem encher de poesia
a outra metade da minha vida.
espero que o
Barqueiro do Aqueronte
me esqueça na margem
cinza
e demore muito tempo
para fazer a travessia,
pois ainda temos que cantar
canções e acalantos,
temos que
dançar cirandas
e, diante da injustiça
ou da saudade,
temos que secar o pranto.
temos a vida a ser vivida
por isto vieste,
meu homenzinho querido,
para quando chegar a hora,
eu possa saber
do abraço
que me confortará
e me dará coragem
para seguir em frente,
um abraço que não sabias
(mas mesmo bebê)
me deste, outro dia,
ao se aconchegar bem
pertinho do meu peito,
de pai muito contente
para dormir o teu sono
de menininho (lindo)
que é feliz.

Bombas, Bombinhas, SC – 09.02.2004
Humberto Ciulla Goulart

**

A ausência de tudo

Que será do apelo
do corpo que
pede
o contato da pele
a carícia do pelo
a malícia da carne?
Quem será do momento
do amor que
tem
a saudade da pele
a falta da carne
a ausência de tudo?
Onde andará o amor
daquele momento
aquele que fez-se o
tormento
do instante?
Onde andará o amor
que se fez
lamento
saudade
falta de tormento
ausência
falta de carícia
distância
falta de tanto?
Onde andará o amor
(que bem
nem sei se foi amor
mas) que ainda causa
a dor
o espanto
a falta
a vontade?

**

O fim do poeta

Que solidão imensa
invade o coração do poeta?
Quem te chamou Essenine
Hart Crane
Maiakowisk
Rubem Dario
Hemingway
Sandra Herzer
Ana Cristina César
Florbela Espanca
Alfonsina vestida de mar
Carlinhos Hartlieb?
Deve ter sido a voz da sereia
ou deve ter sido o encanto da purapoesia,
da poesiapura.
Pois tão rápido deixaram a vida,
numa verdadeira legião suicida.
Porque vocês não se lançaram como tochas de fogo
contra as bocas caladas?
Porque deixar um vazio imenso
no coração apaixonado, acovardado,
dos poetas que ficaram?
Porque partir rescendendo a poesia,
em busca da borboleta azul,
na solidão da praia do Rosa
fazendo um silêncio absurdo no Atlântico Sul

Para Carlinhos Hartlieb

**

Riomancidades

Numa aldeia sem nome
passava um rio que também não tinha nome.
E aquele riozinho pequeno
abraçava com carinho a cidadezinha sem nome,
e, como por encanto,
foram surgindo cidades e mais cidades:
pequenas,
imensas,
sem importância,
importantes,
com seus rios,
sempre com seus rios,
por todo os cantos do mundo -
deste nossos imenso mundo.
E foram surgindo
abraçados,
acarinhados,
amantes...
E assim será para sempre,
bem assim como foi um dia,
como era antes.
Saigon sofrida,
entristecida de guerras,
entre arrozais, ainda ensangüentados,
mas sempre abraçados ao rio Saigon.
Ottawa gelada, branquinha, limpinha, correta e
de braços dados com o rio Ottawa.
Moscou que poderia ter sido dos barqueiros do Volga
e que não foi,
que não é de um rio que espalha esturjões e caviar,
mas é do rio Moscova
(que me lembra Maiakowski ao luar).
É noite em Londres:
um relógio enorme abocanha tudo
e um nevoeiro denso esconde tudo também
acontecem crimes pelas vielas escondidas,
há um reflexo de luzes nas pedras molhadas
das margens do Tamisa – rio nascido,
rio perdido,
rio renascido.
E eis que surge um namorado antigo,
é o Sena que vem cobrir de versos
uma Paris cheia de luz engalanada –
rio apache que percorre os cabarés de Pigalle na madrugada
senhorita Viena, eu sou Danúbio,
você é linda e eu sou imensamente azul.
Permita-me esta valsa?
Esta valsa vienense,
ou aquela de mim ainda azul
Correndo entre teus bosques, Viena?
Mi Buenos Aires argentino
que suplica:
Não chores por mim, rio da Prata!
Os arranha-céus de Nova Yorque
fazem-se de novo em sombras
nas águas do rio Hudson
onde a cidade se duplica
(se triplica, se multiplica).
Silêncio, agora façam silêncio por favor, meus senhores,
a UPI informa, de Washington,
em emissão extraordinária,
que encontraram meu corpo boiando
nas águas do Potomac.
Mas faça-se novamente a alegria,
pouco tempo depois,
já fui localizado
bebendo cerveja em Munique
a cantar,
a dançar
nas imediações do rio Isar.
Porém, mais adiante,
outra vez, tudo pára,
tudo bloqueia –
há um muro em Berlim
para a tristeza do rio Espreia.
Em Portugal, renasce o amor,
sentimento puro,
que cantarei em muito fado
pelas adegas deste mundo:
“eu tenho o destino marcado
desde o dia em que te vi.”
E este romance eu invejo –
da minha Lisboa antiga,
com as águas do velho Tejo.
O Vístula ama Varsóvia,
E Sarangoça ama o rio Ebro e,
Para não esquecer que o Ganges banha Benares,
E para a glória destes meus cantares,
Fiquei sabendo que Madri ama Mançanares.
Genebra
Roda no
Rio Ródano.
Hanói envermelhou-se também,
Com Ho Chi Mim,
Com sangue inocente
e com as águas do rio Vermelho.
Em Havana
vou-me fazer de carmim encendido
(a meu próprio perdido)
e escutar Guantanamera querida,
onde deságua o rio Legida.
E vejam, o rio Reno é um cigano
Que acaricia Colônia, Basiléia e Estrasburgo
(entre outras),
como vêem um rio também pode cometer desatinos,
fazer enganos,
mas existem cidades que amam mais de um rio:
Beberibe e Capiberibe,
Recife, Pernambuco, Brasil.
E assim vão os amores
acontecendo por aí.
Cidades que amam baías,
ernseadas,
lagos,
mares,
oceanos,
canais,
Roma que começou
como uma loba
e continuou com um Tibre.
Porto Alegre – Porto dos Casais,
onde o Guaíba se emoldura
com o melhor pôr-do-sol,
que muito nos encanta
e encantou nossos ancestrais.
E corre a vida,
corre o tempo,
correm tantos rios
na verdadeira passionalidade com suas vilas,
metrópoles
e cidades,
e tudo está aí para quem quiser:
O rio é um homem
e a cidade uma mulher.

Para Francisco José Spinelli Varella,
meu compadre.

**

O verdadeiro noturno nº1

Ser dono de uma noite de silêncio
imensa noite, longa noite,
noite sem fim.
Buscar o nexo nas entranhas da solidão.
Caminhar por estradas cor de cinza,
na incessante procura de ladrilhos escarlates,
e ser visceralmente só.
Procurar entre os sonâmbulos da própria noite
a companhia a quem falar,
quem contar,
contar coisas do dia que já passou,
prever coisas para o dia que virá.
Mas são sombras que se desenham
bem dentro da madrugada.
E é em casa de tênues véus,
que mais parecem teias negras.
onde a minha solidão vai bater.
Alguém chega a janela,
outro vem espiar no olho mágico,
outro lá espalha telhas e
vem olhar através de uma imensa clarabóia.
Onde bati? Quem são estas sombras?
São minhas companheiras,
São filhas destas noites madrugadas.
Onde bati?
Bati na porta do meu passado.
Bati na porta do tempo que não vivi.

**

Versos para quem faz dez anos

Dez anos se passaram.
Dez anos que te tenho meu.
Tanto tempo - que nem pareceu tempo -
eu tão ausente
e tu sempre presente
no meu coração, no meu pensamento,
como uma árvore fazendo sombra
para o sol calcinante, que tem sido a minha vida.
Meu primeiro filho,
meu primeiro verdadeiro mistério desfeito,
filho querido;
abriste, como uma pomba,
o que seria, mais tarde, a minha agitada hereditariedade,
começaste como um forte marco,
lançado como a flecha de um guerreiro arco
e deste um rumo para o meu tempo parco.
Dez anos, meu filhinho,
dez anos que te tenho meu,
e sou feliz,
por seres exatamente a criança que eu quis ser um dia:
bonito,
cheiroso,
arteiro, danado, esperto,
mas, acima de tudo, bondoso.
Que a natureza te permita
um monte de mais dez anos,
para espalhares a força da nossa genealogia,
porque és na vida
tudo o que eu queria,
porque és nesta terra desolada (e morrente)
um homenzinho forte
com o narizinho apontado a vida,
com a cabecinha apontando a norte...

Para meu filho Saul,

06.09.1984

**

Camille Claudel

Dizem que num certo quintal
tem uma casa sem porta
onde mora a louca
que, à noite, conversa
com pedações de coisas.
A cabeça rodando,
a cabeça rodando.
Faz movimentos estranhos,
faz gente de pedra.
O mundo rodando,
o mundo rodando.
Traz de dentro da demência,
a serpente urgente que abraça tudo.
A vida rodando,
a vida rodando.
Busca, com a mão que cria,
as estranhas da terra fria.
A lua rodando,
a lua rodando.
Louca, porque
tu és o canto do silêncio
que marca na pedra
este mesmo silêncio
das caras crispadas e
das bocas em grito,
com as garras que arrancam
do fundo
do mundo
as estátuas enterradas
na antiga lutécia gaulesa.
Louca, porque
tu és o canto vazio
que anuncia
a denuncia
a loucura que avança
na mão que entorta
e crava no bronze,
e risca na rocha
e grava no barro
aquele momento
que desenha
a desesperança.
louca, porque
tu és a fonte viva
que dá à vida
a natureza morta.
Caminha, Camille.
Caminha, Camille,
e caminha contigo
o estupor insano
que ferve na arte
do sangue em pranto
porque
dizem
que tu és a louca
das praças sozinhas,
a que sempre enfeitiçou
a forma
com formosura.
Mas,
tu és a louca
em solidão
na miséria da
multidão
das tuas criaturas mudas.
Mas,
tu és a louca
que caminha
na busca do
absoluto
absurdo,
porque
tu és a forma linda
que caminha
na busca louca de Camille.
E o amor rodando,
e o amor rodando.

**

Muito mais do que devia

Eu te olhei mais do que devia
brinquei contigo muito mais do que
eu devia
Eu homem da vida
eu poeta encontrado
comecei a te gostar mais do que devia
Eu conheci de perto
a barca que vai transpor
a Aqueronte e
Te amei muito mais do que
eu devia
eu pensei que sabia tudo
e sabia pouco
Senti saudade de ti mais
do que devia
eu pensei que tu sabias
tudo
e não sabias nada
Continuei te amando
mais do que devia
e por que foi tudo muito
mais do que devia
Continuei sentido,
às vezes, muito mais
saudade
às vezes, muito
a falta
às vezes, muito mais
a ausência
Sempre,
muito mais do que
devia

**

Transversais do amor

Agora, ao te ver
tanto dia passado,
mais do que linda:
um feitio de mulher,
sinto que para os teus olhos
as noites dormidas
não contam
e, muito menos,
as noites não dormidas
somam.
Agora, ao te ver,
fugida
das transversais do tempo,
te recolho nas paralelas,
menos contundentes
do sentimento,
que embora fugidio
porque é fauno,
é o verdadeiro sentimento
do tempo,
que escreve desfiladeiros
na pedra do corpo,
que antes de ser azul,
traz o escarlate
que incendeia este mesmo corpo,
no momento certo
do amor,
e torna realidade
o beijo pensado na hora da saudade.
Tempo passado
tempo de busca
insana
que, mesmo impura,
era a procura
Incessante de mim
que não encontrava
em ti.
Agora, ao te ver,
mais do que linda,
um feitio de mulher,
sinto que para o meu coração
as noites não dormidas
não contam
Eu, que te vi azul,
de véu branco,
na noite estrelada
te busquei, como um louco
no vermelho da paixão,
Eu, poeta menino,
que me fiz homem
ao teu redor
Eu, poeta homem,
me faço menino
na ausência dos teus
sonos –
Eu, poeta, sei
que somos
mais do que corpo,
mais que calor:
o desencontro e
o encontro do amor.

**

Vinícius

Eu te saúdo,
filhinho querido,
neste teu primeiro aniversário.
Mais do que
um bonequinho encantado
que enfeita a minha vida,
tu és um sortilégio acontecido,
na verdade, filhinho,
tu és meu segredinho,
tu és o misterinho do meu coração.
É o teu cheirinho que chega
Quando sopra o vento,
É o teu sorriso que me torna terno
Quando a vida é dura,
São os teus olhinhos que me retornam à esperança
Quando o desalento vem.
Quando nos teus primeiros caminhares,
Tua mãozinha procura a minha mão,
Me tornas gigante a imaginar
Que na tua defesa eu possuo tudo.
Eu te amo meu bebê,
Que muitos mais anos
Te celebrem
a minha paixão no mundo.

04.10.2004

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