A Nova Corja entrevista Cururu

Seguindo nossa tradição em entrevistas (ver ao lado), A Nova Corja convidou o vereador de Pelotas e candidato a Deputado Federal pelo PFL-RS, Cláudio Insaurriaga, o Cururu, a responder algumas perguntas.

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Cururu ficou famoso em 2004, na última campanha para vereador em Pelotas, com o bordão "Como estou desempregado, conto com seu apoio para resolver os meus problemas. Não sou ladrão nem mentiroso." Ganhou.

Agora, Cururu quer ser nosso representante na Câmara Federal. Sua candidatura neste pleito continua chamando atenção. Seus vídeos circulam na internet e Cururu já teve espaço no Fantástico e no Programa do Ratinho.

A Nova Corja: A idéia de usar o YouTube, fotolog e site para divulgar sua campanha foi sua ou sugerida por algum marqueteiro?

Cururu: As idéias de marketing saem todas de minha cabeça, e conto com apoio do meu assessor de imprensa, Theleon.

A Nova Corja: No seu primeiro vídeo, o senhor carrega uma mala cheia de dinheiro com a palavra “Mensalão” escrita. Para quem o senhor gostaria de entregar a mala?

Cururu: Para o Lula.

A Nova Corja: Como é a sua relação com os outros integrantes do PFL em Pelotas?

Cururu: Não existe relação entre o Cururu e o PFL. Apenas viabilizamos interesses eleitorais em função deste modelo eleitoral imprestável.

A Nova Corja: O que realmente aconteceu nos episódios de 2005 e deste ano, nos quais o senhor, Ademar Ornel (PFL) e sua filha e namorado brigaram? Em 2006, as trocas de socos, pontapés, empurrões e xingões teriam acontecido no espaço reservado aos cidadãos e os protagonistas foram dois assessores do senhor e um profissional da imprensa local.

Cururu: Não houve troca de socos e pontapés, na verdade eu fui covardemente agredido por estas três pessoas, dentro do plenário e na frente de alguns veradores, que covardemente não quiseram cassar o mandato dele por falta de decoro.

A Nova Corja: O senhor ajudou a fundar o PT em Pelotas e já atuou em conjunto com o vereador Paulo Oppa (PT). O senhor mesmo disse que só entrou em um partido “para concorrer”. O PFL vê com bons olhos sua relação independente com outros partidos?

Cururu: Não sei o que pensa o PFL, mas para mim não faz diferença, os partidos são todos iguais e muito ruins.

A Nova Corja: Como surgiu o convite para aparecer no Fantástico e no programa do Ratinho. Como eles são ao vivo?

Cururu: No Fantástico não foi ao vivo, foi uma reportagem. Ao vivo foi no Ratinho que evidentemente aproveitou meu bom momento para angariar audiência.

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A Nova Corja: O prefeito do Rio de Janeiro, César Maia (RJ), gostou do seu CD?

Cururu: Não sei, não falei com ele depois de ter-lhe dado o CD, mas acho que ele gostou porque as músicas são muito interessantes.

A Nova Corja: Qual o verdadeiro motivo da censura imposta ao senhor em Pelotas?

Cururu: Acredito que tenha sido medo dos deputados federais que concorrem a reeleição, pois se a coligação tiver um desempenho fraco na soma dos votos e der apenas duas vagas, um deles vai ficar fora, pois eu sei que serei eleito no dia 1º de outubro.

A Nova Corja: Como o senhor pretende representar Pelotas em Brasília?

Cururu: Na verdade não penso só em representar Pelotas e sim o povo em geral, porem sua pergunta é muito ampla, posso te dar dez exemplos:

1. ACABAR COM A REELEIÇÃO IMEDIATA PARA O MESMO CARGO;

2. ACABAR COM O NEPOTISMO, QUE É ESTE VERGONHOSO MECANISMO QUE PERMITE QUE OS POLÍTICOS COLOQUEM SEUS PARENTES NO SERVIÇO PÚBLICO SEM FAZER CONCURSO;

3. ACABAR COM A VERBA INDENIZATÓRIA DE R$ 180.000,00 (CENTO E OITENTA MIL REAIS) POR ANO PARA CADA DEPUTADO FEDERAL COBRIREM DESPESAS COM GASOLINA E ALUGUEL DE ESCRITÓRIOS;

4. REDUZIR EM 50% O NÚMERO DE ASSESSORES E FUNCIONÁRIOS DE GABINETES EM BRASÍLIA;

5. REDUZIR EM 50% OS “CC´S”, CARGOS DE CONFIANÇA NOS TRÊS PODERES: EXECUTIVO, JUDICIÁRIO E LEGISLATIVO, E EM TODAS AS REPARTIÇÕES PÚBLICAS, SEJAM ELAS MUNICIPAL, ESTADUAL OU FEDERAL;

6. PROPOR UMA LEI QUE FAÇA COM QUE OS POLÍTICOS SEJAM JULGADOS PELA JUSTIÇA COMUM E NÃO POR ELES MESMOS COM ESTAS “CPI´S” MANIPULADAS, QUE NÃO PUNEM NINGUÉM;

7. PROPOR O FIM DA IMUNIDADE PARLAMENTAR PARA TODOS OS CIDADÃOS QUE OCUPAREM CARGO PÚBLICO;

8. ACABAR COM AS DIÁRIAS E PASSAGENS DE GRAÇA PARA POLÍTICOS, ELES DEVEM CUSTEAR SUAS VIAGENS ASSIM COMO QUALQUER CIDADÃO COMUM;

9. ACABAR COM O AUXÍLIO MORADIA DE R$ 3.500,00 (TRÊS MIL E QUINHENTOS REAIS) PARA DEPUTADOS, SENADORES E MINISTROS;

10. PROPOR PARA QUE TODOS OS INTEGRANTES DO PODER LEGISLATIVO BRASILEIRO TRABALHEM NO MÍNIMO 6 (SEIS) HORAS POR DIA, DE SEGUNDA A SEXTA, DENTRO DAS CÂMARAS, BATENDO O CARTÃO DE PRESENÇA E CASO FALTEM AO TRABALHO, TENHAM O DIA E O DOMINGO DESCONTADO, ASSIM COMO OS DEMAIS TRABALHADORES.

A Nova Corja: Na campanha para vereador em 2004, o senhor pediu votos não para ajudar os eleitores, mas o senhor mesmo. Depois de todos os escândalos, esse tipo de discurso pode convencer quem vai votar?

Cururu: Minha intenção com aquela mídia para vereador era fazer o oposto de todos os outros candidatos, continuo acreditando que isto rende mais votos do que qualquer outra forma de se fazer campanha.

A Nova Corja: Que tipo de Projetos de Lei o senhor pretende propor caso seja eleito deputado federal?

Cururu: Projetos que atinjam os os objetivos ditos em minha resposta a pergunta 9.

A Nova Corja: Embora seja numerosa, a bancada do PFL será minoria no Congresso. Como o senhor pretende aprovar os projetos sugeridos em seu programa, como reduzir em 50% os CCs, ou acabar com a verba indenizatória de R$ 180.000 por ano para cada deputado federal cobrir despesas de gasolina e aluguel de escritórios?

Cururu: Costumo ter uma boa relação com todos os outros parlamentares independente de partidos, penso que deverá ser através do convencimento e mobilização popular. Os cargos de confiança tem sido um câncer na política, e transforma a relação entre executivo e legislativo num balcão de negócios geralmente sujos, temos que defender a tese de que o congresso nacional tem uma estrutura burguesa que não se justifica pois a realidade do resto do povo é outra.

Se não conseguir aprovar os projetos, pelo menos vou iniciar um grande debate nacional sobre estes vergonhosos vicios e privilégios criados ao longo dos anos pelos políticos e que precisam acabar, pois se o congresso nacional não der exemplo não conseguiremos mudar nada em nosso país.

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