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Banditismo petista não tem limites | Home | Dose Diária de Demência Eleitoral - Quinta - 14/09/2006

Exclusivo: Contas do PSDB sob suspeita no RS

A campanha de Yeda Crusius estava em ascensão tão vigorosa nas pesquisas eleitorais que não dá para entender por que 10% da sua equipe de marketing continua trabalhando. Graças às pesquisas estimuladas que mostravam Yeda encoxando Olívio Dutra (PT/ RS), a tucana foi a candidata que mais arrecadou no mês de setembro: R$ 470.239,72. Esse valor é o quádruplo dos R$ 115.285,00 constados na receita do mês de agosto. Se a campanha dela não tem dinheiro em caixa, atrasa pagamentos e sofre debandada geral da equipe, talvez seja o caso do TRE/ RS investigar por que esses valores foram declarados pela candidata se eles nunca existiram ou, ao menos, quem doou e para onde foram parar os tais R$ 585.524,72.

P.S.: a soma das despesas de agosto e setembro da candidata é de R$ 485.559,42. A subtração com o total da receita é igual a R$ 99.965,3. Agora cabe ao senhor Sérgio Campos de Moraes – um dos remanescentes da coordenação da campanha de Yeda – explicar qual é o problema.

O que não atinaram é que, mesmo crescendo nas pesquisas estimuladas e com 4% de rejeição dos eleitores, é na pesquisa espontânea que está o problema da ex-ministra. Yeda não tem carisma. Fala roboticamente, prática comum aos praticantes do tucanês. Nas últimas pesquisas espontâneas, oscilou entre índices de 6% a 9%. Por maior que seja a rejeição de Olívio (cerca de 30%), o petista apresenta o dobro de intenções de voto espontâneo, encostando em Germano Rigotto (PMDB/RS). E, francamente, o PSDB não existe no Rio Grande do Sul. É um feudo de Yeda. Considerar viável a candidatura ao governo do Estado de uma pessoa que chegou em quinto lugar na eleição de 2000 para a prefeitura de Porto Alegre e que é co-responsável pelo fracasso do governo Rigotto – embora saliente que “não estava nas pastas mais importantes” – parece uma auto-negação que costumo creditar aos petistas.

Dias atrás, ao discursar para representantes do setor agrícola na Expointer, Yeda disse que iria priorizar a irrigação das lavouras por causa dos problemas da estiagem blá blá blá. Aí perguntaram de onde iriam tirar o dinheiro, “porque nós [agricultores] estamos quebrados e o governador diz que não tem dinheiro. De onde a senhora vai tirar verba para isso?”. A tucana se embananou na resposta e falou que “bem, isso seria um projeto a longo prazo”. Por essas e outras fica difícil não acreditar nas declarações do ex-marqueteiro Chico Santa Rosa no barraco que virou a campanha de Yeda Crusius:

“Como sentia que a coisa era complicada, pedi no meu contrato o testemunho de Paulo Feijó (vice na chapa), de Onyx Lorenzoni (presidente estadual do PFL) e da própria Yeda. Eles me garantiram pessoalmente que eu ia receber. Hoje fico me questionando o que seria desse Estado, que já tem problemas, se cair na mão desse pessoal.”

“Ela fala em planejamento, mas onde está o planejamento da própria campanha? Ela dizia que "planejar é lançar uma luz sobre o futuro". A luz que ela lança sobre o futuro está com a lâmpada queimada.”

Por Rodrigo Alvares em 14.09.06 às 17:04 - comentários (7)

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