Mino Carta, Marilena Chaui
É triste ver o petismo da Carta Capital. Mino Carta está desesperado com o afundamento moral do PT. Sua revista afunda na mesma velocidade. A edição desta próxima semana traz matéria de capa que supostamente explica tudo sobre o complô da mídia para acabar com Lula, levando as eleições para o segundo turno com a divulgação das fotos da montanha de dinheiro aprendida com os petistas para a compra do dossiê.
A matéria tem o título de "A trama que levou ao segundo turno" e, na capa, aparece o símbolo da Globo junto com um tucano. O site do PT publicou um trecho mais longo da matéria (a íntegra somente na versão impressa, por enquanto).
A revista apresenta detalhes da negociação do delegado Edmilson Pereira Bruno (autor da prisão dos petistas) para liberar as fotos para a imprensa como se a operação fosse uma grande novidade. O próprio delegado, depois de negar, assumiu que foi o responsável pelo vazamento. Todo mundo já sabe disso há muito tempo. Todo mundo já sabe que a informação da prisão dos petistas vazou para a imprensa, todo mundo já sabe que uma equipe do PSDB chegou praticamente ao mesmo tempo que a imprensa na sede da PF.
A Carta Capital não consegue provar nada sobre as intenções políticas do delegado Bruno. Se ser contra a bandidagem petista é ser tucano, eu sou o maior tucano deste país.
No final das contas, o Josias de Souza dá a opinião mais sensata sobre o assunto:
"Resta uma pergunta: a mídia errou ao encobrir as segundas intenções do delegado? Sim. Os jornalistas que receberam o CD estavam obrigados, por dever de ofício, a manter o sigilo da fonte. Mas havia formas de mencionar a avidez de Edmilson Bruno sem romper esse compromisso. Algo que é mais fácil enxergar agora do que no calor do fechamento de uma edição de jornal. Mas carimbar o episódio como um complô da mídia para prejudicar Lula é como atribuir ao termômetro a responsabilidade pela febre. Quem envenenou os planos do presidente foram os “aloprados” de seu partido, não os jornalistas. Se o petismo não tivesse instalado uma usina de encrencas na cozinha de seu comitê de campanha a imagem do dinheiro sujo não existiria."
Não é que essa disputa presidencial tenha dividido o país entre ricos e pobres. A divisão é outra: é entre bandidos e não-bandidos. Quem vota em Lula está fechando os olhos para toda a bandidagem que o petismo instaurou no governo. Explicar o voto em Lula usando a desculpa do Bolsa Família é coisa de sociologia de universidade pública. Quem vota em Lula compactua com toda essa lama e não pensaria duas vezes antes de pisar em cima do Código Penal.
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