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Complô da PF contra a Grande Mídia

Sem dúvida, os repórteres da Veja não tinham razão em espernear sobre o acossamento sofrido durante depoimento dado à Polícia Federal na semana passada. É muito melhor ter o sigilo telefônico quebrado na moita pela instituição, como ocorreu com o celular de uma repórter da Folha de S. Paulo. Um outro telefone do jornal, instalado no comitê de imprensa da Câmara dos Deputados, teve o seu sigilo quebrado em meio às investigações sobre a frustrada tentativa de venda do dossiê antitucano a petistas.

A PF alega que não sabia que os telefones eram do jornal, e que não buscou investigar procedimentos da Folha, único órgão de imprensa que teve o sigilo quebrado durante a investigação. Tudo bem, mas então fica a pergunta de por que há registro no relatório, sem identificação, do telefone celular de um repórter do jornal O Globo e do telefone do jornal O Estado de São Paulo, mas os dois, além de não terem sido identificados, não tiveram o pedido de quebra do sigilo feito pela PF.

O delegado responsável, Diógenes Curado, afirmou que não sabia que o telefone pertencia ao jornal. Resposta perfeitamente plausível, visto que o telefone da Folha está instalado dentro da Câmara e logo depois quebraram o sigilo do celular da jornalista envolvida na cobertura. Deviam ter quebrado o sigilo bancário dela, também.

É nessas horas que o Francenildo faz falta.

Por Rodrigo Alvares em 09.11.06 às 07:07 - comentários (6)

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