Bananão, que saudade
Longe do Bananão, a impressão é que o país mergulha ainda mais fundo no estado de coma em que entrou lá pelo segundo semestre de 2005, quando a crise política do mensalão (aquele que nunca existiu, segundo a Chaui) e do valerioduto se abateu sobre nossa pátria suada.
Além do fim moral do PT e de todo e cada petista do país, nada aconteceu. Quando estourou o dossiegate, já era tarde demais, Lula já tinha incluído altas doses de sedativos no Bolsa Família. Nada aconteceu novamente (alguém será indiciado?), e Lula consegue o segundo mandato com Alckmin, o inepto, tendo menos votos do que teve no primeiro turno.
Agora, consolida-se o mergulho profundo no coma nacional. A aliança com o PMDB parece se dar até com mais facilidade do que o esperado. A sede avassaladora pelo poder dos peemedebistas não tem limites. Além disso, 20 governadores ou apóiam diretamente ou são simpáticos a Lula.
A idéia de coalizão até poderia ser interessante em um país como o Brasil, que precisa se unir em torno de questões básicas. Mas a aproximação de Lula até mesmo com setores da “oposição” mostra o mais puro cálculo político. Lula sinaliza para um encontro dos ex-presidentes (pelo menos poderemos mudar o banner acima contando com a presença delle). A última figura a voar no aerolula foi Arthur Virgílio, aquele que ameaçou dar uma surra no barbudo. Não é “diálogo da oposição com o governo”, é jogo de interesse político, o mesmo que engaveta CPIs e o mesmo que faz com que ninguém nunca seja punido por suas falcatruas.
É provável que o pior problema político do Brasil seja o PSDB/PFL. O PT fez o seu papel segundo a cartilha de todos os seus antecessores: pisou na lei para chegar ao poder e para nele permanecer. Era dever dos tucanos conseguir criar uma real força de oposição, condição mínima para o funcionamento de algo que pretende ser uma democracia. Fracassaram miseravelmente desde o valerioduto de Azeredo até a covardia de Alckmin em assumir as privatizações do governo FHC (telefone fixo pelo preço de um carro, com 4 anos de espera, lembram?). Mas nem com a certeza de que a derrota era certa, Chuchu deixou de seguir o manual do discurso-que-todo-mundo-quer-ouvir.
Vale tudo, portanto. Melhor Lula chamar o “núcleo duro” de volta para o governo porque agora, em troca de alguns favores, até a “oposição” apóia. Pensando bem, já que nem o PT nem o PSDB sabem o que fazer para tirar o país do marasmo, o melhor é se unir mesmo. Quem sabe assim tem menos escândalo para perturbar nosso sono eterno.
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