Acabou o laquê da Yeda
O novo jeito de governar que elegeu Yeda Crusius (PSDB/ RS) é o mesmo dos antigos novos jeitos de governar. A personalidade política de 2006 segundo a revista IstoÉ usou o tarifaço de Rigotto e os históricos números negativos da economia gaúcha durante a campanha e agora ela deve enviar hoje um pacote à Assembléia Legislativa para aumentar a tungada dos impostos. A pane foi geral na base governista e no empresariado que a apoiou na campanha - e depois dela, como foi o caso da Votorantim.
Se Cláudio Lembo (PFL/ SP) conta os dias para sair do governo de São Paulo, Yeda quer que o tempo pare. O secretariado, que estava completo, teve dois integrantes que pediram demissão antes mesmo da posse. Um fato inédito. Os partidos que compuseram a chapa eleitoral revêem o que fazer diante da situação.
Na AL, a próxima governadora vê sua então maioria absoluta definhar. Compreensível. Enquanto os que praguejavam contra as bandalheiras do PT e se auto-denominaram defensores da queda de impostos – embora sem explicar tecnicamente como fazer isso – estão perplexos com os planos de Yeda para o Rio Grande do Sul. A tucana aplicou o verdadeiro estelionato eleitoral.
Esqueçam Lula (PT/ SP) e Germano Rigotto (PMDB/ RS). Aquilo é coisa de amador. Rigotto ainda esperou o meio do mandato para nos tungar e todos viram o que aconteceu ao Guri Chorão. O caso de Yeda é diferente: ela tinha plena consciência da situação financeira do Estado e em momento algum admitiu a permanência ou sequer o aumento dos impostos. Mas sabia que esses recursos seriam essesciais para para fechar o caixa. Esse é novo jeito de governar: termina antes de começar.
Aumentar o imposto do laquê está fora de cogitação
Muitos culpam a personalidade, hmm, obssessiva da tucana. Relatos de ex-assessores descrevem o que é criticado agora por todos: o autoritarismo de Yeda mas, acima de tudo, sua intolerância quando as coisas não acontecem do seu jeito. A falta de equilíbrio da futura governadora era visível em eventos e debates ao vivo. Ela conseguia se conter, mas dava para notar pelos trejeitos e maneirismos que alguma coisa estava fechada para balanço.
O melhor de tudo é ver constrangimento de quem caiu na conversa do "déficit zero em dois anos" – outra proposta que só gente transtornada poderia acreditar. Até os reacionários do programa Guerrilheiros da Notícia ficaram indignados. Mas levantaram uma questão interessante: nenhum deputado da base aliada apareceu no programa a semana passada inteira para defender o pacote de Yeda a quem votou nela e se sente traído porque acreditava no "novo jeito de governar". Claro que não apareceram. Alguns pretendem concorrer a prefeito daqui a um ano e meio.
A reação da tucana a toda essa confusão confusão foi de um estadismo que lembrou George W. Bush: se entocou com a família em um sítio e só fal com qualquer pessoa – se quiser falar – depois do natal. Imagino que esse recurso também será usado a cada crise. A primeira começa dia 1°. Ao invés de anunciar as primeiras medidas de seu governo, Yeda retornará ao sítio e depois do Dia dos Reis Magos com solução mágica – dentro da sua cabeça. Assim pastam os bovinos.
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