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Nepotismo bastardo

A Folha de S. Paulo foi atrás da lista de familiares de deputados recém-nomeados ou que mantiveram seus empregos nos gabinetes. Os boletins administrativos da Casa mostram a preferência de 52 deputados em empregar os filhos, que representam 40% do total de familiares lotados nos gabinetes.

"Vocês só fazem matéria para f... a gente. Não quer saber se é competente, se não é. Só quer saber se é parente. Se é parente, é f.d.p. E esculacha o nome do parlamentar (...) Pode escrever isso aí", afirmou em entrevista gravada Jair Bolsonaro (PP-RJ), que emprega familiares da mulher. Minutos depois, sua assessoria telefonou para se desculpar.

A lista também mostra um exemplo publicado à exaustão por aqui: o de empregados que doaram dinheiro a seus futuros patrões caso eleitos. É o caso de Roberto Tejadas, cunhado do deputado Marco Maia (PT/ RS), que contribuiu com R$ 7 mil.

Procurado pela Folha para se explicar, Maia conseguiu petizar o nepotismo: "Sou contra o nepotismo, mas o nepotismo em excesso. A lei não pode ser discriminatória com parentes, há casos e casos", afirmou.

Por Rodrigo Alvares em 05.03.07 às 08:13 - comentários (6)

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