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A decisão da Veja, anunciada em editorial da edição que está nas bancas, de banir o uso da letra maiúscula para a palavra Estado é uma das coisas mais estapafúrdias que li nos últimos tempos. A revista reconhece estar contrariando os dois principais dicionários da língua portuguesa e alega motivos ideológicos para tal iniciativa. Até aí nenhuma novidade, todos sabem do pavor da revista em relação ao Estado e o liberalismo radical que defende.

Só que, com uma atitude dessas, a Veja acaba se igualando às mesmas práticas que não cansa de classificar de xiitas e burras quando emanadas da esquerda. Reduzir a discussão a este tipo de atitude mesquinha – grafar Estado em caixa alta ou baixa – é tão caricato e improdutivo quanto deixar a barba crescer ou usar boina do Che Guevara para se reafirmar como de esquerda. É a infantilidade do lado oposto.

Sinceramente, podiam ter passado sem essa.

Por Gabriel Brust em 13.03.07 às 19:27 - comentários (15)

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