Início da votação

Às 8hs deste domingo (3hs no horário de Brasília) começou a votação para o 1º turno das eleições presidenciais francesas.

No sábado, pela primeira vez, o pessoal do ultramar e franceses residindo nos países da América, puderam votar antes da Pátria Mãe. Obviamente as imagens mais mostradas na TV francesa era da votação no Rio de Janeiro. Franceses amam o exotique brasileiro. A idéia foi evitar o que ocorreu em 2002, quando a votação foi no domingo em todo o mundo, mas seguindo o horário de cada país. Como a boca de urna já estava circulando no final da tarde na França, muita gente a oeste simplesmente desistiu de votar de tarde. A abstenção foi enorme. Quem ainda se prestou a ir votar já estava influenciado pelo resultado final.

Daqui a pouco, no final da manhã, saio a campo para ver como está o tédio francês.

As últimas pesquisas, publicadas na sexta-feira, são divergentes. O IPSOS continua mostrando a mesma tendência das últimas semanas, mas a pesquisa CSA divulgada no Le Parisien, para o desespero de todos, mostra o lunático do Jean-Marie Le Pen (FN) em terceiro lugar, meio ponto percentual na frente de François Bayrou (UDF).

IPSOS

Nicolas Sarkozy (UMP) - 30%
Ségoléne Royal (PS) - 23%
François Bayrou (UDF) - 18%
Jean-Marie Le Pen (FN) - 13%

CSA

Nicolas Sarkozy (UMP) - 26,5%
Ségoléne Royal (PS) - 25,5%
Jean-Marie Le Pen (FN) - 16,5%
François Bayrou (UDF) - 16%

Com cerca de 40% de indecisos, ninguém sabe o que pode acontecer. As primeiras sondagens serão publicadas a partir das 19hs em sites da Bélgica e Suíça, provavelmente. A lei francesa proíbe qualquer divulgação de boca de urna ou de resultados parciais antes das 20hs. Esqueceram de avisar os burocratas sobre a tal da Internet.

Enquanto isso, para os que tiverem paciência, indico um artigo do Alain Touraine na Folha Online sobre as eleições.

Apesar da tendência um pouco esquerdista do texto e de uma complacência exagerada com a nulidade completa do terceiro colocado nas pesquisas, o "centrista" François Bayrou, tem passagens interessantes:

"Repito que aquilo que é a especificidade francesa e que gerou a gravidade da crise política atual é a manutenção inteiramente artificial de uma extrema esquerda que rompeu qualquer relação com a realidade."

(...)

"Creio que é preciso insistir sobre a profundidade dessa crise, que se deve ao fato de que a tradição social-democrata européia nunca se implantou na França, não mais que a tradição de uma direita liberal, e que a política francesa sempre conferiu uma vantagem nítida às políticas do Estado em relação às políticas da sociedade."

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