Joaquim Bezerra Nelore Roriz
Vai pegar avião no sabadão e não consegue relaxar e gozar? Compra a mídia má Veja e a Época para ajudar.
A edição da Veja desta semana, com a capa mais genial do mundo, prossegue na demolição das falcatruas bovinas versões de Renaaaan Calheiros para justificar o pagamento da pensão milionária à pistol jornalista Mônica Veloso. Mas não fica só nisso. A revista também foi atrás da evolução patrimonial do senador alagoano.
Após visitar as propriedades de Renan e consultar especialistas, a reportagem chega à conclusão de que os bens do senador, declarados em 1,7 milhão de reais, totalizam, na verdade, praticamente 10 milhões de reais. A evolução é impressionante:
"• Entre 1979 e 1982, enquanto exerceu um mandato de deputado estadual, Renan ganhou o equivalente a 6 700 reais por mês. Nesse período, seu patrimônio cresceu a um ritmo de 2.000 reais por mês. É uma economia possível para quem é capaz de poupar 30% de sua renda todo mês.
• Entre 1983 e 1990, como deputado federal, ganhou o equivalente a 12.265 reais por mês. Seu patrimônio cresceu a um ritmo de 8.000 reais por mês. É difícil, mas há quem consiga guardar 65% do salário.
• Entre 1991 e 1994, Renan não teve mandato. Por um ano, presidiu uma subsidiária da Petrobras por indicação do presidente Itamar Franco. Seu patrimônio, nesse período, refletindo a distância de um cargo eletivo, caiu de 880.000 reais para 755.000 reais.
• Entre 1995 e 2002, como senador, Renan recebeu 12.277 reais por mês. Seu patrimônio cresceu a um ritmo mensal de 8.800 reais. É quase impossível poupar 72% do salário. Mas os poupadores fenomenais chegam lá."
Tá achando que a boiada já passou? Claro que não. A segunda falcatrua descarada revelação do final de semana é partilhada entre a Veja e a Época (matéria aberta aqui). As duas revistas colocam na roda o senador Joaquim Roriz (PMDB-DF). A demência é tanta que a Operação Aquarela (videozinho sobre a operação aqui), realizada no último dia 14 e que prendeu 19 pessoas em quatro estados por desvio de verbas, ia passar sem maiores destaques. Ia.
Joaquim Bezerra Nelore Roriz e Constantino Nenezinho Dono de Tudo de Oliveira
Um dos presos na operação foi Tarcísio Franklin de Moura, ex-presidente do BRB (Banco de Brasília) de 1999 a 2006. Moura é conhecido por se envolver em diversas roubalheiras atividades um pouco estranhas. Na campanha de 2002, foi acusado de fazer parte de um esquema de desvio de verba para a campanha de Roriz. A operação consistia em tirar grana do governo do DF, passá-la pela empresa pública Companhia de Desenvolvimento do Planalto (CODEPLAN), depois por um tal de Instituto Candango de Solidariedade (ICS), para finalmente chegar nas empresas Adler e Linknet, que prestariam serviços à campanha eleitoral de Roriz. O doleiro Fayed Traboulsi teria feito dois saques de R$ 2,310 milhões e de R$ 3,5 milhões direto do BRB. Aí que entra Tarcísio Franklin de Moura, presidente do banco nomeado por Roriz, governador do DF na época.
A ligação de Moura e Roriz, portanto, é antiga. O que vazou para as duas revistas semanais são trechos de conversas dos dois falcatruas amigos combinando a entrega de uma bolada de 2,2 milhões de reais em dinheiro vivo ao senador. A grana teria saído da conta do empresário Constantino de Oliveira, o Nenê Constantino, dono da Gol, mais novo proprietário da falida Varig e notório devedor do INSS. Obviamente, você lembra que quem deu uma forcinha para fechar a compra da Varig pela Gol foi justamente o adevogado e compadre de Lula, o grande Roberto Teixeira, que intermediou a visita de Nenê Constantino e de seu filho Constantino de Oliveira Júnior a Lula, no Planalto.
Nenê Constantino afirmou à Veja que nem possui conta no BRB. A Época afirma que há um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) comprovando que houve um saque de R$ 2,2 milhões da conta de Constantino no BRB no dia 13 de março. É o mesmo dia em que rola a gravação delícia:
"Tarcísio – Então eu vou ter que... Porque não tem jeito, não tem como... Onde é que vai pôr esse dinheiro?
Roriz – Não tem um cofre, tesouraria?
Tarcísio – Saiu da tesouraria tem que entregar para alguém.
Roriz – Não tem um cofre, não?
Tarcísio – Mas pra isso tudo não tem, não. (Risos)"
A última mentira versão para a transação, obviamente, foi bovina:
“O senador estava apertado e pediu um empréstimo de R$ 300 mil ao Constantino para comprar parte de uma bezerra nelore da Universidade de Marília”, disse Neves. “Pagou R$ 271 mil e repassou R$ 29 mil ao Benjamin, que também estava com dificuldade financeira. O resto do dinheiro teria ficado com Constantino.” Neves apresentou cópia da nota fiscal de venda da bezerra por R$ 532 mil e o comprovante do depósito relativo ao pagamento de R$ 271 mil. A diferença, segundo ele, deveu-se a um desconto concedido pelo vendedor. Neves também apresentou cópia de um contrato de empréstimo de R$ 300 mil assinado por Roriz e Constantino e uma promissória assinada pelo senador." (Época)
A pergunta você já sabe: vai ou não vai pro ABRA$$O o Roriz?
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