Nob€l pru Braziu?
TÁ LIGADO no Prêmio Nobel de Física, concedido ontem ao alemão Peter Grünberg (Centro de Pesquisas de Jülich) e ao francês Albert Fert (Universidade de Paris Sud)? O prêmio foi pelo desenvolvimento realizado a partir da descoberta, em 1988, do tal Efeito Magnetoresistivo Gigante (efeito GMR), cuja implicação prática consistiu na ampliação do armazenamento de dados em discos rígidos. O seu ipod comunista só é possível graças a Grünberg e a Fert.
Mas essa não é a parte mais interessante da história. O artigo que deu origem a tudo isso foi publicado em 24 de agosto de 1988 na revista Physical Review Letters. Além de Fert, um dos cientistas que assina o texto é o físico Mario Baibich, professor do Departamento de Física da UFRGS (Universidade Federal do Bovinão), que na época estava no Laboratoire de Physique des Solides da Université Paris-Sud, em Orsay, França. O artigo na íntegra é este.
Baibich, em entrevista na Folha de S. Paulo de hoje, afirma que não se sente injustiçado por não compartilhar o prêmio, concedido a Fert, chefe do laboratório: "o Nobel não vem da descoberta em si, mas é dado pelo conjunto da obra". Pode ser, mas o que o físico diz em seguida é o retrato fiel de nossa demência bananística em seu mais profundo grau:
"depois que eu voltei para o Brasil, tive problemas técnicos que me impediram de continuar me dedicando com a mesma intensidade a essa linha de pesquisa.
FOLHA - Que tipo de problemas?
BAIBICH - Eu vim embaladíssimo, mas o pessoal no Brasil não conhecia essa área e ficou com um pé atrás. Não tinha os equipamentos para fazer os filmes [nanométricos de ferro e cromo], as pessoas acharam que eu estava querendo coisas muito dispendiosas. Meus pedidos de auxílio para o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), a Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) e a Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) sempre encontraram muitas reticências. As coisas ficaram mais difíceis do que estavam sendo na França."
Conclusão: perdemos o Nob€l e ainda somos presenteados com o ipod mais caro do mundo.
PRA FRENTE, BRAZIU!
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